A Fundação Cultural de Foz do Iguaçu recebe no dia 14 de janeiro, às 20h, a pré-estreia aberta ao público do filme Documentário em Abismo. Dirigido e roteirizado por Camila Cohen, a produção apresenta uma narrativa intrigante que mistura realidade e ficção para explorar questões existenciais e profissionais em um cenário pós-pandêmico. Com protagonismo de Josi Larger, a docuficção utiliza a técnica de “narrativa em abismo”, que leva o espectador a questionar o que é real e o que está apenas dentro da mente dos personagens.
A Arte do Vazio e a Técnica de “Narrativa em Abismo”
Documentário em Abismo não é apenas uma história comum. Ele se vale de uma técnica artística conhecida como “narrativa em abismo” para criar camadas de significados dentro de significados. Esse estilo, que envolve uma história dentro de outra história, é uma homenagem ao existencialismo humano, onde cada nível da narrativa reflete uma busca por sentido em um mundo caótico e muitas vezes surreal.
A diretora Camila Cohen explica que a ideia do filme surgiu após uma pesquisa sobre o conceito de “narrativa em abismo”. Esse tipo de estrutura narrativa pode ser vista em obras como Sinédoque, Nova York e Adaptação, que também jogam com o conceito de metacinema e os limites da realidade. Para Camila, essa técnica permite um mergulho mais profundo na condição humana, desafiando o espectador a se perguntar: “Estamos realmente vivendo nossas próprias vidas ou somos marionetes de uma história maior?”
O Contexto da Pandemia e os Bastidores do Audiovisual
A trama segue a atriz Josi Larger, que interpreta uma versão de si mesma, lidando com questões existenciais e profissionais em meio ao caos da pandemia de Covid-19. O filme também traz os bastidores de um documentário fictício, intitulado Desconstruindo Maria, que foi produzido através da Lei Aldir Blanc. Nesse cenário, o vazio existencial que se instala na vida dos personagens é refletido pela neurose e pela sensação de distopia causada pela pandemia, um tema que ressoou com muitos durante o período de isolamento.
“Durante a pandemia, muitos sentiram como se estivessem vivendo algo tão surreal que beirava o onírico, uma distopia. O filme explora exatamente essa sensação”, comenta Camila.
A Produção e a Técnica por Trás da Tela
O projeto é realizado pela Multiplot Filmes, com apoio de outras produções como Boneca de Pano Produções e Bigode Branco Produções. A ficha técnica conta com nomes como Fred Borba (direção de fotografia), Gabrielle Leal (figurino) e Graciane Vazquez (maquiagem e cabelo). A produção foi viabilizada com recursos da Lei Paulo Gustavo, do Ministério da Cultura, e é uma oportunidade única para os fãs de cinema e cultura audiovisual se aprofundarem nas técnicas de narrativa que desafiam os limites do filme convencional.
Documentário em Abismo será exibido gratuitamente na Fundação Cultural de Foz do Iguaçu, no Centro, no dia 14 de janeiro, às 20h. A entrada é franca, e os interessados podem acompanhar as novidades do filme nas redes sociais da Multiplot Filmes e da Fundação Cultural de Foz do Iguaçu.
Pré-Estreia do filme “Documentário em Abismo”
Local: Fundação Cultural de Foz do Iguaçu – R. Benjamin Constant, 62 – Centro, Foz do Iguaçu – PR
Quando: dia 14 de janeiro, terça-feira, às 20h
Entrada franca
Redes sociais:
Multiplot Filmes – https://www.instagram.com/multiplotfilmes/
Fundação Cultural de Foz do Iguaçu – https://www.instagram.com/culturalfoz/