Estavam com saudades de histórias envolvendo mafiosos, suspense, brigas de tirar o fôlego, além de um monte de perguntas que ainda não têm resposta, mas que nos incitam a formar teorias sobre teorias? Então Gangsta. é o mangá certo para você. O título é mais um dos 900 (tá bom, 35 até o momento) lançamentos da JBC em 2015 e o primeiro volume dá uma boa ideia do que vem por aí.
A história
No submundo da cidadezinha de Ergastulum, dois rapazes ganham a vida fazendo serviços dos quais aparentemente a polícia comum não dá conta. Para atender à esta estranha demanda, Nicolas Brown se vira muito bem com uma espada e Worick Arcangelo é um bom atirador (e gigolô nas horas vagas). Com habilidades afiadas até demais e ostentando o título de “faz-tudo”, eles cumprem tudo o que prometem mediante pagamento, honrando a alcunha dogtag.
Em um dos serviços de rotina, eles acabam salvando Alex Benedetto, uma prostituta que apanhava demais de seu cafetão e não tinha mais ânimo para resistir ao que o destino lhe impôs. Worick a coloca como secretária da agência faz-tudo e, além de atender ao telefone nas horas vagas, Alex ainda passa a acompanhá-los em alguns serviços e, em meio à convivência, entender um pouco mais sobre a rotina dos meninos e sua relação com a polícia, com a vizinhança e com as famílias mafiosas da cidade, bem como o que significa ser um dogtag.
Através de alguns flashbacks e de conversas pescadas aqui e ali, aos poucos, a relação entre os rapazes é explorada: fragmentos do passado que dividem e que pode ilustrar melhor a relação dos dois e, sobretudo, quais as consequências de ser um dogtag.
E, pelo que já deu pra sentir, é apenas o começo. O primeiro volume de Gangsta abre a trama apresentando vários sub-plots ao leitor, deixando-o intrigado desde já e ansiando por respostas que, pelo visto, não virão de graça e muito menos de uma vez só.
Como o mangá está em andamento e o ritmo de produção do autor (ou seria autora?) é um pouco lento, para nossa tristeza a periodicidade do título é bimestral, alternando com Ultraman, outro mangá fora de série.
Opinião
Gangsta. é daquele tipo de história que joga um monte de informação fragmentada em cima da gente logo de cara, o que te deixa preso à história, querendo sacar tudo antes mesmo do próprio autor.
O ritmo da trama é semelhante ao de seriados policiais de boa qualidade e você se afeiçoa aos personagens mesmo sem saber muito sobre eles. O traço é competente, compatível com o clima do mangá e a escolha da JBC para publicar em papel off-set foi muito bem vinda.
Só espero que o mangá continue saindo direitinho no Japão para que não tenhamos que amargar outra paralisação como a de Nana, pois boas histórias merecem conclusões à altura. Estou cruzando os dedos desde já!
Também achei gansta interessante, qualquer dia o lerei