Certamente, não é fácil, visitar um local que reproduz nos mínimos detalhes, as características do dia do ataque. A sensação de incômodo é pertinente e irá apenas se tornar mais aguda, em cada passo para dentro do Museu.
Próximo passo é conhecer a história das pessoas que morreram naquele dia. Sem demagogia e praticamente enfiando o dedo na ferida, somos apresentados a murais imensos com fotos de deformações, fotos da cidade antes e durante o ataque, como também fotos de feridos e mortos espalhados pela cidade. Nesse ambiente, temos muitas peças como bentos (marmita), capacete, brinquedos, entre outros itens pessoais, de pessoas que não conseguiram sobreviver após esse holocausto. Todos os itens foram doados pelos familiares das vitimas, além de recontar a história de cada pessoa, até a morte.
É verdade que tragédias acontecem o tempo todo e que a comunicação evoluiu demais nesse segmento. Muitas vezes, assistindo crimes aliados de outras tragédias, de forma ultrajante e ao vivo no mundo inteiro.
Pedir pelo fim da bomba atômica é um sonho que não deve se tornar impossível, porém ainda hoje existem países que ameaçam outros com o artifício da bomba atômica. Estes governantes que ameaçam com esse intuito, certamente não sabem os efeitos dessa arma, e agem de forma covarde.
O museu da bomba atômica de Nagasaki, nos conta diversas histórias, sendo cada item mais chocante que o outro, como o capacete de um soldado, que sobrou apenas pedaços de crânio presos no mesmo.
Muitas cartas sobre parentes mortos, feitos com material que se tinha acesso, também podem ser vistas no museu.
Lógico que somos apresentados toda a dor, sendo arrebatador e angustiante ficar ali. É uma lição que se deve tirar, sendo recomendável a todos que façam isso. Lá, tinham crianças, adolescentes e adultos, visitando o museu pra aprender a importância desse artifício covarde.
Depois do museu, temos a parte de educação, aonde somos apresentados as substâncias da bomba, quantas bombas existem no mundo, os tratados sobre o fim da guerra nuclear, como cartas de proibição do governo americano sobre as bombas (coisa que não foi acatada), entre outras coisas. Diversas salas com documentários sobre o ataque de Hiroshima e Nagasaki, também estão espalhadas perto do fim do museu, sendo uma aula sobre esse dia.
Espero que esse depoimento sobre a visita ao museu, tenha passado qualquer sentimento que o mesmo desperta nas pessoas. Sendo primordial pra qualquer um que visite o Japão pela primeira vez, ter a chance de aprender mais sobre os erros dos seres humanos.
Observação: Essas fotos foram usadas ao pesquisar na internet, na ocasião não tirei fotos dentro do museu.
Próxima história será a última da cidade de Nagasaki, a da igreja Urakami.
Parabéns pela ótima postagem.Deve ser realmente angustiante visitar o Museu mas tal angustia é necessária para vermos que ataques como esses são de extrema covardia.Obrigado por compartilhar um pouco da experiência que foi visitar o museu com todos que lêem o blog.
Parabéns pelo blog, Giuliano. Cada post, um mais legal que o outro.Como eu gostaria de poder visitar lugares assim, do que ficar indo só pra Akihabara…HeHeHe! Mas infelizmente, quando se vem à trabalho no Japão, conseguir conciliar tempo e dinheiro fica muito difícil. Eu estou há quase 9 anos no Japão, sem nunca ter saído da região de Kanto. Inclusive, jamais peguei um trem Shinkansen! Nessas horas, bate aquela maior inveja!