2016 foi um ano meio esquisito, mas teve seus pontos positivos. Um deles foi o retorno de Saint Seiya às bancas e livrarias brasileiras com Santia Shô, o bombástico Kazenban da série clássica (as resenhas de ambos já passaram por aqui, já deu uma olhadinha?) e, como se não bastasse tanto amor, um artbook lindo de morrer de Lost Canvas (kyahhhh), que nós não podíamos deixar de destacar neste JMangá.
Antes de babar, vamos relembrar
Para aqueles que ainda não conhecem (como assim???) Lost Canvas, trata-se de um prequel de Saint Seiya desenhado e roteirizado por Shiori Teshirogi. A trama se passa na Guerra Santa na qual Dohko (lembra dele, o mestre do Shiryu amigo?) e Shion (verdadeiro mestre do Santuário morto por Saga na história clássica) lutaram e foram os únicos sobreviventes.
Nesta era, Atena é Sasha, uma garota meiga porém valente e Hades é seu irmão Alone, um jovem ponderado que ama pintar. Ambos são órfãos e melhores amigos de Tenma, que vem a se tornar o cavaleiro de Pégaso.
No decorrer da saga, vemos como cada um deles enfrenta seu destino da melhor forma possível e, além disso, conhecemos os cavaleiros de ouro de mais de 200 anos antes da saga de Seiya e seus companheiros; todos incrivelmente fortes e dignos do título que carregam. Os parceiros de bronze de Tenma são o irrequieto Yato de Unicórnio e a incrível Yuzuriha de Grou, que estão sempre dispostos a lutar para defender não só Atena como também uns aos outros.
Após finalizar Lost Canvas, Teshirogi torturou ainda mais nossos corações com Lost Canvas Gaiden, que traz aventuras solo dos Cavaleiros de Ouro, mas não necessariamente na Guerra Santa. Algumas histórias são anteriores e outras posteriores aos eventos, mas nos permitem navegar em algo como um universo expandido, já que Teshirogi deixa a imaginação vagar e nos apresenta gerações mais antigas de cavaleiros dourados, sempre com seu traço impressionante e com ilustrações de encher os olhos.
Ilustrações para fã nenhum botar defeito
As imagens do artbook foram tiradas das duas séries de Lost Canvas e de materiais promocionais criados para promover as publicações. É uma coletânea muito sortida, que dá atenção a praticamente todos os personagens e dá para sentir claramente o cuidado da publicação em selecionar as melhores imagens para alegrar os fãs.
Ao final, alguns making-off das ilustrações, um índice de onde elas foram tiradas e uma historinha fofa, com Tenma e Alone falando sobre a publicação em si.
O primeiro artbook publicado no Brasil
A versão brasileira do artbook de Lost Canvas não ficou devendo nada à original. A JBC teve o cuidado de manter praticamente as mesmas fontes e o layout é igualzinho. O valor final (R$ 64,90) ficou mais em conta do que o original (algo em torno de R$ 100,00) e a qualidade é muito boa.
Opinião
Fiquei surpreendida de forma extremamente positiva com este lançamento. Não é segredo para ninguém que sou fã de Lost Canvas e acho que o artbook é item obrigatório para os colecionadores. Depois que você abre uma vez, é difícil parar de admirar e acende aquele desejo de ver outros publicados por aqui, como os de Blade e CLAMP. Quem sabe um dia?
Agradecemos muito à editora JBC por ter enviado essa coisa linda para análise. Estou apaixonada.