Dando sequência aos lançamentos da Panini, chega às bancas Inspector Akane Tsunemori, uma das adaptações em mangá do anime Psycho-Pass.
Com arte de Hikaru Miyoshi e design de personagens por Akira Amano (Katekyo Hitman Reborn!), as aventuras da inspetora Akane e seus subordinados são indicadas para os fãs de histórias policiais com enredos psicológicos. Vamos ao protagonista deste JMangá.
A história
Em um mundo altamente informatizado, os seres humanos já não têm possibilidades ilimitadas. Suas vidas são definidas pelo sistema Sybul, que analisa as possibilidades de emprego, estudos e até mesmo se a pessoa pode ou não tornar-se uma criminosa.
Para isso, são medidos os níveis de estresse através de uma ferramenta chamada Psycho-Pass, que mostra a “cor” de suas almas e define se é possível ou não passar por um tratamento.
Neste mundo, vive Akane Tsunemori, uma garota calma e inteligente. Teve as maiores notas de sua turma, o que possibilitou um leque enorme de opções de emprego designadas pelo sistema Sybil, dentre elas, uma colocação na Agência de Segurança Pública.
Incentivada por suas amigas, Akane passa por um rigoroso treinamento e se torna inspetora, sendo obrigada a fazer trabalho de campo logo no seu primeiro dia. No local da investigação, conhece o inspetor Ginori, um bonitão de óculos sem paciência com quem está começando e que já faz a garota colocar logo a mão na massa. Ela também é apresentada à sua equipe de subordinados, os executores, que nada mais são do que pessoas que exerceram o coeficiente criminal permitido e, agora, trabalham para a Polícia sob supervisão dos inspetores.
Dentre os executores, Akane se identifica especialmente com Kougami, outro bonitão (mas com um estilo mais selvagem), que age de forma impulsiva, mas parece respeitá-la. Após uma tomada de decisão acertada, mas não sem consequências, Akane começa a compreender que existe um abismo entre inspetores e executores, embora ela mesma se recuse a acreditar nisso.
Os executores também são criminosos latentes, de acordo com a medição de seus Psycho-Passes. Por essa razão, eles apenas executam as ordens de acordo com o que é determinado pelos inspetores. Isso é um problema para Akane, pois ela faz questão de tratá-los como companheiros de trabalho, enquanto Ginori deixa claro que eles não passam de cães de caça que devem ser domados.
Ao longo da trama, Akane vai se aproximar mais dos executores e entender o porquê de cada um deles ser como é. Resta saber se seu Psycho-Pass continuará tão cristalino como sempre, depois de participar de tantos casos desafiadores…
A edição brasileira
Inspector Akane Tsunemori foi publicado em pisa brite, assim como a maioria das publicações do selo Planet Mangá.
A edição possui o glossário usual, teve edição de Camila Cysneiros e tradução de Karen Kazuki Hayashida.
Opinião
Esse mangá me foi recomendado muitas vezes por uma grande amiga (que, inclusive, o está traduzindo). Li parte do primeiro volume em japonês uns dois anos atrás e, até onde li, achei bem interessante, além de amar o design dos personagens (sou muito fã de Akira Amano).
Além disso, também adoro histórias policiais e estava com saudade de algo do tipo, já que MPD Psycho continua “na geladeira” e Yakumo acabou (embora Yakumo tenha uma pegada mais sobrenatural e “fofinha”).
Gostei muito do modo como a protagonista impõe suas ideias e de como, ao mesmo tempo, ela não tem certeza se está agindo da forma correta. Quero muito saber mais sobre o passado dos executores e estou torcendo para que Ginori e Kougami se entendam (mas aí já é um desejo particular da minha mente fértil).
Estou ansiosa pelo segundo volume mas, como tenho muita sorte, os mangás que mais gosto sempre demoram mais para sair. De qualquer forma, recomendo para todos que curtem histórias policiais, mas com um quê mais psicólogico.