“Feliz Ano Velho” (Happy Old Year) é uma narrativa tailandesa que mistura drama, romance e reflexões existenciais. O filme, dirigido e roteirizado por Nawapol Thamrongrattanarit, apresenta um dilema emocional que pode ressoar com qualquer um que já revisitou as memórias do passado.
A trama segue Jean (Aokbab Chutimon Chuengcharoensukying), que retorna à Tailândia depois de estudar na Europa. Ao decidir organizar e reformar a casa da família, ela se depara com objetos antigos que carregam histórias e sentimentos. Entre eles, encontra uma câmera e rolos de filme que pertenciam ao seu ex-namorado Aim (Sunny Suwanmethanont). Esses itens desencadeiam uma avalanche de memórias que a levam a questionar o que vale a pena guardar ou deixar para trás.
Uma escolha que traz desafios emocionais
Em dúvida sobre o que fazer com os pertences, Jean resolve contatar Aim. Esse reencontro é mais do que uma simples devolução de objetos; é uma oportunidade para ambos enfrentarem os sentimentos que evitaram por anos. Enquanto os dois revisitam o que viveram juntos, o filme explora o peso emocional das lembranças e como lidar com elas pode ser tão complicado quanto enfrentar um chefe em um jogo cheio de reviravoltas.
Simbolismo em cada detalhe
Os objetos, especialmente a câmera de Aim, funcionam como gatilhos emocionais que conectam os personagens às suas histórias. O filme não se limita ao romance, mas também aborda como as escolhas de Jean refletem a busca por identidade e mudança. É como estar em uma missão onde o objetivo final não é apenas vencer, mas aprender com o caminho percorrido.
Uma direção que toca o coração
Com 1 hora e 55 minutos de duração, “Feliz Ano Velho” guia o espectador por um roteiro sensível e bem estruturado, onde cada cena se conecta como as peças de um quebra-cabeça. O título original, ฮาวทูทิ้ง..ทิ้งอย่างไรไม่ให้เหลือเธอ (How to Ting), pode ser traduzido como “Como deixar ir”, destacando o tema principal do filme: lidar com o que ficou para trás e abrir espaço para o novo.
Por que assistir?
“Feliz Ano Velho” traz atuações autênticas, aliadas a uma direção que equilibra leveza e emoção, tornam o filme uma jornada imperdível. Ele lembra que, às vezes, avançar significa encarar o que ficou para trás com coragem e aceitar que nem tudo pode ser salvo.