Se você é muito fã de quadrinhos de super-herói e também arrasta uma asa para um bom e velho mangá de ação, este é o título certo para você!! Um dos lançamentos mais aguardados do ano, My Hero Academia chegou às bancas brasileiras recentemente, após um evento de lançamento bem bacana ocorrido na Fnac do Shopping Morumbi. Nós conferimos a edição brasileira e vamos dividir tudo com vocês!
A história
O mundo na atualidade está bem diferente de gerações atrás: a maioria das pessoas têm super-poderes, desde os mais bacanas até os mais inúteis (quero entender qual o intuito de tirar os olhos das órbitas, mas…).
Em meio a tantas pessoas extraordinárias, está nosso protagonista: Izuku Midoriya. Izuku adora tudo relacionado a heróis e sempre quis ser um, mas teve uma desilusão na mais tenra idade, ao descobrir que não tinha poderes.
Sem perspectiva de se tornar um herói e tímido por natureza, os dias de Izuku resumem-se a escrever zilhões de linhas sobre os heróis nos seus cadernos e a aguentar bullying de seu “amigo” de infância Katsuki (Ka-chan) que, além de ser extremamente desagradável e chato, o apelidou de Deku (uma leitura pejorativa para seu nome).
Depois de mais um dia besta na escola e de mais humilhações por parte de Ka-chan, Deku está voltando para casa quando um vilão líquido o captura. Seria seu fim se não tivesse aparecido o herói dos heróis e seu maior ídolo, All Might!
Sem conseguir se desvencilhar de All Might por ver nesse encontro uma oportunidade de mudança, Deku acaba descobrindo um dos muitos segredos do herói, que lhe proporciona conselhos preciosos.
Ao deixar Deku para entregar o vilão, All Might percebe que deixou cair a garrafa onde o lacrou e o vilão aproveitou para se apossar do corpo de ninguém menos do que o irritante Ka-chan. Ao fitar o olhar de desespero de seu amigo, Deku nem pensa duas vezes e corre para ajudar; esta atitude será o estopim para que a vida dele mude radicalmente e possa finalmente trilhar o caminho do herói, mas não sem alguns obstáculos a serem transpostos…
A edição brasileira
Apesar de ter vindo com duas opções de sobre-capa pôster (uma para os assinantes e outra para quem comprou o número 1 no evento ou em lojas especializadas) e de ter tido muita atenção com a tradução e adaptação dos nomes dos personagens e dos termos, acredito que a maior tristeza (não só minha, como de muitos), foi o fato dele ter sido publicado em pisa brite (o mesmo de Seven Deadly Sins e Magi).
A edição também trouxe algo raro nos mangás da JBC: um espaço dedicado à notas sobre os nomes dos personagens e algumas curiosidades da obra, o que particularmente achei bem bacana.
A sobre-capa das lojas especializadas traz uma espécie de pôster do All Might e a dos assinantes uma reprodução da capa original japonesa, que ficou sensacional. A tradução ficou por conta de Yakusha A-hon.
Outras mídias
My Hero academia também conta com uma versão em anime, com 13 episódios, além de uma light novel (Boku no Hero Academia: Yuuei Hakusho), dois jogos (Gekitotsu! Heroes Battle e Battle for All) e mais dois mangás: “My Hero Academia Slash” e “Vigilante: Boku no Hero Academia Illegals”.
Opinião
Sendo bem sincera, quando fui apresentada a My Hero Academia, achei o mangá bem chato. Fiquei com um pouco de raiva do protagonista e parei de ler antes do final do primeiro capítulo, mesmo feliz de encontrar diversas referências a obras que gosto (como por exemplo a estação Tattoine, fazendo uma referênciazinha à Star Wars). Incentivada pela campanha massiva de lançamento e por alguns fãs da obra, resolvi dar uma segunda chance e não me arrependi: consegui me solidarizar com Deku, criando até uma empatia, afinal, a gente sempre esbarra com pessoas que acham que, por serem ou se julgarem melhores do que nós em alguns aspectos, têm o direito de nos diminuir.
Deku tem um bom coração, é sincero consigo mesmo e não desiste diante das dificuldades. Ele vai lidar com algo bem maior do que ele e meu sonho pessoal para esse mangá é que Deku consiga mostrar para Ka-chan e até mesmo para All Might que o maior poder que o ser humano tem é exatamente esse: não desistir nunca e sempre se levantar dos tombos que leva da vida. Foi assim que ele herdou o legado de All Might e minha torcida eterna.
Agradecemos à editora JBC que, gentilmente, nos encaminhou o exemplar para análise.