Crítica | Super 8

No final dos anos 70,um grupo de amigos ao fazer um filme amador sobre zumbis testemunha um terrível acidente de Trem.Após isso, coisas estranhas começam a acontecer em sua cidade:pessoas começam a desaparecer,coisas aparecem destruídas e logo eles vão descobrir que existe muito mais por trás do acidente.

Devo admitir que não estava dando a mínima para Super 8. Tanto que não havia visto nenhum trailer,imagens e não sabia nenhum detalhe da história.Seria um daqueles filmes que passaria batido e eu acabaria esquecendo que ele existe. Mas durante a semana o falatório sobre o filme na internet foi tanto.Várias pessoas que respeito falando bem que a curiosidade falou mais forte. Aproveitei que nesse fim de semana não tinha nada digno de nota estreando e fui no Cinema assistir.
Só digo uma coisa: a falta de conhecimento sobre o que eu iria assistir somado a um clima nostálgico me fez ter a impressão de ter sido transportado novamente para os anos 80 onde eu assistia às matinês daquela época.

J.J.Abrams, o diretor faz uma grande homenagem ao filmes oitentistas de Steven Spielberg ,não por coincidência um dos produtores do filme. É impossível não lembrar de filmes como Os Goonies, Conta Comigo e outros no estilo ao assistir Super 8. Aquele clima de aventura descompromissada contando uma boa história sem apelar para efeitos visuais de ponta.

Não me entendam mal.Eu adoro filmes com ação desenfreada e porradaria sem sentido com efeitos jogados na sua cara a cada 5 minutos,mas de vez em quando é bom relembrar um tempo onde as coisas eram mais simples. Quando filmes com adolescente não significava apenas filmes chatos, com vampiros brilhosos ou protagonistas sem graça. E protagonista sem graça é algo que Super 8 não tem. eu me surpreendi com a atuação dos jovens atores em especial à Elle Fanning. A garota mostra que pode ter um futuro cinematográfico ainda melhor que sua irmã Dakota.

Também não poderia deixar de mencionar a trilha sonora do filme. Michael Giacchino novamente faz um ótimo trabalho. Mas eu não poderia esperar nada menos do compositor que entre outras coisas,fez as músicas de Lost. E falando em sons, também me impressionaram os efeitos sonoros. É tanto barulho, explosões que me arrependi por não ter assistido o filme em IMAX.

O filme não é perfeito .Tem uma coisinha aqui e outra ali que não gostei (e que não vou comentar por algo que vou explicar no próximo paragrafo) como ainda não ter engolido o que causou o acidente com o Trem. Mas é coisa pouca e não tira os méritos do filme.

Agora falando da minha experiência com o filme, às vezes é bom você assistir a um filme sem saber nada sobre o que esperar. E isso é outro fator que me transportou aos anos 80 já que naquela época no geral só descobríamos que um filme havia sido feito no fim de semana que ele estreava.

Íamos ver caso o Trailer(exibido em alguma sessão de filme anterior) e os cartazes publicados no jornal e revistas de cinema nos chamasse a atenção. Claro que algumas vezes obras primas podiam passar batidas(Me odeio até hoje por não ter assistido Jurassic Park no Cinema)mas no geral a experiência cinematográfica era mais aproveitável. A internet propiciou muitas coisas boas mas também nos tirou essas coisas simples. Hoje em dia sabemos tudo sobre um filme anos antes dele estrear e quando a estréia vai se aproximando então, a profusão de vídeos revelados é tanta que praticamente temos o filme inteiro.

Ultimamente tenho me obrigado a assistir apenas aos trailers dos filmes que quero ver. nada mais que isso. Mas ainda assim queria ser mais “forte” e não ver nem isso. Mas é meio impossível (Quando sai o novo trailer de Vingadores mesmo?). Levando-se em conta que “A Origem” e Super 8 foram os dois últimos filmes que fui assistir “no escuro” e adorei com certeza essa falta de informação é uma dádiva.

Se tiver alguém por aí que, assim como eu não sabe nada sobre o filme, optei por não comentar nada sobre a história. Quem sabe a experiencia de vocês possa ser tão boa quanto a minha foi.