Neste último final de semana (10 e 11/08) tivemos a 11ª edição do Okinawa Festival – um evento que a cada ano se consolida como grande expoente da cultura okinawana no Brasil, sobretudo em São Paulo.
O evento foi realizado nas dependências do Clube-Escola Vila Manchester, localizado no bairro de Vila Carrão, zona leste da capital paulista.
O evento foi aberto oficialmente no sábado, com um cerimonial que contou com a presença de diversas autoridades da comunidade nikkei – dentre as quais estavam os vereadores Masataka Ota e George Hato, os deputados federais Walter Ihoshi e Keiko Ota, os deputados estaduais Hélio Nishimoto e Jooji Hato, entre outros.
Também esteve presente uma delegação formada por autoridades da província de Okinawa, liderada pelo presidente da Assembleia Legislativa local, Masaharu Kina, e que trouxe ao todo oito parlamentares.
Todos participaram da tradicional quebra do taru (barril de saquê), ritual para trazer sorte e bons fluídos ao evento.
Uma atração à parte do evento foi a sua área gastronômica, que trouxe pratos tradicionais da província de Okinawa, como o conhecido hiija nu shiru (sopa de cabrito).
E claro, não faltaram atrações culturais. Diversos grupos de dança folclórica (odori) passaram pelo palco do evento, e mostraram toda a beleza e arte refinadas da dança tradicional.
Instrumentos tradicionais também ganharam espaço no palco do Festival. Destaque para o sanshin – o clássico shamisen de três cordas de Okinawa, trazido pelas escolas Ryukyu Minyo Kyokai e Ryukyu Minyo Hozonkai.
Okinawa também é uma ilha conhecida por ser o berço de estilos de luta – em especial o karatê e a arte de armas conhecida como kobudo (ou arte marcial antiga).
Estas artes foram trazidas ao palco do Okinawa Festival pelos membros da Associação Okinawa Kobudo Jinbukai/Okinawa Shorin-Ryu Jyureikan do Brasil, sob a liderança do sensei Flavio Vicente de Souza.
Outras artes como o aikidô também marcaram presença.
E o Okinawa Festival não se limitou apenas ao tradicional. Ritmos modernos, como o Matsuri Dance e o K-Pop, deram o ar da graça.
Cantores também marcaram presença no Okinawa Festival. Além do sempre presente Joe Hirata, se destacaram também os pequenos e talentosos Ryu Jackson (que além de cantar, balançou o público com covers de Michael Jackson e do coreano Psy) e Karen Taira, que já participou do programa de Raul Gil no SBT e recentemente ficou entre os melhores do reality Ídolos Kids, da Record.
O eisa daiko, o estilo de taiko de Okinawa, foi muito bem representado. Os grupos Ryukyu Koku Matsuri Daiko e Requios Gueinou Doukoukai fizeram belíssimas apresentações, tanto no sábado quanto no domingo.
Além deles, outros grupos de taiko como o Soragoi Wadaiko, também passaram pelo palco.
É comum ver nas portas das casas dos okinawanos estátuas de leões, que eles acreditam trazer proteção e boas energias a seus lares. Estes leões – ou shisá, como são chamados – também são representados por meio de dança.
O Grupo Shishimai de Campinas se encarregou de trazer esta dança ao Festival.
Um dos pontos altos do evento ocorreu no domingo, quando o público presente no evento pôde conferir uma atração muito especial: a performance Spirit of Ryukyu, apresentada pelos membros do Saito Satoru Ryubu Dojo – a academia de dança tradicional liderada pelo mestre Satoru Saito.
Esta apresentação contou ainda com a participação especial do Ryukyu Koku Matsuri Daiko.
O Matsuri Daiko, aliás, fechou o Okinawa Festival com chave de ouro, apresentando-se durante o show da banda Tontonmi, e convocando todo o público a participar do famoso kachashi, fazendo uma verdadeira festa ao final do evento.
Durante os dois dias, foram arrecadados donativos e alimentos não-perecíveis, que foram doados a entidades assistenciais mantidas pela comunidade nipo-brasileira.
E assim foi o 11º Okinawa Festival. Um evento que cresce a cada ano, e ganha espaço entre os principais da comunidade. Parabéns a todos os organizadores!
Por enquanto é só, pessoal. Até a próxima!