Semana passada a cidade de São Paulo recebeu a nona edição da Campus Party Brasil. Trazendo mais de 700 horas de atividades e praticamente sem parada com palestras inclusive de madrugada, o Pavilhão de Exposições do Anhembi recebeu os campuseiros mais uma vez.
O JWave já esteve presente como campuseiro, como palestrante e esse ano foi como imprensa. Tanto Giuliano Peccilli, como Josue Gomes Ribeiro foram ao evento e fizeram uma cobertura em vídeo do que aconteceu por lá.
Valem alguns destaques dessa edição, como Vice Presidente Global de Marketing de Consumo na Kaspersky Lab, Eugene (Che) Chereshnev, do engenheiro que participou da produção de efeitos especiais de diversos filmes no cinema, Grant Imahara, da diretora de tendências do aplicativo Happn, Marie Cosnard, da astrofísica brasileira que recebeu em 2015 o Prêmio L’Oreal/UNESCO para Mulheres na Ciência, Thaisa Bermann, do artista, compositor e ativista cyborg catalão, Neil Harbison, da coreógrafa contemporânea catalã e co-fundadora da Cyborg Foundation, Moon Ribas, entre outros.
Mas como está o evento hoje em dia?
Muitos estranharam o evento acontecendo sem ver nada antes sobre, mas falo de antemão que isso se deve a principalmente a gama excelente de opções em São Paulo e a Campus Party se tornar extremamente focada em seu público alvo.
É inegável a evolução da qualidade de palestras, como também de suas estruturas para uma geração de jovens que frequenta o evento. Estamos falando de uma qualidade de som altíssima no palco, como também na parte do público tomadas para o público escrever com notebook ou carregar o celular enquanto está assistindo a palestra. Isso é um compromisso desde já com o público jovem, entendendo suas necessidades em 2016.
Outro ponto são as palestras do evento, como também workshops que mostram que o jovem presente lá quer saber mais de jogos ou programação em si. Isso faz com que o evento se adapte e se reinvente, se afastando da ideia de ser somente mais um lugar de encontro de nerds.
Falando em números, a Campus Party desse ano teve oito mil campuseiros, num total de 18 países diferentes e entre os brasileiros, tivemos os de 24 estados brasileiros diferentes.
Empreendedores
A edição de 2016 também se definiu por empreendorismo. O programa Startup&Makers Camp foi um dos grandes palcos do evento para divulgar novos projetos, impulsionando jovens talentos e empreendedores.
Recebendo mentorias, aqueles que tiveram presentes ainda tiveram a chance de conversar com 96 investidores e diretores de grandes empresas que estiveram presentes no evento fazendo negócios.
Cultura Pop
A Campus Party sempre reuniu aqueles que são símbolos da cultura pop e essa edição não foi diferente. Tivemos o Jovem Nerd, Matando Robô Gigante, Tecnoblog, Jogabilidade, Brainstorm 9, como outros expoentes falando sobre seu sucesso e ensinando os jovens a chegar no mesmo patamar que o deles.
Espaço Gratuito
Normalmente aqueles que não são campuseiros podem aproveitar um espaço com grandes stands na entrada do evento e esse ano não foi diferente. Tivemos 82 mil pessoas durante os quatro dias de funcionamento.
Opinião
A Campus Party continua um expoente na formação de jovens. Além de integração, o evento se consolidou e mesmo com mudanças nos bastidores (a ausência da Vivo no evento). E se no Brasil tivemos crise, na Campus Party foi a chance de mostrar na prática em como se reinventar em momentos assim. Patrocinadores estiveram presentes e mostraram diferenciais, como espaço com as bancadas da Wizard e uma área que simulou restaurante Outback. Outro espaço bacana foi o da Globo que deu a sensação em querer fazer as pazes com os jovens nessa edição.
Se muitos amigos deixaram de frequentar o evento com a idade, talvez seja um engano pensar assim porque a grande maioria está na faixa de 18 a 29 anos. A Campus Party divulgou que entre 64,37% do público presente está entre 18 e 29 anos.
Ressaltamos ainda que o evento ainda teve um casamento na sexta feira no palco principal, como também uma palestra fantástica da Cartoon Network que só indicou como eles entendem os jovens hoje em dia.
Trazendo experiência das edições anteriores, posso alegar que a Campus Party nunca esteve tão madura e tão interessante. Convido a todos para visitar no ano que vem.