O mês de maio já está quase chegando ao final, mas não sem a Panini deixar mais uma vez sua marca nas bancas, trazendo um lançamento muito aguardado desde seu anúncio: Pandora Hearts. Quer saber o que achamos? Venha conosco!
A história
Oz Vessalius é um garoto normal, herdeiro de uma das famílias detentoras dos quatro grandes ducados. De volta à casa tradicional dos Vessalius apenas para participar da cerimônia de maioridade, Oz ainda quer aproveitar um pouco mais sua vida até então sem responsabilidades e pede ao tio que o deixe brincar mais um pouco com sua irmã caçula e seu serviçal Gilbert, que também é seu melhor amigo.
Enquanto tenta convencer Gilbert a participar da cerimônia, Oz ouve um som que lhe parece nostálgico, algo como a melodia de uma caixinha de música. Ao tentar identificar de onde vem o som, eles acabam se descuidando e indo parar num local que lembra um cemitério, porém com apenas uma lápide.
Nela, Oz encontra um relógio de bolso antigo e ao segurá-lo tem uma estranha visão que começa como algo que está escondido em sua memória mais antiga e termina como um pesadelo. Quando finalmente conseguem sair do local misterioso e Oz vai se preparar para o grande momento, um ser estranho toma conta do corpo de Gilbert para infiltrar-se na cerimônia de maioridade.
Chegando ao local, Oz confraterniza com a neta da duquesa de Rainsworth, Sharon, que não pode participar da cerimônia por ter apenas 13 anos, mas mesmo assim, tem maturidade suficiente para lhe dar conselhos misteriosos. Empolgado com a beleza da jovem dama e ansioso para que chegue logo o término da cerimônia, o garoto é surpreendido pelo ataque do falso Gilbert e quando está prestes a sucumbir aos Anjos Vermelhos da Morte, é salvo pela garota que viu nas lembranças do cemitério.
Agora, Oz tem muito mais com o que se preocupar do que com apenas uma reles cerimônia de maioridade. Ele precisa saber o porquê dos Anjos Vermelhos quererem capturá-lo, qual a real face da família Rainsworth e, acima de tudo, por que a garota do cemitério e o relógio de bolso trazem essa sensação tão nostálgica? Devo dizer que vamos ter MUITO tempo pra descobrir tudo isso, já que o mangá terá periodicidade bimestral e conta com 24 volumes…
A edição nacional
A versão brasileira de Pandora Hearts não conta com nada de diferente de outros títulos da Panini: papel jornal, primeira página colorida com papel lisinho, contracapa com imagens legais e com a tradicional nota do autor. A edição também traz o costumeiro glossário.
Opinião
Não é segredo pra ninguém que Pandora Hearts é fortemente inspirado nos livros de Alice, do autor britânico Lewis Carroll. Aliás, os autores japoneses são fascinados por essa história e vivem fazendo referências aos seus personagens (só citando os publicados pela Panini, posso falar de Conde Cain e Ouran). Além de Alice, também existem outras referências a clássicos da literatura, como o próprio nome do protagonista e da família que controla os Anjos Vermelhos da Morte (sim, MAIS shinigamis, o que me lembra que já está na hora de trazer Black Butler de volta, né, gente??????), os Baskerville.
Para quem não tem muita paciência de receber informações em conta-gotas, o primeiro volume abusa de flashbacks e te bombardeia com zilhões de personagens que é certeza que vamos esquecer se não seguirmos os próximos volumes com atenção. De qualquer forma, mesmo sendo um pouco confusa, a história prende e sim, me deu muita vontade de saber mais sobre o passado dos personagens (porque é CLARO que tem um passado triste por detrás de tudo sempre) e suas motivações, fora que o traço é agradável e a edição dentro do esperado.
Agradecemos à editora Panini, que nos encaminhou o exemplar para análise.