Os anos de 1990 foram marcados pela década dos mascotes. Se de um lado tinha Sonic e Mario brigando para quem era o melhor, tínhamos Klonoa, Crash Bandicoot, Rayman entre outros personagens abraçando Playstation para chamar de seu.
Passadas duas décadas desde então, Klonoa comemora 25 anos e a Bandai Namco trouxe de volta os dois jogos da série para as plataformas atuais. Remasterizado, os jogos voltaram com algumas adições, porém mantendo sua essência e suas características de Playstation 1 (ou seria Wii aqui?) e Playstation 2.
Mas você lembra do Klonoa? Jogou ele no Playstation ou a sua versão de Wii? E como é reencontrar o personagem depois de tantos anos?
O que mudou nessa coletânea?
Klonoa Phantasy Reverie Series tem uma cara de jogo antigo, não dá pra negar. Trazendo Klonoa: Door to Phantomile (Playstation 1) e Klonoa 2: Lunatea’s Veil (Playstation 2), a coletânea é bem direto ao ponto, relembrando e muito a sensação de estar jogando um jogo antigo.
Trazendo save que nos traz lembrança do Memory Card do Playstation, Klonoa Phantasy Reverie Series se propôs em trazer gráficos mais bonitos que no original, porém mantendo toda a cara de jogo antigo.
Vale lembrar aqui que Klonoa: Door to Phantomile acabou ganhando uma versão em 2008 para o Wii e está é a que foi utilizada aqui, não a versão de Playstation de 1997.
E a parte ruim é que é só isso. Se você estava esperando itens dentro do jogo, terá que desembolsar no DLC para ter roupas/bonés diferente, mas não temos entrevistas, museu e nada assim dentro dos dois jogos.
Klonoa: Door to Phantomile
Voltamos em 1997, quando Klonoa: Door to Phantomile foi lançado, trazendo o clássico side-scrolling 2.5D. Bonito na época, o jogo trouxe uma mecânica repleta de inspirações do 2D, agora utilizando o 2.5D.
Para quem não lembra, Klonoa é um personagem felino que tem um idioma próprio que lembra bastante onomatopeias japonesas. Ele descobre um anel na floresta, conhecendo Huepow, utilizando como arma nas suas aventuras.
A aventura se passa em Phantomile e aqui já percebemos que muito do que torna Klonoa único, como utilizar o anel para pegar o inimigo para alcançar plataformas mais altas ou pegar itens em lugares distantes. Talvez esse seja o grande charme deste jogo, sendo o que me faz gostar tanto do personagem.
Trazendo um modo história que talvez possa soar enfadonho, por ter envelhecido mal, Klonoa: Door to Phantomile atualizou algumas coisas, como acelerar essas cenas. Mas assumo que gera estranheza assim que termina uma fase é esperar a animação dentro do mapa do jogo.
Independente disso, uma das sacadas do Klonoa, está em pegar todos os cristais da fase, como em completar o quebra-cabeça. Assim, você terá que explorar bastante o jogo para conseguir chegar no 100% delas.
Ressalto aqui que as fases são muito agradáveis de jogar, sendo um dos pontos altos aqui. Então se peca no modo história, mas se ganha bastante com sua jogabilidade bem fluida e que se responde muito bem aqui no controle.
Sempre temos chefes no mapa e aqui temos que encontrar o ponto fraco deles. É um clássico do jogo de plataforma e aqui não é diferente. Gosto bastante dos desafios em forma de chefe aqui presente.
Klonoa 2: Lunatea’s Veil
Produzido em 2001 para Playstation 2, Klonoa 2: Lunatea’s Veil aumenta os desafios, trazendo mais personagens e aumentando a dificuldade do jogo.
Aqui, temos o Klonoa que é conhecido pelo povo de Lunatea como o “Viajante dos Sonhos” que segundo a “lenda” é aquele que é convocado para salvar mundos dos sonhos.
Desta vez, Klonoa não está “sozinho”, estando acompanhado por Lolo, uma sacerdotisa em treinamento. Solicitada pela Alta Sacerdotisa da Deusa Claire para ajudar Klonoa, Lolo sempre aparece no jogo, indicando o caminho e dando palpites. No jogo, ela fornece a energia do anel de Klonoa. Klonoa também é acompanhado pela criatura parecida com um cachorro Popka, que atua como o ajudante rude, mas carismático de Lolo.
Particularmente, eu gosto muito mais deste jogo do que o original. Trazendo diversos tipos de jogabilidade que lembram outros jogos de plataforma, Klonoa 2: Lunatea’s Veil parece “mais do primeiro jogo”, mas apresenta características que lembram de Donkey Kong Country a Sonic Adventure.
Além disso, tudo flui melhor como mapa e a jogabilidade em si, tornando Klonoa 2: Lunatea’s Veil o melhor entre os dois jogos. Aqui, você terá que utilizar inimigos em tela no outro lado da fase, então o desafio é muito maior que no jogo original, vale nota.
Por mais que devemos sempre começar pelo primeiro jogo, já aviso que a cereja desta coletânea está aqui neste jogo.
Vale a pena?
Gostando do personagem, sinceramente vale a pena em jogar novamente um jogo clássico, ao mesmo tempo apresentar para uma nova geração.
Só que Klonoa Phantasy Reverie Series não é pra todo mundo. Sendo jogos do Playstation 1 e do Playstation 2, ambos acabaram envelhecendo, se tornando distantes dos jogos atuais. É verdade que ambos são bem divertidos, porém você precisa estar aberto a jogar jogos que tem uma narrativa antiga.
Eu sei que eu estou me divertindo ao jogar esta coletânea, porém também sei que não sou tão jovem quanto um jogador mais novo que esteja tendo contato com o personagem pela primeira vez. Então coloco isso em mente antes de sugerir se vale ou não a pena.
Se você é fã de jogos de plataforma, Klonoa merece a sua atenção. São dois jogos tão bons quanto, jogos de Super Mario World, Donkey Kong Country e Crash Bandicoot. O jogo não está com extras recheados, porém valem horas de jogatina.
Por terem muitos desafios para platinar, Klonoa Phantasy Reverie Series tem um alto índice de replay, o que é uma diversão garantida. Recomendo com certas ressalvas, mas que merece a sua atenção entre os lançamentos do mês de julho.
Klonoa Phantasy Reverie Series
Desenvolvimento da remasterização: Monkey Craft
Distribuição: Bandai Namco Entertainment
Plataformas: Nintendo Switch, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X/S
Lançamento: 08 de Julho de 2022
Gênero: Plataforma
Nota: 8,5/10