A segunda parte do remake de Final Fantasy VII é um dos mais belos e bem otimizados lançamentos dos últimos tempos.
Quando o remake de Final Fantasy VII foi anunciado em 2015, muitos ficaram na dúvida se a Square Enix realmente conseguiria realizar esse feito, já que além de um dos mais queridos clássicos da franquia, trata-se de um jogo de grande escala. Cinco anos depois, a resposta chegou, agradando a muitos e deixando os mais puristas não muito felizes, já que Final Fantasy VII Remake trouxe grandes mudanças em sua jogabilidade, deixando de lado o tradicional sistema de luta em turnos por algo mais focado na ação.
No entanto, a dúvida principal foi sanada com sobra, já que o pedaço do jogo original adaptado nessa primeira parte, todo o arco que se passa na metrópole de Midgard, não só foi muito bem apresentado, com novas missões, personagens, e uma ambientação maravilhosa. Para quem o jogou e alcançou os créditos, ficou aquela vontade de ver e jogar mais, não é mesmo?
O início de uma nova era
No final daquela história, o mercenário Cloud e seus novos amigos, os membros da facção “terrorista” Avalanche, conseguiram fugir depois de uma violenta perseguição por parte das forças da Shinra, a megacorporação que controla o mundo, isso tudo depois da luta contra Sephiroth, o super ser que quer destruir a tudo e todos. Agora no mundo de fora e em busca do paradeiro do vilão, a turma tem muitos lugares para visitar e pessoas a ajudar.
Em termos gerais, a segunda parte da trilogia de remakes de Final Fantasy VII traz mais do que já tinha dado certo na primeira, melhorando o que era bom e nos colocando em um mundo semi-aberto repleto de atividades e razões para se explorar todos os seus cantos. A começar pelo combate, que desta oferece ainda mais interatividade entre Cloud e seus colegas, por meio de ataques de sinergia que podem ser destravados ao gastar pontos em seus fólios, as conhecidas tabelas de habilidades.
Esses poderes são úteis em diversas maneiras, podendo virar lutas mais difíceis ao seu favor, fora que são sempre lindos de se ver. Red XIII, personagem secundário em Remake também faz sua estreia como membro jogável do grupo, oferecendo muita velocidade e força, o que dá ainda mais versatilidade para a gente, além, também, da divertidíssima ninja Yuffie, antes só controlável em Intergrade, a DLC do primeiro jogo, que logo na história do jogo também se junta à Avalanche.
Para explorar esse mundão, você contará com a ajuda dos fofinhos chocobos, símbolos da série, que neste jogo precisam ser achados e conquistados. Os bichinhos são rápidos e dependendo do mapa em que você estiver, terão habilidades diferentes, como é o caso de Junon, a segunda área, onde eles são capazes de escalar paredes verticais, levando você a pontos inacessíveis a pé. Sem falar na música-tema do personagem, que varia a cada local que estiver montado nele.
Há muito o que fazer, se você quiser
Os jogadores mais afobados podem ficar tranquilos: é totalmente possível focar só nas missões principais enquanto estiver jogando Final Fantasy VII Rebirth. A grande maioria das quests secundárias são opcionais, bem como os pedidos do garoto andróide Chadley, que está de volta neste jogo. No caso dessas últimas, algumas delas são úteis porque habilitam as lutas contra as poderosas entidades que, ao serem derrotadas, podem ser chamadas durante as batalhas. As outras expandem o pano de fundo do jogo, contando detalhes inéditos da história do mundo de Final Fantasy VII. Mas se você não quiser fazer isso e nada do resto do que é oferecido, tudo bem.
Dito isso, há de se dizer que não há muita movimentação da história principal neste capítulo. Há, sim, muito o que se fazer e tratar entre os muitos personagens e localidades, mas tratando-se de Sephiroth, principalmente, tirando os momentos iniciais da aventura, em que Cloud relembra os eventos que levaram o antigo herói ao caminho da loucura, um dos destaques do jogo, não tem tantos momentos envolvendo o cara no decorrer da trama.
A construção do mundo, pelo contrário, é detalhada e envolvente, incluindo o desenvolvimento das relações entre o enigmático protagonista, que neste jogo deixa um pouco de lado sua pose estóica, e aqueles ao seu redor. Rebirth se beneficia e muito desses momentos, mas quem estiver esperando por muito mais da trama deixada em aberto ao final da parte anterior, terá que ter paciência até o terceiro e último jogo da série.
Este não seria um review decente de Final Fantasy Rebirth se não houvesse uma menção ao excelente jogo de cartas da vez, o Queen’s Blood. Santíssima, que minigame viciante. Você coleta novas unidades ao derrotar adversários espalhados por Gaia e aumenta literalmente seu leque de opções conforme avança pelos ranques, e também pode comprar outras nas lojas das cidades. Comparado a Tetra Master (Final Fantasy IX) e Triple Triad (de Final Fantasy VIII e XIV), Queen’s Blood não fica nem um pouco atrás, divertido à beça e de uma profundidade deliciosamente envolvente!
