Kentarô Saeki tem 26 anos, está desempregado e já reprovou várias vezes no Exame Nacional de Advocacia. Sua vida começa a chacoalhar quando sua irmã mais velha o recruta para ajudá-lo em uma pesquisa para descobrir mais sobre seu avô biológico, Kyuzo Miyabe, que faleceu na Segunda Guerra como um kamikaze e do qual só souberam da existência após a morte da avó.
Enquanto busca mais informações sobre Miyabe, Kentarô adentra um mundo no qual jamais sonhou um dia poder ou querer conhecer: as histórias reais sobre a Segunda Guerra, contada não através dos livros didáticos, mas por aqueles que lutaram para honrar seu país com suas próprias vidas. Ao mesmo tempo em que monta o intrincado quebra-cabeça que é a vida de seu avô, Kentarô descobre mais sobre si mesmo, entende aspectos de sua personalidade que pareciam obscuros e vence alguns preconceitos que guarda bem no âmago.
Zero Eterno é baseado no romance homônimo publicado em 2006 por Naoki Hyakura, que foi fenômeno de vendas no Japão. Rendeu também uma adaptação para cinema em 2013 e uma minissérie para TV em 2015, ambas também sucesso de público e crítica. A versão mangá conta com a belíssima arte de Souichi Sumoto, que reconta o romance num traço limpo e preciso, que possibilita ao leitor sentir na pele o que cada personagem pensa ou sente em cada um dos quadros.
Com uma edição caprichada feita nos mesmos moldes de Thermae Romae, Zero Eterno é uma excelente pedida para quem gosta de histórias sobre guerra e tem interesse em conhecer um dos muitos pontos de vista sobre uma das páginas mais vergonhosas da história da humanidade.
Agradecemos à Editora JBC que gentilmente nos cedeu um exemplar para análise.