Em 1982 era lançado um filme que se não é lembrado pelo grande público,deixou sua marca na história do cinema por ser um dos primeiros(senão o primeiro) a retratar o mundo virtual nos cinemas: TRON Uma Odisséia Eletrônica . Nele Kevin Flynn(Jeff Bridges) um gênio da programação acaba indo parar dentro do mundo virtual e lá tem de interagir com “Programas” que são representados pela imagem de seus respectivos criadores. Ele se une a Tron (Bruce Boxleitner)um programa de última geração para derrotarem o “Master Control Program” que dominou o mundo virtual e pretende usar os computadores para controlar também o mundo real (Skynet..alguém?) .
Devemos lembrar que em 82 os games e computadores estavam começando a engatinhar apenas. Se hoje a tecnologia mostrada no filme parece coisa da pré-história, pra época eram bem avançadas.E se alguém nunca viu Tron e acha que filmes como Matrix são inovadores por levar um personagem para um mundo virtual saibam que devem muito ao filme dos programas azulzinhos. Mesmo que como falei no início, Tron não seja muito lembrado pelo grande público todos devem ter ao menos uma vez se deparado com algo relacionado ao filme seja em games, como o clássico para arcade ou suas “variantes” (quem aí nunca jogou o game da “cobrinha”?). Era sem dúvidas um filme à frente de sua época. Dentre os conceitos que criou vários são considerados rotina nos dias de hoje como o uso de avatares que quase todos na net(ou redes de consoles) usamos para nos representar.
Mesmo com essa onda de Revival e Remakes de filmes dos anos 80 nunca imaginei que Tron ganharia uma continuação tanto tempo depois e foi o que aconteceu:
Anos após o fim do primeiro filme Flynn desaparece misteriosamente deixando pra trás seu filho Sam .
O tempo avança para o presente quando Sam (Garrett Hedlund) recebe uma pista do paradeiro de seu Pai e ao segui-la até o antigo Arcade do Flynn,acaba ele próprio transportado para dentro da Grade(O nome “técnico” do mundo virtual).
Lá ele encontra um mundo sombrio dominado por CLU que é a sigla para : Codified Likeness Utility (Algo como Utilitário de semelhança codificada) uma versão jovem de seu Pai.Mas onde estaria seu pai verdadeiro?O que é o CLU? E onde diabos conseguiram um porco assado num mundo digital??? São as resposta para algumas dessas perguntas que com a ajuda da bela Quorra(a também bela Olivia Wilde) , Sam terá de descobrir.
Não dá pra negar que o que mais chama a atenção em Tron Legado são os efeitos especiais. E claro que não podia começar a falar deles sem citar o impressionante rejuvenescimento de Jeff Bridges. Conseguiram fazer um trabalho tão bom que ele ficou praticamente idêntico à sua versão do filme de 82.E não é só isso: tudo no filme está praticamente perfeito. O mais legal é comparar(no bom sentido) com o original e ver como os efeitos evoluiram . Objetos como as motos ou os transportadores fugitivos de Space Invaders(Isso da foto acima) que no original eram praticamente desenhos agora ganharam zilhões de detalhes. Algo que se pode ver melhor essa evolução são nos disco de identificação. Enquanto que no original eram literalmente frisbees,agora ganharam detalhes mais anatômicos para servir de arma.Eis uma evolução que eu considero muito bem vinda.
Sobre o 3D, dos três filmes que vi nesse formato (os outros foram Resident Evil Recomeço eJogos Mortais 7 ) Tron foi o que teve a técnica melhor aplicada. Está lá de um modo suave e muitas vezes você nem o nota. Pelo menos o 3D não é uma desculpa pra juntar um monte de cenas desconexas (RE) ou apenas pra ficar jogando partes de corpos em sua direção (JM). Achei interessante também que o 3D só é aplicado na Grade e quando a história se passa no mundo real é do modo tradicional de sempre.Uma bela sacada do diretor.
Se você tem mente aberta para assistir filmes antigos sabendo dar o desconto que os efeitos da época proporcionava aconselho a assistir ao primeiro Tron antes de assistir ao Legado assim a experiência é mais divertida.Mas se preferir assista só ao Legado mesmo. Ele se sustenta sozinho O espírito do original foi respeitado.
"LightBikes' não. é "Light Cycles" (que o SyFy traduz como Círculos de Luz :p)
No mais, eu adorei o filme. Não é lá essa cocada toda, mas ainda assim ele cumpre sua premissa básica: ele entretém. Mal posso esperar para poder comprar o Blu-ray, quando sair 😀
como eu ainda não entrei pra o mundo Blu-ray
eu vou ter que esperar o DVD do filme