Crítica | ‘Nikoderiko: The Magical World’ exalta nostalgia e entrega um ótimo jogo de plataforma

Quando se pensa em jogos de plataforma do passado, podemos lembrar de títulos como Super Mario Bros., Donkey Kong Country, Rayman e Crash Bandicoot. Esses jogos, especialmente dos anos 80 e 90, definiram o gênero e, agora, Nikoderiko: The Magical World traz essa essência de volta.

Com lançamento nesta semana, tivemos a oportunidade de jogar Nikoderiko: The Magical World e perceber que tudo o que funcionou e definiu os jogos de plataforma está de volta no novo título da VEA Games com distribuição da Knights Peak. Produzido para Nintendo Switch, PlayStation 5 e Xbox Series S|X, o jogo, extremamente colorido, tem um visual que lembra os jogos clássicos da Nintendo, sendo a grande surpresa de 2024.

Mas o jogo é só nostalgia?

Foto Giuliano Peccilli – Divulgação

A primeira impressão pode sugerir apenas nostalgia, mas Nikoderiko vai além do visual colorido, atualizando o gênero com uma narrativa moderna, troféus e uma série de itens nas fases que farão o jogador voltar diversas vezes.

Com sete mundos no jogo, Nikoderiko traz uma diversidade incrível nas fases, incluindo desafios em trilhos, fases subaquáticas, em sombras, entre outros cenários que tornam o jogo muito rico.

E a trilha sonora?

Criada pela lenda David Wise, conhecido por seu trabalho em Donkey Kong Country e Battletoads, a música de Nikoderiko é perfeitamente adequada ao jogo. Wise entrega uma trilha sonora que mistura nostalgia com inovação, acrescentando camadas extras de imersão às fases e deixando sua marca registrada.

A história do jogo

Modo história entre as fases – Giuliano Peccilli – Divulgação

Niko e Luna, os protagonistas, estão em busca de relíquias e, após uma impressionante animação, encontram uma relíquia antiga em uma ilha mágica. No entanto, o vilão Grimbald, da Cobring Gem Company, rouba o tesouro deles. Agora, para recuperar a relíquia, Niko e Luna precisam salvar a ilha e suas tribos, explorando sete mundos com a ajuda de seus amigos animais para derrotar o exército de Grimbald.

Tanto Niko quanto Luna são mangustos, animais que vivem na Ásia, sul da Europa e África, e, apesar de não existirem no Brasil, ambos conquistam pela carisma, agradando tanto crianças quanto adultos.

Jogabilidade

A Knights Peak merece aplausos pela responsividade dos controles no jogo. Jogamos a versão de PlayStation 5, e o controle se encaixa perfeitamente, com uma variedade de movimentos simples, mas o suficiente para garantir uma jogabilidade de alta qualidade.

Além do Nintendo Switch e Xbox Series S|X, a versão de PlayStation 5 utiliza todos os efeitos especiais do controle, proporcionando maior imersão e uma profundidade extra ao longo das fases.

Lembra quando mencionamos Donkey Kong Country? O jogo também traz um modo cooperativo local, em que você pode controlar tanto Niko quanto Luna, num estilo de jogo que lembra os clássicos da Rare.

Além disso, o efeito de profundidade 3D das fases remete aos primeiros jogos de Crash Bandicoot, criando uma ótima combinação de ideias ao longo das fases.

O uso de mecânicas como a coleta de letras e a ajuda dos amigos animais nas fases traz uma sensação nostálgica, deixando o jogador à vontade.

Opinião

Giuliano Peccilli – Divulgação

Este é definitivamente um jogo para toda a família, seja para quem cresceu com os jogos de plataforma nos anos 90 ou para aqueles que querem compartilhar essa experiência com seus filhos e sobrinhos.

O jogo está totalmente traduzido para o português, o que o torna ainda mais acessível para crianças e adolescentes, sendo uma excelente opção tanto em jogabilidade quanto em localização para o público brasileiro.

Com fases visualmente impressionantes, destaco especialmente uma fase subaquática em sombras, de uma beleza surreal. Mesmo sendo extremamente colorido, o cuidado da equipe em oferecer uma diversidade de fases é notável.

Outro ponto que remete aos jogos clássicos é a dificuldade, que não é tão fácil assim. Algumas fases apresentam um nível de aprendizado bastante alto, o que pode desanimar alguns jogadores, mas a satisfação de superar esses desafios é imensa. Claro, você vai morrer bastante, como em Mega Man, mas isso faz parte da experiência.

Quanto aos chefes, nem sempre é óbvio como derrotá-los, mas não há nada impossível. Você precisa identificar o ponto fraco e atacá-los, seja esperando o momento certo ou um item específico aparecer na tela.

Em resumo, Nikoderiko: The Magical World é um jogo que merece ser descoberto pelo grande público e é uma das grandes surpresas deste final de 2024. Revivendo o gênero de plataforma com um toque especial, o jogo traz muito conteúdo extra e carinho em cada detalhe.

Oferecendo jogabilidade solo ou cooperativa, com controles responsivos, fica claro que o jogo foi feito com muito cuidado. Ele combina o melhor do passado com uma roupagem nova, apresentando personagens carismáticos, uma jogabilidade divertida, um alto fator de replay, uma trilha sonora incrível e uma atmosfera que nos faz desejar uma continuação em breve.

Configurações – Giuliano Peccilli

Nota: 4.5 (de 5)

Nikoderiko: The Magical World

Data de lançamento inicial: 15 de outubro de 2024

Plataformas: Nintendo Switch, PlayStation 5, PlayStation 4, Xbox One, Microsoft Windows, Xbox Series X e Series S

Desenvolvedor: VEA Games

Gêneros: Jogo eletrônico de plataforma, Adventure

Estúdios: Knights Peak, Knights Peak Interactive, MY.GAMES

Agradecimentos a Knights Peak por ter enviado a cópia do jogo para equipe do JWave para produção deste review

Relacionados

Giuliano Peccilli
Giuliano Peccillihttp://www.jwave.com.br
Editor do JWave, Podcaster e Gamer nas horas vagas. Também trabalhou na Anime Do, Anime Pró, Neo Tokyo e Nintendo World.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Quando se pensa em jogos de plataforma do passado, podemos lembrar de títulos como Super Mario Bros., Donkey Kong Country, Rayman e Crash Bandicoot. Esses jogos, especialmente dos anos 80 e 90, definiram o gênero e, agora, Nikoderiko: The Magical World traz essa essência...Crítica | 'Nikoderiko: The Magical World' exalta nostalgia e entrega um ótimo jogo de plataforma