domingo, dezembro 22, 2024
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Crítica | X-Men: Dias de um Futuro Esquecido

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Grande estréia da semana, X-Men: Dias de um Futuro Esquecido foi produzido pra repetir com X-Men o que Star Trek tanto relutou em fazer… Um reboot. Não exatamente um reboot, mas uma chance de corrigir erros do passado, trazendo viagens no tempo numa saga com os mutantes que começou em 2000.

Estamos falando de uma saga que teve inicio em X-Men: O Filme, seguida por: X-Men 2, X-Men: O Confronto Final, X-Men Origens: Wolverine, X-Men: Primeira Classe e The Wolverine. Dessa lista de filmes, tivemos filmes que preferíamos esquecer e outros que foram oportunidade perfeita para um reinicio a franquia.

Ainda falando de Dias de um Futuro Esquecido, sabíamos que está foi uma “saga” muito importante nos quadrinhos. Publicado em 1981, essa saga teria “inspirado” James Cameron a criar Exterminador do Futuro. Além disso, essa foi uma das histórias mais icônicas nos quadrinhos com Kitty Pride viajando no tempo para evitar um futuro apocalíptico dominado pelos sentinelas. Saga esta que marcou o fim da parceria Chris Claremont e John Byrne em X-Men.

Para os fãs dos desenhos animados, Kitty Pride havia sido substituída pelo Bishop. Numa adaptação livre, Bishop que voltava no tempo para evitar a morte do senador Kelly provocado pela Mistica.

Já os fãs do cinema, sabíamos que o senador Kelly havia sido usado nos dois primeiros filmes, então o roteiro do filme iria para outro caminho.

Seguir outro caminho, muitas vezes significa algo ruim, mas utilizar essa saga, era uma chance perfeita em redefinir X-Men e tornar seus personagens tão importantes hoje, como eles foram em 2000. Estamos falando de uma época que não existia comparações, porque não existia Batman Begins, Marvel Studios, e tudo que veio depois do sucesso dos X-Men. Foi Bryan Singer que tornou filmes de heróis coloridos possíveis, mas o tempo fez que sua visão e sua abordagem tivessem envelhecido mal, talvez por má administração e a zona que fizeram na cronologia nas produções seguintes.

Apresentado isso tudo, X-Men: Dias de um Futuro Esquecido tinha tudo para ser ruim. Porque pra juntar tudo isso, ainda tínhamos a tentativa de juntar com X-Men: Primeira Classe que por si só era discrepante com as outras produções e poderia ser aceito e interpretado como um reboot.

Pensando nisso tudo, e entrar no cinema com entusiasmo era difícil. Só que tudo mudou e é nisso que esse JWave Cine tentará te passar.

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O Filme

Estamos em 2023, numa época que as máquinas dominaram a Terra. Os sentinelas acabaram com os mutantes e com os humanos que tentaram ajudar a causa mutante. O nível de precisão dos sentinelas eram tão alto que os seres humanos eram analisados a partir do que seu gene poderá passar, assim eliminando qualquer um que poderia ter um filho ou neto mutante.

Nesse futuro, a aventura tem início em Moscou, quando Kitty Pride (Ellen Page), Colossus (Peter Rasputin), Bobby Drake (Shawn Ashmore), Wolverine (Hugh Jackman), Tempestade (Halle Berry), Professor Charles Xavier (Patrick Stewart), Magneto (Ian McKellen) e outros mutantes se reúnem com a última chance entre a luta dos humanos e mutantes contra as máquinas.

Descobrimos que Kitty Pride, além do poder de passar por objetos sólidos, ela também tem o poder de enviar mentes para o passado. Ela sempre envia Bishop (Omar Sy) para alguns dias no passado, assim avisando sua própria equipe que tem Sentinelas chegando e prolongando suas vidas nessa batalha.

Vale uma nota aqui, que os sentinelas desse futuro são Nimrod, que se adaptam com a fraqueza daquele mutante. Xavier sabe que essas sentinelas foram criadas a partir das células mutantes da Mística/Raven e que foi devido a um importante fato que aconteceu em 1973.

Pensando nisso, Xavier tem a ideia de se enviar ao passado para impedir um assassinado que desencadeou tudo isso. Aqui no caso, estamos falando da morte de Bolivar Trask (Peter Dinklage) que desencadeou uma série de pesquisas de sua empresa, além da captura da Mística, gerando uma horda de sentinelas que causará esse futuro apocalíptico.

Kitty Pride diz que não pode enviar Xavier a um passado tão distante assim, porque viagem no tempo destrói a alma. Pensando nisso, Wolverine que tem o poder de cura, poderia viajar pelo tempo sem problemas, assim Kitty a mando de Xavier, acaba enviando Wolverine ao passado.

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Um mundo de muito “Boogie-woogie”

Wolverine acorda numa cena digna da Noiva de Kill Bill. Perdido, pelado, num colchão inflável com uma garota que ele nem lembra quem é. Desnorteado, ele só sabe que precisa ir atrás do Xavier e do Magneto para impedir o assassinato do Bolivar Trask e impedir que Mistica caia em mãos erradas.

A partir daí, Logan parte para mansão Xavier, descobrindo um lugar desolado e abandonado, muito aquém ao que ele conheceu. O único aluno que restou foi Hank (Nicholas Hoult) que explica que não existe professor nenhum ali, mas mesmo assim Logan invade a casa e encontra um Xavier bêbado, sem poderes e andando.

