Ganhador do Globo de Ouro de melhor filme em língua estrangeira e Oscar de edição de som. Conhecemos o outro lado da segunda guerra mundial.
Entre os destaques do elenco, temos o ator Ken Watanabe, que ganhou repercussão internacional com Último Samurai e Batman Begins. Enquanto no Japão, o destaque realmente ficou para o ator e cantor Kazunari Ninomiya, da banda Arashi (que cantam o dorama Hana Yori Dango 1 e 2).
Clint Eastwood planejava filmar inicialmente apenas um filme com a visão americana, que seria “A conquista de uma honra”. Deparando-se com diversas cartas escritas pelo tenente general Tadamichi Kuribayashi, abriu-se o parecer de também explorar a visão japonesa numa produção que seria rodada simultaneamente. Os dois filmes foram feitos com elencos distintos, mas a mesma equipe de produção. Eastwood fala que também decidiu fazer o filme por falta de uma produção sobre o assunto, mesmo existindo filmes com o nome “Iwo Jima”, nenhum antes explorou o tenente general Kuribayashi como foi nessa produção.
O filme
Voltamos no tempo até 1945, em plena segunda guerra mundial. O Japão resistia bravamente as forças armadas americanas, com ataques que surpreendiam os ocidentais como os famosos kamikazes em Pearl Harbor. O imperador ainda carregava valores mitológicos de divindade, a primeira coisa que os americanos extinguiram quando decretariam a derrota do Japão na guerra.
Entre os soldados, conhecemos a história do soldado Saigo (interpretado por Ninomiya Kazunari). Tendo um restaurante com sua esposa, o governo levou a falência por sempre pedir mais e mais contribuição para a guerra. Quando o Japão mais necessita da ajuda de sua população, vem uma carta pedindo que Saigo se torne soldado na guerra. Sua esposa grávida não aceita a carta do governo, mas uma senhora japonesa explica a honra de um japonês ir a guerra e deixar um herdeiro no mundo. Saigo parte assim para ilha de Iwo Jima, sabendo que dificilmente voltaria com vida.
A tática que deixou Iwo Jima na história
Optando pela maior sobrevivência do grupo, invés de um combate direto, Kuribayashi decide partir para o subsolo. Fazendo imensos túneis por debaixo da ilha, ele sabia que poderiam ter menos baixas como também surpreender os americanos por parecer que a ilha estar “deserta”.
Essa decisão tornou o tenente general Kuribayashi conhecido não apenas pelos japoneses, mas também pelos americanos que o elogiaram por essa tática. Essa decisão não teve apoio unânime e ele encontrou muita resistência ente os generais ali na ilha presente até o fim, o que gerou suicídios coletivos de soldados, como ordens não cumpridas que levaram soldados a morte.
O Japão perdendo a guerra sofreu diversas restrições e mudanças impostas pelos americanos. O seu imperador perdeu status de um deus, assumindo a perda guerra para a população japonesa por via de rádio. As bases americanas se instalaram no Japão, funcionando até hoje, causando desconforto à população japonesa, principalmente em Okinawa.
Em janeiro, o single “Love so sweet” ficou em primeiro lugar da Oricon, levando o grupo Arashi ao programa Music Station. Os destaques do grupo foram Jun Matsumo que estava atuando no dorama Hana yori dango 2 e Ninomiya Kazunari que havia atuado em Cartas de Iwo Jima. Um dos pontos altos da entrevista foi Ninomiya Kazunari falar do filme como também sua recente viagem a França para promover o filme. Ele inocentemente elogiou a suíte que se hospedou na França, fazendo o apresentador fazer m trocadilho com o single, “Love so suite”.
O livro com as cartas que serviu de inspiração para a roteirista nipo-americana Iris Yamashita e foi lançado por aqui pela editora JBC.
Nome nacional: Cartas de Iwo Jima
Nome Original: Letters from Iwo Jima
Estúdio: DreamWorks SKG / Warner Bros. Pictures / Malpaso Productions / Amblin Entertainment
Distribuição: Warner Bros. / Paramount Pictures
Duração: 140 minutos
Ano: 2006 (EUA) e 2007 (Brasil)
Diretor: Clint Eastwood
Roteirista: Iris Yamashita
Produtores: Clint Eastwood, Steven Spielberg e Robert Lorenz
Trilha sonora: Kyle Eastwood e Michael Stevens
Assisti esse filme e gostei muito. Não cheguei a ver o outro com a visão americana. E imagino que muitos acabaram sendo atraídos pelo Cartas de Iwo Jima justamente por mostrar a visão japonesa do conflito que até aquele momento era algo totalmente inédito. Já o Conquista da Honra não faz nada mais do que contar a visão americana, já bem saturada. Mas imagino que esse segundo filme não seja ruim, só não tem o fator inédito.