segunda-feira, dezembro 23, 2024
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Review | O Outro Cão Que Guarda as Estrelas

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Não satisfeita em nos fazer chorar litros e litros com “O Cão Que Guarda as Estrelas”, lançado na Bienal do Livro de São Paulo em 2014, a JBC repete a dose em 2015 com a continuação “O Outro Cão Que Guarda as Estrelas”. O mangá, de autoria do premiado Takashi Murakami, é um presente da editora para os leitores neste ano recheado de novidades.

Na primeira história, Futagoboshi (Estrelas Gêmeas), somos apresentados ao irmãozinho de Happy, que ficou esquecido prestes a morrer devido a uma doença congênita, dentro da caixa onde os dois estavam. Sua sorte começou a mudar quando a velhinha mais rabugenta do bairro o adota com a desculpa de que faria companhia ao cãozinho até que este morresse, prometendo que o seguiria logo depois.

Qual não foi sua surpresa ao perceber que, com seus cuidados desajeitados, o filhote frágil vai melhorando a cada dia? A partir daí, a velhinha passa a refletir mais sobre a beleza das pequenas coisas da vida, bem como as responsabilidades e alegrias de viver por alguém, ainda que seja um cachorro.

A segunda história, Ittou-sei (Estrela de Primeira Magnitude), nos faz relembrar do garoto que Papai e Happy ajudaram no primeiro livro e que rouba a carteira de Papai enquanto os dois dormiam, com a desculpa de utilizar o dinheiro para encontrar o avô que não vê desde muito pequeno e que mora em Hokkaido. Finalmente descobrimos o que o levou a cometer esse ato de ingratidão e como um outro cãozinho, também abandonado pelas circunstâncias da vida, o levou à redenção e encarar a vida com mais esperança.

“O Outro Cão Que Guarda as Estrelas” é tão emocionante quanto seu antecessor. Apesar do traço não ser uma unanimidade (se bem que sou suspeita, acho todos os cães retratados no mangá uma graça), o roteiro tem o poder de amolecer o coração mais duro do mundo e nos faz lembrar do porquê de nos apegarmos tanto aos bichinhos de estimação. Pequeno (Chibi, no original japonês), Happy e tantos outros animais não só da ficção como da vida real são muito mais em nossas vidas do que uma simples companhia: são verdadeiros, leais e vivem empenhados em nos ver felizes.

Não há nada que me encha mais o coração de alegria do que o “oi” da minha cachorrinha quando chego em casa. Esse mesmo sentimento foi o que salvou as vidas dos dois protagonistas humanos dessa história tão singela.

Sugiro que deixem um pouco de lado as atribulações do dia-a-dia e dediquem nem que seja meia hora do seu tempo para ler este lançamento incrível da JBC. Não irão se arrepender.

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Leia também: JMangá #15 – O Cão que Guarda as Estrelas

Ouça também: JWave Indica #3: O Cão Que Guarda As Estrelas

Luana Tucci de Lima
Luana Tucci de Lima
Fã incondicional de CLAMP, Nobuhiro Watsuki e Yuu Watase. Adora mangás Yaoi , Turma da Mônica e... mordomos de óculos.

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