Estrela do Henshin +, evento anual da JBC que desta vez aconteceu no último sábado, 09/04, na Saraiva Mega Store do shopping Center Norte, Knigths of Sidonia finalmente chega ao Brasil pegando carona com o anime no Netflix. Saiba tudo sobre a obra de Tsutomu Nihei junto com o JWave!
A história
Já se passaram mil anos desde que o Sistema Solar foi destruído pelos Gaunas. Os sobreviventes da espécie humana agora vivem a bordo de Sidonia, uma nave espacial orgânica e misteriosa, que é o orgulho e a razão de viver de seus tripulantes.
Nagate Tanikaze é um jovem que cresceu isolado no nível mais inferior da nave, sem nunca ter tido contato algum com humanos além de seu avô morto há três anos e do qual só restou um cadáver mumificado. Ao desobedecer uma ordem dada por ele para ir procurar comida, Nagate acaba conhecendo o “outro lado” de Sidonia e tendo contato com outros humanos (digamos que ele não teve muita sorte nesta primeira vez). Um deles é o misterioso Ochiai, que alega ser representante da pessoa que irá responsabilizar-se por Nagate e conta ao rapaz que seu avô era dado como morto há mais de dez anos; além disso, não consta nenhum “Nagate Tanikaze” como cidadão de Sidonia.
Com muitas informações novas a processar (como humanos alimentando-se por fotossíntese e reprodução assexuada) e sofrendo um certo bullying por parte dos outros tripulantes da nave, Nagate acaba aceitando tornar-se um dos pilotos que protegem Sidonia e lutam contra os Gaunas. Agora, além de arriscar sua vida para proteger a humanidade em batalhas que utilizam tanto sua capacidade inata como piloto como sua sanidade mental, Nagate ainda irá lidar com o fato de que o Guardião que controla é o lendário Tsugumori, reverenciado por todos em Sidonia e alvo de inveja de outros cadetes talentosos.
O autor
Tsutomu Nihei é conhecido pela sua arte extremamente detalhada, com toques cyberpunk. Aqui no Brasil, já foi publicado em duas ocasiões pela Panini: com o mangá Abara (completo em dois volumes), e a edição especial “Wolverine – Snikt!”. Outras obras conhecidas do autor mas ainda inéditas por aqui seriam Blame!, NOiSE e Biomega, esse último um queridinho de muitos.
A vinda de Sidonia para o Brasil e a simpatia demonstrada pelo mangaká no vídeo em que apareceu no Henshin + podem abrir espaço para mais obras do autor no País, tenho certeza de que ninguém vai reclamar.
A edição nacional
Para a edição nacional, a JBC trouxe alguns agrados para os fãs: quem participou do evento ganhou um pôster muito legal que também pode ser utilizado como sobrecapa (foi o que eu fiz com o meu). Os assinantes também receberão um marca-páginas exclusivo e laminado, bem como um cartão postal com uma imagem bem bacana.
As primeiras páginas são coloridas, mas como o papel utilizado na impressão delas não é o mesmo de Zetman, acho que não deu a valorizada que os desenhos mereciam. Não sou especialista em papel, mas acho que o off-set utilizado nesta edição é mais fino do que de outros mangás da editora, mas mesmo assim dá pra perceber que é mais durável do que o nosso velho amigo papel jornal.
Opinião
Só pelo fato de ser uma obra de Nihei, o lançamento de Knights of Sidonia já teve minha total atenção. Trata-se de uma obra que pode parecer um tanto quanto confusa no começo, mas tem potencial para se tornar uma história de ficção científica tão envolvente quanto clássicos como Evangelion ou Gundam.
O protagonista é puro e inocente, com gana de se tornar alguém pelo seu próprio esforço (e, graças a Kami-sama, não é chato que nem nosso velho amigo Shinji Ikari). Sua origem envolta em mistérios deve ser explorada nos próximos volumes, os quais mal posso esperar para ler.
Os personagens em sua volta são bem interessantes e parecem guardar uma série de segredos que vamos descobrir junto com o protagonista, especialmente a 28ª capitã de Sidonia e sua máscara sinistra.
No mais, a obra prende bastante e o traço é ao mesmo tempo grandioso e perturbador, o que dá o tom que uma história deste tipo pede. Espero que continue bacana como o primeiro volume e que Nagate mostre a que veio. Afinal, o futuro da humanidade agora depende dele.
Agradecemos à JBC pela parceria de sempre e pelo exemplar para análise. Ah, também amei o marca-páginas! 😉
Sério que não vão falar sobre a transparência?
Tão com medo que a Jbc pare de enviar os mangás pra análise? é isso?
A Luana não costuma falar do papel, mas nesse texto ela reclama da gramatura ser baixa demais (leia o texto na parte de opinião que ela fala isso). Temos dois redatores que falam das edições recebidas pela equipe e normalmente o Bruno que detalha melhor a qualidade do papel e tal. Passarei seu feedback para a Luana, mas isso não tem nada a ver com receber os mangás. Leia outras críticas da Luana como To Loveru e perceberá que quando ela nao gosta do título ela crítica. Mesmo vale para One Piece Yellow que mesmo sendo recebido ela alertou sobre o link do youtube nuna das páginas. Ela não protege nenhuma editora, porém ela não detalha tantos detalhes da edição nacional como o Bruno fazia.
O papel offset utilizado pela JBC está vergonhoso demais. Não compro mais nada deles. Colecionava Parayste, mas dropei pois aquilo era uma vergonha. Dá pava ver o desenho da página seguinte. Um horror ler isso! E custa tão caro quanto Vagabond e Berserk, que têm uma qualidade superior ao de Parasyte. Esses dois, sim, tenho orgulho de ter na minha coleção, pago os R$ 17,00 com prazer.
Se a folha de Knights of Sidonia está mais fina que o normal, segundo o autor do post, isso quer dizer que a gramatura está menor e que está mais transparente.
Tem que ser muito idiota para colecionar algo nessa qualidade.
Entendemos a sua crítica e sempre passamos o feedback para JBC melhorar a qualidade dos mangas dela.