domingo, dezembro 22, 2024
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Crítica | X-Men: Apocalipse

JWave Cine 53

Apocalipse sempre foi um vilão difícil de imaginar nas telonas. Será mesmo que Bryan Singer conseguiu adaptar bem o vilão nesse que seria o sexto filme dos X-men?

Os anos 80 estão de volta!
Seguindo a proposta de X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido, pulamos mais 10 anos na história. Agora estamos em 1983 e dessa vez, Xavier está consolidando sua escola, juntando diversos jovens em suas instalações.

Do outro lado, temos Erik Lehnsherr (Magneto) casado e com uma filha na Polônia. Ele deixou pra trás o lado assassino dele, porém a vida dará voltas e ao salvar um trabalhador, Erik se revela e corre o risco de perder tudo novamente.

Enquanto isso, temos a Mística indo atrás de mutantes que lutam clandestinamente a força, ajudando eles a recomeçar. No caso, o filme detalha a luta do Anjo com Noturno, em que ela aparece para salvar o Noturno.

É nessa realidade que começa o filme, trazendo Moira MacTaggert de volta (X-Men: Primeira Classe). Agente da Cia, Moira está numa missão no Cairo, quando acaba descobrindo a pirâmide do Apocalipse. Sejamos francos, Moira que acidentalmente ressuscitou Apocalipse com a luz do sol, fazendo com que gerasse tudo que estava por vir.

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Apocalipse
Não vou negar que o visual do Apocalipse é meio decepcionante para quem espera o visual dos quadrinhos ou do desenho dos anos 90. Interpretado por Oscar Isaac, Apocalipse é enraizado nas suas origens egípcias, sendo o primeiro mutante do mundo.

Despertado, ele corre atrás para formar seus cavaleiros do apocalipse. A primeira pessoa que ele recruta é a jovem Tempestade que ao descobrir que ele é um mutante, acaba levando ele a sua casa.

Apocalipse em poucos momentos, acaba se atualizando e descobrindo como está o mundo atual. A partir disso, ele muda sua busca, agora focando em encontrar mutantes poderosos para se tornarem seus cavaleiros.

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Escola Xavier
Enquanto isso, somos apresentados ao Scott Summers que desperta seus poderes. Numa reunião familiar, seu irmão, Alex Summers (do X-Men: Primeira Classe), acaba decidindo leva-lo para escola de Xavier.

Assim entramos na mansão pelo ponto de vista do Scott, sendo apresentados a Jean Grey, Hank McCoy, Jubileu e outros alunos da escola. O próprio Xavier está ali para Scott controlar seus poderes, como também Hank McCoy em criar seu famoso visor para voltar a enxergar.

Pouco tempo e muitos personagens
Se no filme anterior, Bryan Singer teve a chance de se despedir dos “seus” X-Men. Agora chegou a hora de costurar o novo universo e tornar coeso para uma nova geração.

Parte disso, ele conseguiu e certamente essa linha temporal se torna cada vez mais distante daquela que vimos em 1999 com primeiro X-Men. E isso não é ruim, porque abre uma porção de possibilidades, semelhante ao semi reboot que Star Trek fez nos cinemas.

O grande problema aqui é que muitos personagens acaba prejudicando o desenvolvimento deles ao decorrer da obra. Um que sofre desse mal é o Magneto, que ao perder sua família, acaba não transmitindo sua dor pro público e nem o processo que o levou em voltar as trevas e aceitar a se tornar cavaleiro do Apocalipse.

Mística sofre de um problema parecido, porque ela não concorda com a filosofia do Xavier, quer ajudar o Magneto, mas ao mesmo tempo ela rejeita sua imagem mutante.

Um dos personagens mais prejudicados na edição é a Jubileu que teve meia dúzia de falas em uma só cena, o que acaba a tornando uma figurante de luxo ali no roteiro.

Agora, os problemas não acabam por aqui, porque o roteiro foi feito pra uma ação acontecer consequências. É estranho ver Mercúrio visitando a mansão Xavier no exato momento que ela explodiu, como também o sequestro de mutantes feito poucos minutos depois por William Stryker.

Mas o que gera maior galhofa são os poderes do Apocalipse. Infelizmente o personagem não consegue demonstrar o quanto é poderoso, justamente porque todas as mortes que causa são estranhas em cena.

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Mas o filme só tem defeitos?

Não mesmo! X-Men: Apocalipse abraça os anos 80 e isso faz com que diversas referências da década esteja por toda cena. Seja com Mercúrio jogando Pac-Man, ou dançar Moonwalker, ou mesmo passando Super Máquina na televisão. Os anos 80 estão ali, inclusive com a jaqueta vermelha do Noturno remetendo Thriller do Michael Jackson.

Outro ponto positivo é ver que o diretor está trazendo mais e mais referencias dos quadrinhos. Tivemos Wolverine com visual do Arma X, como também uma certa ave pra agradar os fãs dos quadrinhos. Isso sem mencionar a Sala de Perigo dos X-Men.
Mas independente disso, X-Men Apocalipse é um filme divertido e vale pela adrenalina. É bom ver os primeiros dias da equipe dos X-Men que realmente conhecemos.

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Opinião
Bryan Singer conseguiu se afastar da série original e ao fim de X-Men Apocalipse, temos certeza que uma continuação está engatilhada. O final deixa claro isso, talvez sinalizando que ele realmente faça tudo que ele não conseguiu fazer em X-Men 3.

O que surpreende é que o filme está mais costurado com os dois anteriores, sempre mostrando lembranças dos personagens e pautando a nova cronologia nos cinemas. Por isso, vale o aviso que é bom rever os dois primeiros filmes antes de assistir o novo.

Tem cena extra? Tem sim e com certeza nos deixou bem interessados sobre as consequências dela.

Nota

4/5

Giuliano Peccilli
Giuliano Peccillihttp://www.jwave.com.br
Editor do JWave, Podcaster e Gamer nas horas vagas. Também trabalhou na Anime Do, Anime Pró, Neo Tokyo e Nintendo World.

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