No mesmo bonde de lançamentos de dezembro, Monster Monster foi um dos títulos que a Panini trouxe na CCXP 2017.
Um mangá inesperado e divertido, a obra de Nikiichi Tobita também já está disponível nas bancas e lojas especializadas de todo o país e é o protagonista deste JMangá.
A história
Em um mundo totalmente dominado por monstros, houve uma época em que finalmente apareceram humanos que eram capazes de enfrentá-los e, além, disso, aproveitá-los como mercadorias.
Pele, chifres, olhos, tudo passou a ser comercializado e alguns humanos tornaram-se especialistas em obter esses e outros itens caçando os monstros. A esses humanos destemidos, foi dado o nome de coletores.
Nessa era cheia de sonhos e de aventuras, vive o Protagonista (sim, esse é o nome dele), cuja profissão é ser NEET (sigla para not in employment, education or training: sem emprego, não-estudante ou em treinamento). Com 29 anos, vive às custas da mãe, não tem nenhuma ambição e nunca sai de casa.
Sua mãe vive em desgosto com um filho desses, e sempre o incentiva a ir procurar emprego mostrando uma faca. Em uma dessas saídas, ao invés de ir para a agência de empregos, acaba indo parar no bar e conhece um coletor novato e promissor, Wens Klarge.
A princípio,ele zomba da dedicação do rapaz, mas depois de passar por um perrengue por beber mais do que podia pagar e ser salvo por ele, começa a pensar seriamente em tomar jeito… mas essa resolução (como todas as outras ao longo do volume) dura apenas uma página.
Porém, além de ser Protagonista e NEET, esse cara parece ter um poder oculto que interessa a algumas pessoas. O único problema é saber como ele vai fazer para deixar a má vontade de lado e começar a aprender a utilizá-lo para, quem sabe, se defender não apenas dos monstros, mas de alguns seres humanos.
A edição brasileira
Monster Monster saiu em pisa brite, sem páginas coloridas e com capa em laminação fosca.
A tradução é de Fernando Mucioli e a edição de Diógenes Diogo.
Opinião
Confesso que peguei Monster Monster para ler sem saber o que esperar e fui surpreendida positivamente.
A história tem ambientação semelhante à de outros mangás medievais, como Berserk, Claymore e o mais recente Bestiarius, porém traz elementos claramente modernos, como idols (visíveis nos pôsteres no quarto do Protagonista), joguinhos e até um maid café disfarçado de bar de garotas.
Também achei muito interessante o conceito de NEET ser aplicado nesta obra, pois é um termo moderno e parece destoar a cada vez que um personagem taca isso na cara do Protagonista. Só que não poderia estar mais correto e é exatamente isso que ele é.
Estou muito curiosa para descobrir muitas coisas: o que é de fato o poder dele, o segredo que parece atormentar mãe e filho e se ele vai superar suas dificuldades e, quem sabe, se tornar um coletor? Mal posso esperar o próximo volume.
Agradecemos à editora Panini por ter encaminhado o exemplar para análise.