Um dos títulos anunciados pela JBC em 2016, Fort of Apocalypse já está em seu terceiro volume nas bancas brasileiras. Conferimos o primeiro volume e contamos nossas impressões para vocês nesse JMangá.
A história
Yoshiaki Maeda é um jovem de 16 anos que foi condenado à prisão perpétua por assassinato e enviado ao Instituto Shouran, uma prisão para menores infratores. Apesar de jurar ser inocente, é colocado junto com outros jovens detentos na sala quatro e vê logo de cara que sua vida ali não será fácil.
Masafumi Yoshioka, o representante da sala quatro, o recebe com uma cordialidade maquiada por uma personalidade agressiva e cínica. Além dele, os outros colegas de quarto são o taciturno Go Iwakura e o pedante Mitsuru Yamanoi, conhecido também como Neumann.
Já é certo que, no meio de tantos delinquentes provocando uns aos outros o tempo todo à procura de briga, e policiais que não parecem ter real interesse em administrar os problemas, a vida do novato será um inferno… Mas o que Maeda não esperava é que ficaria ainda pior.
No meio de um treino-castigo por terem participado de uma briga no refeitório, Maeda e seus colegas se deparam com algo inusitado: um veículo de escolta bate em um poste dentro do campo e dele saem pessoas cobertas de sangue, que atacam quem está perto com mordidas brutais. Quem é atacado torna-se uma espécie de zumbi e assim o caos se instaura dentro do instituto.
Maeda e seus colegas tentam prevenir os outros internos, mas essa atitude mostra-se contra-producente. Os quatro jovens acabam fugindo de lá, apenas para perceber que a cidade toda está passando pelo mesmo problema.
Agora, os rapazes deverão agir para garantir sua sobrevivência em um inferno pior do que a instituição. Quanto tempo será que eles aguentarão neste mar de sangue e cadáveres?
A edição brasileira
Fort of Apocalypse foi publicado no já conhecido pisa brite, utilizado na maioria das publicações de banca da JBC. A tradução ficou por conta de Jae HW.
Opinião
Não sou muito fã de história de zumbi, mas essa está um pouco diferente do que estou acostumada a ver por aqui.
Maeda é um protagonista que fica à sombra dos outros colegas de sala, que parecem muito mais interessantes (especialmente Iwakura, que só arrancou um para-raios com as mãos neste volume, coisinha básica). Ele não é inteligente, nem forte, nem atraente, nem rápido, nem nada. É o personagem clássico que serve de comida para zumbi.
Exceto pelo fato de que é o protagonista e de que talvez esconda algum segredo (não consigo acreditar 100% na história dele), não imagino que Maeda evolua muito mais na obra, mas sempre tem um plot twist, então estou ansiosa por isso.
Um ponto forte é que não vi (até agora, pelo menos), outro clássico dos mangás de zumbi: meninas com peitos exageradamente grandes (parecendo balões, às vezes), pouca roupa e muita sorte. Espero que continue assim.
Mesmo não sendo fã do gênero, devo dizer que este título é bem interessante e que estou aguada de curiosidade para saber se existe um paciente zero, o que realmente levou os garotos ao instituto e se Maeda é mesmo inocente. Dez volumes é uma quantidade razoável para se desenvolver uma boa história, espero que o final seja de arrepiar os cabelos.
Agradecemos à editora JBC por ter cedido o exemplar para análise.