Ovacionado no Cannes, “Monster” é o novo filme do diretor Hirokazu Kore-eda (Assunto de Família). Tendo trilha sonora do Ryuichi Sakamoto e se tornando vencedor do prêmio de Melhor Roteiro no Festival de Cannes 2023, o filme ganhou críticas que não agradou o diretor por limitar o tema abordado na obra.
Quando questionado se o filme tinha foco no relacionamento entre dois garotos, o diretor respondeu: “A idade que aquelas crianças estão não são onde a identidade sexual deles esteja definida… Eles não estão totalmente cientes disso nesta fase (da vida)”
Na sinopse oficial do filme, Monster é uma história de uma mãe sente que há algo errado quando seu filho começa a se comportar de maneira estranha. Ao descobrir que um professor é o responsável, ela vai até a escola exigindo saber o que está acontecendo. Enquanto o caso se desenrola pelos olhos da mãe, do professor e da criança, a verdade começa a surgir.
Trazendo três atos, a obra é narrada não-cronologicamente, contando o que aconteceu entre os dois garotos. Para produzir o filme, o Kore-eda consultou organizações que dão suporte a lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e crianças queen antes de analisar o roteiro escrito por Yuki Sakamoto.
Para contar a história de ‘Monster’, Kore-eda comenta: “Eu pensei mais (sobre) se eu conseguisse mostrar os sentimentos e a dor do seu grande amigo, a única pessoa que te entende, me afastando e criando essa distância.”
Trazendo uma história densa e aplaudida por seis minutos no Festival do Cannes, o roteirista Yuki Sakamoto mal pode acreditar em tudo que estava acontecendo, comentando: “Foi incrível, era como se eu sentisse um terremoto”.
Passando por temas como bullying, aceitação e mistério a ser desvendado, “Monster” é um filme que tem tudo para emocionar. A produção foi licenciada no Brasil pela Imovision e será lançada nos cinemas em breve, prometendo repetir o mesmo sucesso de seus filmes anteriores por aqui.
Com informações do texto original da Reuters com reportagem da Alicia Powell; escrito por Miranda Murray; editado originalmente por Jonathan Oatis)