Estavam com saudade de histórias com lutas que começam do nada, personagens que são atirados a metros de distância e não sofrem quase nenhum arranhão, discípulos do estilo Shinmei que brotam do chão e, pra fechar com chave de ouro, termas? Então vocês não podem deixar de conferir UQ Holder, obra do criador de Negima! e Love Hina, Ken Akamatsu, e o novo lançamento da JBC.
A história
Passaram-se cerca de 80 anos desde o final da trama de Negima!. Uma antiga conhecida nossa, a vampira nosferatu Evangeline K. Mc Dowell, também conhecida como Evangelho Negro, nos relembra do quanto é divertido fazer amigos, mas ao mesmo tempo lamenta tê-los feito, uma vez que um dia todos irão morrer e, como um ser imortal, a deixarão para trás.
Após essa breve introdução, nesse clima um tanto quanto triste, conhecemos uma pacata vila do interior onde cinco jovens tentam sem sucesso derrotar sua professora gostosa e forte pra caramba, a senhorita Yukihime, para conseguirem sua permissão e deixar a vila. Eles querem alcançar a capital para subir ao topo de uma torre onde acreditam que realizarão seus sonhos.
Dentre eles está o garoto de 14 anos Touta Konoe (ainda não dá pra saber se ele é efetivamente descendente de uma das alunas de Negi Springfield, Konoka Konoe), que perdeu seus pais e a memória há dois anos e, desde então, foi adotado por Yukihime.
Derrotados miseravelmente todas as vezes, um dia a sorte dos meninos parece virar: um professor cede alguns aplicativos de magia a eles com o pretexto de ajudá-los a derrotar Yukihime, mas na verdade ele não passa de um caçador de recompensas que está atrás de sua verdadeira identidade, a temida Evangeline K. Mc Dowell.
Após uma dura batalha onde tudo parece estar perdido, Yukihime revela a Touta que o tornou imortal como ela, e que ele conseguirá não só vencer a batalha como também salvar seus amigos. Ainda cheio de dúvidas, mas com uma visível força de vontade de fazer o que é certo, Touta derrota o falso professor e sai em viagem com sua tutora, evitando assim que mais pessoas mal intencionadas façam mal aos habitantes da vila.
Nessa jornada, Touta aprenderá mais sobre sua atual condição, sobre a verdadeira identidade de sua tutora e, acima de tudo, fará de tudo para realizar seus sonhos e fazer novos amigos, no melhor estilo shonen que todos gostamos.
A edição nacional
Apesar da história ser o maior barato, fiquei bem decepcionada com a edição nacional. Todo mundo sabe que não ligo muito pra papel e que, apesar de ser extremamente cuidadosa, sei que um dia o amarelado do tempo vai pegar meus mangás de jeito, mas achei essa edição bem descartável.
Como já falei milhões de vezes, não sou especialista em papel, mas achei que essa edição em específico tem um papel jornal inferior ao de outros títulos como Magi e Zetman, por exemplo.
Além disso, quando fui tirar o mangá do plástico, a película que tem por cima da capa e que dá o brilho à mesma meio que saiu junto e isso me deixou bem chateada, considerando que eu levo um tempão pra tirar o mangá do plástico em que ele vem. Senti que todo o cuidado que tomei foi inútil, mas… vida que segue.
O ponto positivo são as páginas coloridas no início, onde a história da Evangeline é relembrada. Ficaram bem legais e era esse tipo de página que eu estava esperando em Sidonia.
Opinião
Confesso que a história me surpreendeu bastante. Apesar de trazer elementos presentes em todas as obras do autor (sua marca registrada), a trama é muito envolvente e divertida.
Quero muito saber mais sobre o passado do Touta e sobre o personagem que já se tornou meu favorito, o espadachim do estilo Shinmei Kuroumaru Tokisaka. Também fiquei bem curiosa pra saber o que levou Evangeline a ajudar a criar a organização UQ Holder e ver o lado ruim dos seres imortais, porque É CLARO que não podem ser todos serelepes e saltitantes buscando um mundo melhor. Além disso, quero ver se falam mais sobre Negima a ponto de eu me sentir arrependida de ter abandonado o mangá antes do final por achá-lo arrastado demais.
Minha única preocupação é se o mangá vai melhorar um pouquinho na qualidade, porque um dos motivos de eu ter uma coleção é querer que ela dure. Eu compro quadrinhos para ler várias vezes ao longo da minha vida, e não para deixá-los largados em exposição dentro de um plástico com medo deles se desmancharem na minha mão.
Agradecemos à editora JBC por ter enviado o exemplar para análise.