sexta-feira, dezembro 20, 2024
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Babygirl | Com estreia em janeiro, produção desafia os limites do erótico e reinveste na perspectiva feminina

O suspense erótico “Babygirl”, estrelado por Nicole Kidman e Harris Dickinson, chega aos cinemas brasileiros em 9 de janeiro de 2025, trazendo uma abordagem inovadora ao gênero. Diferente de outros títulos clássicos do erotismo como 9 ½ Semanas de Amor e Instinto Selvagem, o filme coloca a mulher no centro da narrativa e subverte os papéis tradicionais, oferecendo uma visão provocadora e poderosa sobre desejo e poder.

A Perspectiva Feminina no Erotismo

Dirigido pela cineasta holandesa Halina Reijn, Babygirl não apenas revisita o universo do erotismo, mas também propõe uma reflexão sobre as contradições da sexualidade feminina. Ao invés de reproduzir os padrões típicos dos filmes de erotismo, que costumam ser dominados pela visão masculina, o longa coloca as mulheres como protagonistas da trama e da direção.

A história segue Romy (Nicole Kidman), uma CEO bem-sucedida que se vê desafiada ao enfrentar seus desejos mais profundos ao desenvolver um envolvimento com seu estagiário, interpretado por Harris Dickinson. Esse romance ardente, no entanto, vai além do jogo de poder tradicional; ele se torna uma jornada de autoaceitação e questionamento.

A Jornada de Romy e a Contradição do Desejo

No coração de Babygirl está a busca de Romy por autoconhecimento. Como uma mulher poderosa e controlada, ela precisa lidar com a ideia de explorar seus desejos mais obscuros. A diretora Halina Reijn afirma que sua intenção era questionar se as pessoas, especialmente as mulheres, conseguem abraçar todos os aspectos de sua sexualidade sem vergonha ou culpa.

“Ao assistir aos filmes anteriores, percebi que os pensamentos e desejos que eu tinha não eram tão loucos assim, mas claro, a maioria desses filmes foi criada por homens. Eu queria fazer algo sexual, como todos aqueles que sempre admirei, mas sob a ótica feminina”, explicou Reijn.

Nicole Kidman e o Novo Olhar sobre o Erotismo

A mudança na perspectiva também trouxe impactos nos bastidores. Nicole Kidman, que já participou de diversos filmes com forte carga sexual, compartilha que trabalhar com uma mulher na direção foi uma experiência única. “Quando você está trabalhando com uma mulher sobre esse tipo de assunto, você pode compartilhar tudo de uma forma muito mais aberta”, afirmou a atriz. “De uma maneira estranha, Halina e eu nos tornamos uma só, algo que eu nunca tinha vivido com nenhum outro diretor.”

O Sucesso no Festival de Veneza

Babygirl fez sua estreia mundial no Festival de Veneza, onde Kidman recebeu o prêmio de Melhor Atriz, reconhecendo o impacto da sua performance no longa. O filme, com sua abordagem única e audaciosa sobre o erotismo, promete gerar discussões profundas sobre a sexualidade feminina e o poder nas relações.

A Diamond Films traz essa obra inovadora aos cinemas brasileiros no início de 2025, desafiando as convenções do gênero e oferecendo uma perspectiva fresca e intensa sobre o desejo.

Giuliano Peccilli
Giuliano Peccillihttp://www.jwave.com.br
Editor do JWave, Podcaster e Gamer nas horas vagas. Também trabalhou na Anime Do, Anime Pró, Neo Tokyo e Nintendo World.

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