Continuação do reboot de 2014, as Tartarugas Ninjas voltaram e talvez ainda mais nostálgicas que seu filme anterior. Tendo produção de Michael Bay, todo mundo lembra quando rolou as primeiras notícias que existiria um planeta de tartarugas e o feedback negativo fez com que o filme ganhasse contornos totalmente novos e dessa vez baseado na franquia, mas ainda com resquícios de marcas registradas do diretor.
Similar ao o que aconteceu com Batman V Superman em que rolou alguns semi reboot no personagem Superman para ajustar ao tom e tornar ele mais fiel aos quadrinhos, aqui temos as Tartarugas Ninjas que tinham um tom mais baseado nas encarnações recentes, ignorando isso e puxando o máximo de sua encarnação dos anos 80 e 90.
A História
A April O´Neil está investigando Dr. Baster Stockman, porque de alguma maneira ele e o Clã do Pé estão querendo soltar o Destruidor. Lembrando que ele está preso em segurança máxima pelos fatos ocorridos do filme anterior.
Paralelo a isso, temos Casey Jones que é da polícia e estava transferindo Bebop, Rocksteady e o próprio Destruidor, quando é atacado pelo Clã do Pé. Infelizmente ele não consegue evitar a fuga do Destruidor que foge num portal dimensional, mas o que chama atenção foram as tartarugas e seu furgão que aparecem para evitar um dano ainda pior pra polícia.
A partir dai, temos as peças na mesa, quando o misterioso Krang aparece e revela que estava ajudando indiretamente o Dr. Baxter e precisava da ajuda do Destruidor para abrir portal da Dimensão X e trazer nada menos que Tecnodromo para as ruas de Nova York e dominar o planeta.
Opinião
O filme se reinventou em relação ao anterior e trouxe todo clima dos anos 90de volta. Bate nostalgia pelos easter eggs espalhados em todo filme, como a peruca da April que remete ao visual dela dos anos 90, ou líquido que Krang entrega pro Destruidor que é o Ooze do segundo filme antigo dos Tartarugas Ninja, como também Vanilla Ice tocando no bar que Rocksteady e o Bebop conseguem equipamentos para fugir.
Os personagens ganharam um novo visual com armas com led, como também físicos levemente diferentes, trazendo visuais menos “gigantes” que do filme anterior. Temos por exemplo, um Rafael grande, mas um Donatello extremamente magrelo, o que reforça a diferença entre eles.
Uma das lutas se passa no Brasil e foi uma grande surpresa do filme. Luta leve e divertida, trazendo interação 3D pra quem é fã da tecnologia e sentia falta de um filme com esse tipo de abordagem.
Tartarugas Ninja ganharam diversas encarnações nesses 30 anos, mas é inegável afirmar que é impossível agradar todas as gerações que tiveram histórias absurdamente diferentes. Mesmo a série atual é pensada de uma maneira que tenta homenagear tudo que já foi pensado antes.
Numa opinião de quem está na faixa dos 30 anos (e cresceu com a animação dos anos 90), eu sai satisfeito com essa adaptação na forma que ela foi pensada. Ela parece absurda, como realmente foi aquela animação, mas ao mesmo tempo o filme parece querer em quebrar barreiras e aproximar pais e filhos num título que permanece atemporal. E eu recomendo que todo mundo que tem filhos ou sobrinhos, acabe levando eles para assistir o novo filme. É diversão garantida e totalmente desprendido de qualquer tipo de gênero de super-herói atual.
Nota
4/5
Agradecimentos a Paramount