Xavier questiona Logan ter vindo do futuro, mas este acaba dando pistas da vida do professor que o intrigam. A partir daí, sabemos que terão que ir atrás do Magneto, preso pelo governo americano por ter assassinado o presidente John F. Kennedy.

Acredite que o filme ainda nem começou, porque nessa busca teremos surpresas boas e outras nem tanto. Temos inclusive surpresas no futuro que possam impedir do Wolverine completar sua missão no passado.

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Opinião

Bato palmas para Bryan Singer ao assistir o filme e concluir que ele conseguiu a difícil missão de unificar a cronologia dos X-Men nos cinemas. O filme não só homenageou a saga original, como suas adaptações, agradando nerds de plantão.

Todo aquele clima brega dos anos 60 em Primeira Classe, que dava um charme na fotografia, figurino e visual dos personagens também marca presença aqui. E convenhamos que nos anos 70, as coisas só melhoram nesse aspecto, trazendo calças boca de sino e o clima “disco” ao filme.

Lógico que nem tudo é perfeito e ainda existem erros injustificados na franquia, como a existência de quatro versões de Stryker , três versões da Kitty Pride e duas da Emma Frost. Só que não incomoda, quando temos uma história boa disposta a consertar tudo isso.

Sabemos como viagens no tempo funcionam e que são chances perfeitas para mudar coisas que não gostamos. Sim, estamos nos referindo a X-Men: O Confronto Final e X-Men Origens: Wolverine, que são odiados até por quem não é fã da franquia.

O filme tem boas surpresas, como Mercúrio (Evan Peters) que rouba a cena e fará que você deseja ver mais filmes com esse personagem. E ele continua sendo filho do Magneto? E a Wanda? São perguntas que só assistindo filme pra você saber.

Agora, X-Men é uma franquia que tem 15 anos de existência no cinema e finalmente tivemos um filme que arrumou a casa e ainda deixou uma bela deixa para sua continuação. Um filme que tinha tudo pra dar errado, por algumas coisas que soam esdrúxulas, como apresentar todos os mutantes possíveis, como também servir de porta de entrada para novo “Quarteto Fantástico” (que não aconteceu) e mostrar uma certa “rixa” entre a Marvel Studios e a Fox com uso dos personagens Mercúrio e Feiticeira Escarlate.

Acima de todos os problemas, X-Men: Dias de um Futuro Esquecido brilhou e Bryan Singer provou que consegue fazer um filme tão épico, como foi X-Men 2 em 2003.

Na realidade, sendo fã de X-Men, eu sai satisfeito pelo filme trazer tantas coisas boas, ainda referencias obras, como Matrix e apresentar um personagem muito esperado nos cinemas. Sim, estou falando da cena pós-créditos que apresenta o possível novo mal que o X-Men enfrentará em seu próximo filme.

Ele funciona como Star Trek? Não sei avaliar ainda, porque foram feitos de formas diferente, mesmo que utilizando viagens no tempo. O que posso garantir é que quem cresceu com os X-Men, sairá com um grande sorriso no rosto ao sair dos cinemas.

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Giuliano Peccilli
Giuliano Peccillihttp://www.jwave.com.br
Editor do JWave, Podcaster e Gamer nas horas vagas. Também trabalhou na Anime Do, Anime Pró, Neo Tokyo e Nintendo World.

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8 COMMENTS

  1. Muito Legal essa critica , vou assistir X-men com boas expectativas , eu não tava muito empolgado mas voltei a acreditar no Brian Singer!!!

  2. Achei o filme muito bom!! E o final, pelo menos para mim, foi realmente fantástico! Mas queria fazer uma observação sobre o Mercúrio do Evan Peters: quando vi as imagens do personagem tinha achado a caracterização horrível, mas na primeira cena o ator convenceu totalmente!! Agora quero ver o Mercúrio de Aaron Taylor-Johnson nos Vingadores!

  3. Entre os CA2, HA2 e X-men DDUFE.

    Gostei bem mais do CA2 e HA2.

    X-men… a mim pareceu uma repetição de clichés como o da Raven tentando matar o Trask (ficou forçado ela tentar fazer isso 2x, ainda mais no final).

    E incongruências: De novo o Magneto levantando grandes edifícios? Puxa um estádio gigante indo pra Washingtom e ninguém repara nos radares. Fora o Magneto levar um tiro na jugular e ficar de boa depois…

    De certa forma o filme me surpreendeu, eu esperava que ele seria ou muito bom ou muito ruim..e pra mim não foi nenhum dos dois. Sou mais como um pedido de desculpas por X3 e Wolverine 1.

    Pra mim o filme deveria ter sido um pouco menos complicado e despretensioso.

  4. Como filme funcionou bem, mas Singer não evolui na parte das super lutas e no figurino. Na parte das lutas, parecia q eu estava vendo X-MEN 1, com mais orçamento, obviamente. Menção honrosa para blink novamente, quando ela usa a gravidade para acelerar Colossos em um ataque horizontal.

    Quanto ao figurino, enquanto alguns personagens ficaram ESPETACULARES, como a Blink, outros foram vergonha alheia, no caso o Mércurio e alguns deixaram claro q não funcionam mais, como a Mística. Por exemplo, o tom das cores do último filme do Aranha funcionam muito melhor q da antiga trilogia. Este é o caso da Raven, quando ela cai na frente da multidão ficou muito artificial. Sem falar na nudez dela, que é muito fake. Quando ela prende o pescoço do vietnamita no quarto do hotel, estava mais q óbvio q ela usava um colant.

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