Como ficou a versão PC?
Final Fantasy VII Rebirth chegou ao PlayStation 5 no final de fevereiro do ano passado, com a Square Enix prometendo o port para computador alguns meses depois. Eis que o momento do lançamento chegou e podemos afirmar com segurança que esta é a melhor versão do jogo! Totalmente otimizada para uma variedade absurda de configurações, Rebirth roda de maneira incrível até em computadores mais velhos, como o utilizado para este review, que fora uma placa de vídeo trocada há pouco tempo, carregando peças de mais de dez anos.
Por se tratar de um jogo com ambientes enormes repletos de detalhes e ação desenfreada, o novo Final Fantasy desafiou até o poderoso hardware do PlayStation 5 quando saiu pela primeira vez, e mesmo agora, com a nova versão do console da Sony, o Pro, continua sendo um dos mais exigentes em termos técnicos, então é uma agradável surpresa vê-lo tão bem adaptado ao ambiente dos PCs. Nas várias horas de teste, não houve nenhum crash, e tirando algumas quedas de frames que foram corrigidas ao ativar o modo DLSS da NVIDIA, pudemos aproveitar Final Fantasy VII Rebirth ainda mais desta vez, com todas as vantagens de se jogar numa plataforma em constante melhoria de componentes.
Jogue onde puder, mas jogue
Apesar de não contar com uma movimentação tão grande em termos de trama, Final Fantasy Rebirth não deixa de ser um jogo de alta qualidade, uma experiência repleta de momentos incríveis e muito, mas muito conteúdo a ser curtido tanto para adoradores da versão original dos anos 1990 quanto por aqueles que vieram a conhecer Final Fantasy VII com os remakes. Os mais saudosos, inclusive, irão amar principalmente os novos arranjos da trilha sonora original, que continua maravilhosa quase 30 anos depois.
A versão de computador demorou um pouco para chegar, mas a espera valeu muito a pena. É uma das melhores conversões já vistas e um exemplo de como tratar essa transição entre plataformas tão diferenciadas. A saga está para ser concluída e, com sorte, a terceira parte não só será um tremendo jogo por si só, mas também receberá uma versão de PC tão boa ou ainda melhor que esta daqui!
Requisitos para rodar o jogo no seu computador
Mínimos:
- Requer um processador e sistema operacional de 64 bits
- SO: Windows 10 64-bit
- Processador: AMD Ryzen 5 1400 / Intel® Core i3-8100
- Memória: 16GB de RAM
- Placa de vídeo: AMD Radeon RX 6600 (RX 6600 ou melhor) / Intel Arc A580 / NVIDIA GeForce RTX 2060 (série RTX é necessária)
- DirectX: Versão 12
- Armazenamento: 155GB de espaço disponível
- Outras observações: 1080P / 30FPS (Setagem de Qualidade Gráfica em “Low”/”Baixo”), Obrigatório usar SSD. Placas de vídeo com suporte a Shader Model 6.6 e um sistema operacional com DirectX 12 Ultimate. 12GB VRAM ou mais é recomendado para se jogar em 4K.
Recomendados:
- Requer um processador e sistema operacional de 64 bits
- SO: Windows 11 64-bit
- Processador: AMD Ryzen 5 5600 or Ryzen 7 3700X / Intel Core i7-8700 or Core i5-10400
- Memória: 16GB de RAM
- Placa de vídeo: AMD Radeon™ RX 6700 XT / NVIDIA® GeForce RTX 2070
- DirectX: Versão 12
- Armazenamento: 155GB de espaço disponível
- Outras observações: 1080p / 60FPS (Setagem de Qualidade Gráfica em “Medium”/”Médio”), Obrigatório usar SSD. 12GB VRAM ou mais é recomendado para se jogar em 4K.
Configuração utilizada neste review
- SO: Windows 10 Pro 64-bit
- Processador: Intel i7-6700k 4 Ghz
- Memória: 24GB RAM
- Placa de vídeo: GeForce RTX 3060 Phoenix
Links Relacionados:
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NOTA: 4,5 de 5
Ficha técnica:
Nome completo: Final Fantasy VII Rebirth
Desenvolvedora: Square Enix e Creative Business Unit I
Publicadoras: Square Enix
Gênero: RPG
Plataforma: PlayStation 5 e PC
Lançamento: 23 de janeiro de 2025
Agradecemos a assessoria da Square Enix no Brasil por ter nos enviado uma cópia antecipada da versão de PC do jogo para a produção desta matéria.