Eduardo Damasceno e Luís Felipe Garrocho unem-se mais uma vez para contar uma história do Bidu e… com certeza irão te emocionar. O JQuadrinhos traz para vocês a segunda graphic MSP do Bidu: Juntos.
A história
Franjinha e Bidu se encontraram e passaram a dividir tudo aquilo que dois companheiros dividem: amor, carinho, brincadeiras e risadas, mas nem tudo são flores, afinal, Franjinha ainda não consegue transmitir muitas coisas ao seu amigo da maneira correta.
As coisas começam a entornar um pouco quando Bidu começa a fazer coisas que todo cachorro faz: mastigar roupas, roubar comida da mesa, fazer as necessidades nos locais errados e, ao ficar sozinho dentro de casa, detoná-la no melhor estilo Marley e Eu.
Irritada com as artes do cachorro, a mãe de Franjinha pede para que ele o deixe preso no quintal. Embora a guia seja longa o suficiente para permitir que o bichinho ande pelo quintal (sem alcançar o varal, um objeto de tentação), Bidu passa a ficar triste e sem apetite. Ele não entende o porquê de seu dono e amigo não brincar mais com ele e pior; deixá-lo preso.
Em sua cabecinha canina, Bidu vê sua estadia naquela casa como um erro. Como ele pode compreender que seu dono não passa de uma criança que está apenas começando a aprender a responsabilidade de ter um bichinho de estimação e que precisa conciliar isso com os estudos, tarefas domésticas, entre outras coisas necessárias em sua educação?
Nesse momento, um novo personagem aparece. De um jeito um tanto quanto inesperado, ele irá ajudar os dois amigos a se compreenderem melhor e perceberem que não é que tudo esteja perdido ou que um dos dois esteja errado: mesmo a melhor das convivências, às vezes, pode precisar de alguns ajustes.
Opinião
Obras sobre cachorros sempre me emocionam e não foi diferente com Bidu – Juntos. Damasceno e Garrocho conseguem traduzir com leveza tudo aquilo que sentimos quando trazemos um novo bichinho pra casa.
Queremos que ele se adapte à nossa rotina, mas não compreendemos que, se não tivermos doçura e paciência na hora de ensinar, eles não terão como nos entender. Tudo isso é um mero detalhe diante da alegria que um companheiro desses traz para nossas vidas.
Em minha casa, tivemos vários cães, gatos, pássaros e até um hamster, todos muito amados durante suas vidinhas e pranteados quando partiram deste mundo. Quando Kisa, minha atual cachorrinha, me foi presenteada por um colega de trabalho, eu passava por uma fase difícil em minha vida, prestes a entrar em uma depressão.
Quando chegou, pesava só um quilo e fez questão de mudar toda a nossa rotina. Enquanto ensinávamos tudo o que achávamos que ela deveria aprender, ela nos ensinou mais ainda.
Kisa me ajudou a superar decepções enquanto regava o tapete de casa com seu xixi (o que levou minha mãe a desistir do tapete bem rápido); ela nos olhava com seu olhar meigo enquanto roía todos os móveis por onde passava. Nossos calçados e livros passaram incólumes por esta danada, mas não nossos corações, que sempre se aquecem ao vê-la rebolando pela casa com seus quase 25 quilos (e devo dizer que ela se tornou expert em fazer suas necessidades no jornal).
Assim como a Kisa me ensina uma lição todos os dias, Bidu ensinou a Franjinha nesta história que não há preço que pague o amor condicional que essas criaturas sentem por nós. Nossa função é, uma vez que os trouxemos para nossas famílias, protegê-los, ensiná-los, aprender junto com eles e amá-los para todo o sempre.
Dedico esta resenha a todos aqueles que têm um bichinho (ou mais de um) em casa e os protegem de toda a maldade que há no mundo. Não há amigo mais fiel.