terça-feira, dezembro 24, 2024
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Review | Ninja Slayer

JMangá POST 2016 84

Esqueça o simpático ninja da roupa laranja que compartilha o corpo com uma raposa lendária. O ninja protagonista deste mangá é um assassino, que não irá descansar enquanto não destruir todos os… ninjas.

Conheçam Ninja Slayer, um dos lançamentos da Panini e destaque no Fest Comix 2016. Prontos para a matança? Então venham com o JWave por sua conta e risco.

A história
A cidade é Neo Saitama (não, não tem nada a ver com One Punch Man). No meio da escuridão regada com um temporal daqueles, um homem está em pé. Ele encara cinco cadáveres de membros da yakuza, todos mortos por ele mesmo. Em suas mãos ainda resta o sangue das vítimas e, em seu rosto, uma máscara sinistra, na qual está escrito seu nome: Ninja Slayer.

Após esta breve apresentação do protagonista (com direito a uma narração bem pomposa), ele sai pela noite adentro enquanto outros acontecimentos se desenrolam não muito longe dali.

Um grupo de yakuzas negros, o Clã das Cordas de Yokohama, está aguardando a chegada dos representantes da gigante companhia farmacêutica Yoroshi-san, com quem pretendem renegociar o preço de uma certa mercadoria. Quando o táxi chega, eles têm uma surpresa: do carro, descem quatro homens idênticos nos mínimos detalhes, como se fossem clones. Junto com eles, está seu mestre, Arson, que vem para endossar o porquê do encarecimento da mercadoria que já tinha sido negociada.

Apesar de ambos os lados terem demonstrado polidez em demasia, o Clã das Cordas não gostou do aumento e resolveu partir para a briga, o que foi seu maior erro: por detrás das boas maneiras de Arson, reside um espírito assassino, pertencente aos Ninjas Soukai.

Com movimentos graciosos, Arson arranca a cabeça de um de seus adversários com apenas um chute (?!) e, num balé doentio, incendeia do nada mais alguns membros do Clã das Cordas, ganhando assim a total reverência e obediência dos poucos sobreviventes… fora que a mercadoria ficou mais cara mesmo e pronto.

Após ver seu adversário humilhado e dar mais umas demonstrações de superioridade e escrotice em uma breve conversa com seus subordinados, Arson se retira. Sua arrogância será duramente castigada não muito tempo depois, já que em seu caminho está o Ninja Slayer.

Igualmente educado, Ninja Slayer troca cumprimentos com Adson e, num piscar de olhos, já parte pra cima dele em uma briga bem insana. Com técnicas terríveis e bem mais letais do que as de Arson, Ninja Slayer vence a luta e dá um golpe fatal em seu adversário, que morre após dar um recado misterioso ao seu assassino: que o Dark Ninja-san (quem?!) não iria tolerar tal ato. Ninja Slayer claramente está pouco se lixando com o tal Dark Ninja-san e, por isso, responde com a empáfia digna de um protagonista e vai embora, deixando para trás os rastros da sua matança. E isso é apenas o começo do mangá.

Muitas questões são levantadas: quem é, de fato, o Ninja Slayer? Por que ele se rebelou contra os ninjas Soukai? Qual o real motivo dele sair por aí voando e assassinando seus companheiros de estilo? Quem diabos é o Dark Ninja-san? Algumas pistas serão dadas ainda neste volume, mas o resto teremos bastante tempo para descobrir, já que o mangá é bimestral e ainda está em andamento no Japão.

Esta versão de Ninja Slayer que temos em mãos é ilustrada por Yuki Yogo e baseada na série americana de novels que conta com 16 volumes até o momento e foi escrita pela dupla Bradley Bond e Philip Ninj@ Morzez.

Também faz parte da franquia uma versão shoujo, intitulada “Ninja Slayer: Glamorous Killers” e desenhada por Ageha Saotome. Uma segunda versão shonen é publicada nos Estados Unidos pela Kodansha com o título “Ninja Slayer: Kills” e ilustrada por Kotarô Sekine. Ambas as versões têm três volumes publicados até agora.

Já a versão anime foi assinada pelo estúdio Trigger e possui 26 episódios de 15 minutos.

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Versão Brasileira

A Panini fez uma edição com formato semelhante à maioria dos seus shonen (One Piece, Reborn, Bleach, entre outros), com papel jornal e sem páginas coloridas. A tradução ficou por conta de Jae HW e a edição a cargo de Bruno Zago.

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Opinião
Não tenho o que falar do traço, que é muito bonito e expressivo. O plot da história também é bacana, mas o problema ficou na narração.

Não tem nada mais chato do que narração desnecessária. Em alguns momentos, senti como se estivesse lendo uma versão hardcore de Meninas Superpoderosas; narrar até mesmo a parte em que os adversários se cumprimentam, para mim, foi a gota d’água.

Claro que tem gente que vai achar que a graça do mangá está exatamente nessa forma de narrativa. Para não ser totalmente injusta, não sei se as novels também foram escritas dessa forma, mas posso dizer que não é a minha praia. Descontando esse detalhe, confesso ter ficado curiosa para saber como a vida do Ninja Slayer chegou àquele ponto. Ao que tudo indica, parece ter perdido a família por causa de alguma missão, mas nunca se sabe o que nosso narrador maroto nos reserva.

Agradecemos ao pessoal da Panini por ter enviado o exemplar para análise.

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Luana Tucci de Lima
Luana Tucci de Lima
Fã incondicional de CLAMP, Nobuhiro Watsuki e Yuu Watase. Adora mangás Yaoi , Turma da Mônica e... mordomos de óculos.

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