domingo, dezembro 15, 2024
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Crítica | Carros 3

Carros não está entre as minhas séries favoritas da Pixar, nem de longe. Criativa, trazendo uma trilha sonora emblemática, uma história emocionante sobre a Rota 66, Carros de 2006 era tão original quanto qualquer outra obra da Pixar. Fazem exatamente 11 anos do primeiro filme e Carros 3 vem com uma responsabilidade bem similar a Toy Story 3, em que temos um último capítulo para contar.

Dirigido por Brian Fee, Carros 3 assustou todo mundo quando um dos trailers apresentava acidente com Relâmpago McQueen. Será que a Disney realmente mataria um protagonista em cena? Lógico que não, mas serviu pra dar o tom do que seria o próximo filme.

Talvez Carros 3 seja a verdadeira continuação do original, trazendo todos os holofotes a quem é de direito… Relâmpago McQueen.

A história

O tempo passou e Relâmpago McQueen é um corredor veterano. Ganhador invicto, Relâmpago McQueen começa a perder para o novo competidor, Jackson Storm. Essa é a primeira mudança que faz com que Jackson Storm atraia uma nova geração de corredores para a pista, aposentando diversos amigos McQueen.

Acontece que no meio da corrida, McQueen sofre um acidente ao tentar ganhar do Jackson Storm. Isso faz com que ele repense sua carreira, recebendo uma segunda chance de seu patrocinador e também recebendo ajuda da jovem treinadora, Cruz Ramirez. Vemos diversos flashbacks do Doc Hudson, evocando que McQueen ainda vive um luto da morte do seu treinador.

Será que McQueen conseguirá voltar a correr? Esse é um trabalho que a Cruz Ramirez terá que lidar.

Opinião

Vivemos uma época em que Creed consegue com maestria passar a tocha do Rocky em um novo personagem. Carros 3 se foca em contar uma história que o tempo do McQueen passou, mas que ao todo custo ele não vai deixar de correr.

É divertido ver que McQueen é contra tudo que existe de mais moderno para tornar um corredor vencedor. De simuladores, realidade virtual, a empresa tenta de tudo, mas McQueen parece que segue uma jornada clássica de treinamento árduo, em que a tecnologia não está inclusa.

Cruz Ramirez de longe é a melhor personagem do novo filme. Ela percebendo o piloto difícil que pegou pra treinar, acaba aceitando o temperamento difícil de McQueen, entrando no jogo e fazendo o mesmo tipo de treinamento que ele.

Paralelo a isso, temos a sombra do Jackson Storm que não só representa tudo que é mais moderno, como ironiza McQueen por ainda estar correndo. Mas será que tudo que é moderno realmente deve ser seguido como exemplo?

Passaram-se 11 anos desde Carros 1 foi lançado. Assumo que me senti similar ao McQueen, quando tiraram dele o direito de correr por causa da idade. Será que o tempo passou tão rápido assim e nem percebemos? Só em trazer essa dúvida em nossa mente, Carros 3 vale o ingresso.

O filme segue uma jornada árdua tão digna e verdadeira quanto Toy Story 3. A história não para nunca, porque existe um legado a ser mantido e contado. E é nesse legado que Carros 3 se concentra em contar e narrar.

Trailer

Personagens

Agradecimentos a Disney Brasil pelo convite a assistir Carros 3

Giuliano Peccilli
Giuliano Peccillihttp://www.jwave.com.br
Editor do JWave, Podcaster e Gamer nas horas vagas. Também trabalhou na Anime Do, Anime Pró, Neo Tokyo e Nintendo World.

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