Título muito aguardando pelo fandom brasileiro, A Voz do Silêncio (Koe no Katachi) foi um dos anúncios do New Pop Day de 2017 e já está disponível nas lojas especializadas e livrarias. Pegamos o primeiro volume e contamos tudo para vocês neste JMangá!
A história
Shouya Ishida é um estudante do primário que pode-se dizer ser desprovido de qualquer tipo de noção. Suas brincadeiras com os colegas de classe são sempre perigosas, sob a desculpa de fugir do tédio.
Quando seus amigos começam a querer parar com este tipo de coisa, a escola recebe uma nova aluna: Shouko Nishimiya, que é deficiente auditiva.
Ao invés de tentar compreender as necessidades da garota, Shouya faz com que parte da sala o ajude em uma verdadeira campanha de bullying contra a garota, que acaba culminando não só em um grande prejuízo para sua mãe como na transferência de Shouko para outra escola.
Responsabilizado por tudo, Shouya passa a ser o novo alvo de seus antigos amigos e nem mesmo o professor responsável pela classe intercede mais, deixando-o pagar pelos seus atos maldosos.
Passam-se os anos e Shouya se isola de todos, não interagindo com a classe mais do que o necessário. Ao chegar no terceiro colegial, o garoto resolve abraçar a morte porém, antes disso, quer se redimir pelo passado, procurando Shouko. Agora, ele vai tentar convencê-la de seu arrependimento, enquanto se prepara para deixar este mundo.
A edição brasileira
Como de costume na maioria das publicações da editora, A Voz do Silêncio veio em papel off-set e capa cartonada.
Devo dizer que esta primeira edição veio bem melhor no quesito revisão, mas a fonte continua a mesma de sempre (mas não gostar dela é algo particular meu).
Opinião
A Voz do Silêncio é o tipo de história que vem para te dar um choque de realidade: quantas vezes não cometemos uma maldade em maior ou menor grau com alguém que está supostamente “fora dos padrões”?
Quantos não colocaram apelidos nos colegas, parentes, conhecidos e disseram para si mesmos que era só uma “brincadeira”? Chegaram a pensar no sentimento da pessoa que foi feita de alvo por ser diferente? Colocaram-se no lugar dela e perceberam o quão cruel é rotular as pessoas?
Quantos Shouyas da vida real estão por aí, causando dor às pessoas todos os dias? O Shouya da ficção quer “consertar tudo antes de morrer”, mas desde quando a morte redime algo? Mais do que se redimir de seu erro, Shouya deverá entender de verdade os sentimentos de Shouko, de sua mãe e os seus próprios. Só assim ele na ficção e nós realidade poderemos dizer que aprendemos o verdadeiro significado da palavra empatia.
Agradecemos ao pessoal da loja Anime Hunter que, em parceria com a editora New Pop, nos cedeu o exemplar para análise.