segunda-feira, dezembro 23, 2024
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Crítica | Capitão América : Guerra Civil

JWave Cine 52
A Marvel Studios mudou a história do cinema e isso é inegável questionar. Seja na forma de traduzir seus heróis em live action ou linkando seus filmes, gerando seu vasto universo, a Marvel fez escola.

É importante frisar que esse novo filme da Marvel não só certifica isso, como também costura e homenageia esse universo criado em 2008 com Homem de Ferro.

Temos um início repleto de adrenalina na África numa missão dos Vingadores liderada pelo Capitão América. Infelizmente numa luta com Ossos Cruzados, ele se suicida explodindo todos ali, mesmo com a Feiticeira Escarlate tentando tirar ele dali, acaba acertando em cheio um dos andares ali nas redondezas.

Assim temos o retorno do General Ross (lá do Incrível Hulk), em que junto do Tony Stark, trazem um acordo que mudará a forma que os Vingadores existe.

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Mas é Guerra Civil, mesmo?
A resposta é “Sim e Não”. A saga criada por Mark Millar está bem representada, mas ela foi expandida e atualizada, se tornando globalizada e não só restringindo as mudanças nos EUA.

De um lado, temos um Homem de Ferro que foi rebelde no início, mas hoje entende que Vingadores salvaram pessoas, porém também causaram desgraças. Ao lado de um acordo de mais de 100 países, faz com que Tony acabe se tornando conivente com o que está sendo colocado em jogo aqui.

Mas uma história não é só de um lado, e temos um Capitão América que discorda em ceder sua liberdade e de outros heróis em troca de uma autorização desses países.

É assim que nasce o “Acordo de Sokovia” que tem apoio de mais de 100 países, após a série de missões e destruições que Vingadores fizeram parte.

Momento de fechar histórias
Capitão América: Guerra Civil tem ares de Vingadores, mas nem por isso ignora que é um filme do Capitão América e isso é mérito dos diretores Anthony Russo e Joe Russo. Eles já tinham feito o brilhante Capitão América: Soldado Invernal e aqui o nível não cai, sendo usado para fechar história de alguns personagens.

E nesse brilhantismo, temos mais uma vez o pai de Tony Stark, Howard Stark entre as figuras utilizadas para fechar histórias. A última vez que o tínhamos visto Howard Stark (interpretado por John Slattery) foi em Homem Formiga num flashback. Aqui temos um Tony lembrando da morte dos pais em 1991 o que de certa forma conecta com período mostrado lá no Homem Formiga.

Só que as histórias se acabam nos dois lados e aqui chegou a hora de dizer adeus para Peggy Carter. Steve acaba indo no funeral da Peggy e descobrindo que Sharon era não só uma agente, mas sobrinha do seu antigo amor.

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O brilho do Pantera Negra
Se por um lado, o filme fecha histórias, ao mesmo tempo traz um novo fôlego com novos personagens. Pantera Negra era um personagem reserva que estava de escanteio, enquanto a Sony e a Disney negociavam a liberação do Homem Aranha, mas se saiu melhor que a encomenda.

Pai do Pantera Negra acaba morrendo num ataque terrorista, durante o acordo de mais de 100 países em Siena. Ao que tudo indica é que foi Soldado Invernal seja autor do crime e isso faz com que T´Challa assuma o trono de Wakanda e o alter ego Pantera Negra, assim prometendo vingar a morte de seu pai. Isso é contado em poucos minutos em cena, sendo fácil de entender o porque ele vai entrar nessa luta entre Homem de Ferro e o Capitão América.

Nunca houve uma luta tão plural
Lembra toda aquela polêmica do Quarteto Fantástico em ter um Tocha humano negro? Se tiramos algum bom dessa história é que a Marvel tem excelentes personagens negros e não se precisa alterar a etnia de um personagem pra isso. Aqui temos nada menos que War Machine, Falcão e o Pantera Negra lutando ao mesmo tempo em cena e faz com que uma geração se identifique com esses heróis que nasceram e sempre foram assim nos quadrinhos.

Do outro lado, temos uma presença feminina também nunca antes vista em cena com Feiticeira Escarlate, Viúva Negra e Sharon Carter. Se em outrora a Viúva Negra era a única mulher desse universo tão masculino, agora nunca tivemos tantas personagens femininas fortes em cena.

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Um novo Homem Aranha
Terceira vez? Não vou esconder que em menos de 20 anos ter 3 versões do mesmo herói é arriscado em cansar tanta a imagem, mas a Sony tava correta em negociar com a Marvel/Disney. Aqui temos o Peter Parker que sempre sonhamos, sendo um garoto interpretado brilhantemente por Tom Holland.

Todo recrutamento do Homem Aranha pelo Homem de Ferro é plausível e faz parte da redenção do Tony Stark. Ele se sente culpado pela morte de jovens na Sokovia e percebe que Peter Parker pode voar muito mais alto com uma ajudinha sua.

As cenas do Aranha são tão boas que lamentamos em ser tão rápido, mas fica a dica que tem filme do amigo da vizinhança em 2017.

Feiticeira Escarlate e Visão
Nos quadrinhos eles foram casados, tiveram filhos e tudo mais. Aqui as coisas parecem indicar a mesma coisa, quando Visão é ordenado pelo Tony Stark em manter Wanda refém na base dos Vingadores.

Os dois personagens conversando e dialogando faz com que você torça para felicidade do futuro casal.

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Um filme maior que sua luta
Sou fã de “Guerra Civil” nos quadrinhos, mas isso não significa que o filme te decepcione em não adaptar tão literal a saga. Ele abraçou diversos conceitos, trouxe personagens como Miriam Sharpe que ganhou uma proporção ainda maior, ao linkar com os fatos de “Era de Ultron”.

Os dois diretores se preocuparam em contar a história e desenvolver o que havia plantado lá em Capitão América: Soldado Invernal. Continua e expandindo toda espionagem e investigação que já tínhamos no filme anterior, mas agora na forma de Vingadores.

Você percebe que Vingadores 3 está em boas mãos, principalmente depois dos primeiros minutos em cena e vemos a equipe do Capitão América em ação.

Capitão América: Guerra Civil é um filme repleto de informações e mesmo sendo o filme mais longo da Marvel até agora (2 horas e 17 minutos), ainda parece pouco quando a história termina.

O que será da Marvel agora? Novos heróis estão chegando e talvez seja um indício que demorará um pouco para vermos todos reunidos novamente.

Lembrando que na sessão que assistimos o filme, teve apenas uma cena extra no meio dos créditos, mas normalmente quando isso acontece é porque tem duas cenas. Nos Vingadores 1, por causa de um problema da Disney Brasil tivemos apenas uma cena dos créditos no cinema, enquanto a segunda só pode ser assistida em DVD e Blu-ray. Torcemos que tenha uma segunda cena na versão que estreia nessa quinta-feira.

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Nota
5/5

5-JW-

Giuliano Peccilli
Giuliano Peccillihttp://www.jwave.com.br
Editor do JWave, Podcaster e Gamer nas horas vagas. Também trabalhou na Anime Do, Anime Pró, Neo Tokyo e Nintendo World.

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