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Review | Especial Rurouni Kenshin Tokuitsuban (Versão do Autor)

JMangá POST 2016 64

Há quase um ano (ou será que já fez mais de um ano?), quando esta serva se despediu de Rurouni Kenshin aqui no JWave, nem passou pela minha cabeça que voltaria a falar do meu mangá favorito nesta coluna… até que a linda da JBC anunciou no finalzinho de 2015 que lançaria o especial de dois volumes Rurouni Kenshin – Tokuitsuban (Edição Cinematographo), título esse que tomei conhecimento na vinda do Watsuki-sensei ao Brasil. E aqui estão as impressões desta serva sobre a nova cara da história do Battousai, o Retalhador.

A História
Após uma breve mostra do que foi o Bakumatsu, o período que corresponde ao final da era do Xogunato, somos transportados ao ano 11 da Era Meiji (1878). Um andarilho portando uma espada é sequestrado (?!) por um pivete deselegante e conduzido a uma espécie de ringue. Lá ele se depara com a beldade Kaoru Kamiya, sua oponente na contenda, que parece atrair muitos espectadores.

Após ser derrotado de forma um tanto quanto categórica, o Andarilho aceita abrigo no dojo de Kaoru, que explica estar participando das batalhas para arrecadar dinheiro e comprar a escritura do dojo, cujo estilo foi herdado de seu falecido pai. O organizador das batalhas e detentor da escritura é o desprezível (em TODAS as versões) Kanryuu Takeda, um mercador abastado que veste roupas ocidentais e tem um apego excessivo por dinheiro. Além de enrolar Kaoru com uma promessa (que tá na cara que não será cumprida), ainda mantém como refém o pivete sequestrador, Yahiko Myoujin.

Ao perceber que Kaoru poderia perder muito mais do que uma batalha, o Andarilho faz questão de ajudar e, durante esse processo, mostrar sua verdadeira identidade: ele é ninguém menos do que o temido e lendário Battousai, o Retalhador, que desapareceu no caos do final do xogunato e ressurgiu para proteger as pessoas ao seu redor fazendo o que sabe melhor: brandir a espada do Hiten Mitsurugi.

Apesar de Kanryuu ter tentado vencer a luta de forma extremamente apelativa, Battousai venceu em uns cinco segundos (ou menos) e revela sua atual situação: apesar de continuar como espadachim, ele agora brande uma sakabatou, uma espada de lâmina invertida que o mantém fiel ao voto de não matar. Desejando um pouco de descanso, ele aceita ficar no dojo Kamiya e revela o nome que usa agora: Kenshin Himura.

O que Kenshin e Kaoru não sabem é que o dinheiro compra tudo e isso pode trazer alguns problemas ao antigo assassino, bem como um retorno forçado ao passado… que você  confere na primeira edição do mangá,  que já está nas lojas especializadas e deve chegar às bancas após o Carnaval.

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Opinião
Como fã ardorosa da saga de Kenshin Himura, nunca imaginei que gostaria tanto de uma “versão alternativa”; a essência da história original está presente: Kaoru tentando proteger seu legado; Yahiko tentando se situar no mundo, Kanryuu sendo imbecil e Kenshin sendo Kenshin. Apesar do modo como os personagens se encontram ser um pouco diferente da verdadeira história, posso afirmar que não ficou devendo nada e que ficou bem melhor do que as primeiras versões dos pilotos de Rurouni Kenshin que aparecem na história original.

Para deixar claro que é uma versão alternativa, os nomes das técnicas do Kenshin estão um pouco diferentes, mas com o mesmo significado e impacto visual. A experiência deixou o traço de Watsuki-sensei mais leve e dinâmico, mas senti um pouco de saudade daquela atmosfera inocente do começo da história original.

O ato zero, que aparece logo após o final da primeira parte do mangá,  é muito rico em detalhes e dá uma boa introdução e justificativa à permanência do Kenshin no dojo Kamiya, aquele gostinho de “ter um lugar pra onde voltar”. Os personagens do ato zero são carismáticos e dá vontade de saber o que aconteceu com eles depois de se separarem do Kenshin.

Não sei se a Megumi Takani (diva raposa) vai aparecer no segundo volume, mas os fãs mais xiitas podem ficar sossegados porque o homem que carrega o “mal” nas costas e o Lobo de Mibu também dão as caras logo no primeiro volume, bem como uns vilões marcantes.

Watsuki-sensei conseguiu fazer a saga de Battousai Himura ficar ainda mais instigante e só posso dizer que mal posso esperar pra ler o segundo volume!

Agradecemos à editora JBC que gentilmente  nos encaminhou esse exemplar fo… digo, fantástico para análise. 😉

Luana Tucci de Lima
Luana Tucci de Lima
Fã incondicional de CLAMP, Nobuhiro Watsuki e Yuu Watase. Adora mangás Yaoi , Turma da Mônica e... mordomos de óculos.

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