Um estudante universitário que se diz um “mad scientist louco”; uma colegial prodígio; um microondas modificado para se tornar algo mais útil do que já é. Junte estes três elementos com alguns personagens únicos e terá Steins;Gate, mais um dos lançamentos do ano do 20º aniversário da JBC, a quem agradecemos pelo envio do material para análise.
A história começa quando Rintaro Okabe, um universitário que parece sofrer de “chuunibyou” (algo como “mal de sétima série, no qual o indivíduo cria para si um mundo diverso do real) e acredita que tudo o que acontece de estranho (melhor dizendo, corriqueiro) é culpa da organização misteriosa “Steins;Gate”, vai a uma coletiva em Akihabara junto com sua amiga de infância, a espevitada Mayuri. Lá, ele encontra Kurisu Makise, uma estudante colegial que conseguiu graduar-se em uma universidade norte-americana com apenas 17 anos. Ela o aborda parecendo conhecê-lo e Rintaro não entende nada.
Minutos após este encontro casual, nosso protagonista ouve um grito masculino e, ao chegar ao local onde acredita ter ouvido o barulho, encontra Kurisu Makise morta no chão, aparentemente esfaqueada. Desesperado, sai do prédio e tenta mandar um torpedo para seu amigo e colega de laboratório Daru e tem uma sensação estranha. Ao olhar ao seu redor, percebe que está sozinho no meio da rua e que um satélite chocou-se com a estação de TV onde ocorreu a coletiva.
De volta à universidade onde estuda, Daru alega que recebeu a mensagem de Rintaro uma semana atrás, quando na verdade passaram-se apenas três horas do envio. O mais estranho nisso tudo é que Kurisu Makise aparece viva diante dele, como palestrante do dia na universidade. Depois de muito se debater procurando uma resposta para tais acontecimentos, Rintaro percebe que a chave para esse paradoxo temporal pode estar em uma invenção do seu laboratório, o “Mirai Gadget”: um microondas (rebatizado provisoriamente de “teleforno”) adaptado para ser acionado à distância via celular. Cada vez que eles mandam uma mensagem para o celular que estiver acoplado ao teleforno, algo muda de forma irreversível e apenas Rintaro tem memórias de como as coisas eram antes desta modificação. E, para piorar, as mudanças não são corriqueiras, pelo contrário; são coisas que podem mudar até mesmo o destino de uma pessoa.
A versão mangá de Steins;Gate tem apenas três volumes e foi baseado em uma visual novel japonesa muito popular há alguns anos. A arte (com um traço limpo e eficiente no proposto para a obra) e a adaptação ficaram a cargo de Yomi Sarachi, que é conhecida pelo artbook Datte Daisuki Nanda Mon e pela obra de três volumes Hi-no-Kagutsuchi (ambas ainda inéditas no Brasil). A história flui bem, dando vontade de ler o próximo. É possível identificar uma pitada de “Bem-Vindo à NHK” (publicado no Brasil pela Panini, 8 volumes, completo) e alguma breve semelhança com Ageha (recém publicado no Brasil pela JBC, 2 volumes, completo), no que diz respeito à questão “efeito borboleta”. Algo que chamou a atenção na versão brasileira foi a manutenção do honorífico “-tan” (algo parecido com “-chan”, porém com uma conotação mais infantil), pois a JBC geralmente opta por não mantê-los. Também não houve adaptação para o termo “chuunibyou”, apenas uma nota explicativa como é de praxe e uma sugestão para adaptação, apenas para situar os leitores.
A questão dos caracteres japoneses nas mensagens também foi simplificada, levando em consideração as diferenças entre o idioma original e o português.
Para descobrir a verdade por detrás da misteriosa organização e acompanhar Rintaro e seus companheiros de laboratório na busca por algo que faça sentido no meio de tanto caos, convido-os a acompanhar Steins;Gate e tirarem suas próprias conclusões! El psy kongroo!
opa muito bom o mangá comprei os 3 volumes em julho e gostei muito. Já li a história passou rápido por ser 3 e também por ser menos capítulos q episódios do anime.