Depois de muita comilança e arrependimento, esta resenhista que vos fala volta aos trabalhos e traz tudo sobre um dos novos lançamentos da Panini. Este título foi anunciado no Anime Friends do ano de 2015 e teve muito burburinho e comemoração. Estou falando do badaladíssimo Fate Stay Night, uma aventura repleta de magia, batalhas épicas, um pouquinho de sanguinolência e… um protagonista de irritar. Confiram comigo!
A história do mangá
Shirou Emiya é um estudante calmo e tranquilo, mas marcado por uma tragédia. Ele foi o único sobrevivente de um incêndio de grandes proporções ocorrido dez anos antes, que vitimou centenas de pessoas, inclusive sua família. Como a alternativa seria um orfanato, Shirou aceitou ser adotado por um senhor desconhecido que o visitou no hospital e prometeu a si mesmo que, tal como seu benfeitor, seria um herói e ajudaria as pessoas.
Já adolescente, sua vida escolar seguia em paz; além de fazer suas tarefas, ajudava até mesmo colegas com quem mal se relacionava, sendo sempre agradável com todos e sem nunca saber recusar algo.
Um dia, Shirou acaba saindo mais tarde da escola devido a uma tarefa específica que tomou muito tempo. Quase em casa, ele é surpreendido por algo que nunca viu antes: uma batalha violenta entre dois rapazes trajando uma roupa esquisita, de um tecido que nem existe neste mundo. Desesperado, ele foge, porém é alcançado por um dos combatentes, que insiste em matá-lo por ter presenciado algo que não poderia ter sido visto por pessoas comuns.
Ao desejar fortemente não morrer antes de realizar seu sonho de salvar as pessoas, um milagre acontece: diante de si aparece uma linda guerreira espadachim, que prontamente assume uma postura defensiva para protegê-lo e o trata por mestre. Após uma batalha dura o combatente foge, deixando para trás a espadachim e um atônito Shirou, que obviamente não está entendendo nada.
A garota se identifica como Saber e tenta explicar o que está acontecendo: ela é a serva de Shirou, seu Mestre na batalha pelo Santo Graal, que acabou de recomeçar. Ele a invocou num momento de necessidade e agora ela irá lutar por ele e protegê-lo na batalha pelo… Santo Graal. Como a explicação não é lá muito convincente (e vamos combinar que o Shirou também é meio lento) , uma pessoa que ele conhece muito bem (não vou contar quem é aqui) estava observando a cena toda de longe e, ao ser exposta também como uma Mestra, acaba explicando melhor a dimensão do problema: Shirou e mais seis pessoas intituladas Mestres se enfrentarão em batalhas mortais através de seus servos, estes divididos em sete categorias: Saber, o Espadachim; Rider, o Cavaleiro; Berserker, o Guerreiro Sanguinolento; Archer, o Arqueiro; Lancer, o Lanceiro; Caster, o Feiticeiro e Assassin, o Assassino. O vencedor se tornará o mestre do Santo Graal.
Para saber se a natureza pacífica de Shirou irá compreender a dimensão desta responsabilidade, o porquê dele ter “herdado” Saber e a verdadeira razão desta batalha, só acompanhando o mangá, que tem periodicidade mensal e ficará completo em 20 volumes.
A obra
Fate Stay Night começou como um jogo de computador, lançado em 2004. Do jogo, surgiram adaptações para outras mídias, dentre elas um anime com 24 episódios (exibido no Japão de janeiro a junho de 2006) e o presente mangá, serializado na Shonen Ace de fevereiro de 2006 a dezembro de 2012.
Além disso, houveram também OVA’s, filmes e uma nova temporada de anime, intitulada
Fate/Stay Night Unlimited Blade Works, finalizada em 2015 com 24 episódios. Também não podemos esquecer das light novels Fate/ZERO (06 volumes, está saindo no Brasil pela New Pop) e Fate/Apocrypha (04 volumes, ainda sem editora no Brasil).
Na edição brasileira do mangá, a Panini trouxe para os fãs uma edição simples, porém com as páginas iniciais coloridas e um marca-páginas com ilustração da Saber, semelhante à da capa, como um mimo adicional.
O autor
Além da adaptação para mangá de Fate Stay Night, Dat Nishiwaki também trabalhou com design de outros games (Tsukihime), novels (Sora no Kyoukai, Vampire Sensou), animes (Shingetsutan Tsukihime, Sora no Kyoukai, Fate/Zero, CANAAN) e também com os mangás F e Sora no Kyoukai.
Opinião
Não sou grande fã de histórias baseadas em jogos, mas o traço de Dat Nishiwaki é competente, deixando os personagens bem interessantes (exceto o Hércules, não fui com a cara dele, mas isso não tem importância). As cenas de luta são bem construídas e, apesar de dar muita raiva do Shirou, dá vontade de saber como ele vai conseguir participar dessa batalha épica rodeado de Mestres zilhões de anos-luz à sua frente e controlando uma serva tão poderosa quanto a Saber. Vale a pena dar uma olhada.