Já faz um tempinho que não falamos de Naruto por aqui, mas não podíamos deixar de comentar sobre um dos lançamentos da Panini, o gaiden de Naruto “O Sétimo Hokage e a Lua que Floresce Vermelha”. Vamos matar as saudades?
A história
Tudo está em paz na Vila da Folha. Naruto exerce suas funções como Sétimo Hokage muito bem, embora acabe deixando um pouco de lado o relacionamento com seu filho rebelde e mala, Boruto. Paralelo a isso, Sarada Uchiha começa a infernizar sua mãe, Sakura, com milhões de perguntas sobre Sasuke (pai ausente por excelência) e Chouchou Akimichi (filha de Chouji) enfia na cabeça que é adotada e que precisa sair em uma jornada para encontrar seus verdadeiros pais.
Num ataque de fúria ao ser pressionada por Sarada, Sakura causa um pequeno estrago em sua casa e, em meio aos destroços, a herdeira dos Uchiha encontra um porta-retratos quebrado e percebe tratar-se de uma montagem. Na mesma foto que aparece Sasuke, aparecem pessoas que ela desconhece, inclusive uma moça de cabelos escuros e com os óculos iguais aos dela.
Sarada questiona Shizune sobre a mulher da foto, mas não obtém sucesso. Sua única saída é seguir Naruto, que está de partida para encontrar-se com Sasuke para uma missão importante, que envolve usuários misteriosos do Sharingan. Com Chouchou a tiracolo, Sarada vai atrás do Sétimo e acaba envolvida em uma missão secreta e perigosa, ao mesmo tempo em que irá fazer de tudo para descobrir a verdade sobre seu nascimento, mesmo não sendo a hora mais adequada para isso.
A edição brasileira
Esta história fechada foi publicada nos mesmos moldes de Naruto Gold: papel off-set, sem orelhas e letrinhas douradas na capa, lombada e sobrecapa. Ela traz um pôster com a imagem da capa inteira (não destacável), tradução da veterana Drik Dada e edição/adaptação da diva Beth Kodama.
A história desse gaiden me deixou bem saudosa do clima dos volumes iniciais de Naruto: crianças ansiosas para se provar capazes de seguir adiante, querendo respostas que nem sempre podem obter prontamente.
Sarada é uma Uchiha por excelência, mas a porção Sakura que nela reside a faz agir mais com o coração do que com a cabeça. Chouchou não aceita sua semelhança indiscutível com sua família e, ao invés de ter uma conversa saudável, prefere se enfiar em uma confusão por causa de besteira adolescente. Boruto continua insuportável, mas não nega ser filho de quem é, então ainda há esperança.
Também como no começo da saga, os segredos continuam em alta, causando os mais diversos mal-entendidos, como a missão secreta de Sasuke (que é de conhecimento apenas da alta cúpula da Vila) e a ausência de registro de nascimento de Sarada, que acaba sendo mais um motivo para gerar mal-entendido. Muitos personagens aparecem para matarmos a saudade e Naruto mostra que, apesar de permanecer o mesmo na essência, tem o que é necessário para ser um bom Hokage.
A trama passa uma impressão de que, assim como no último capítulo da série, todos os personagens estão focados em abrir caminho para um futuro glorioso, onde toda a comunidade ninja continuará trilhando o caminho da cooperação e orientando seus jovens da melhor maneira possível. É uma leitura obrigatória para fãs da série.
Agradecemos à editora Panini que, gentilmente, nos mandou o exemplar para análise.