A Editora JBC lançou o novo volume da saga Parasyte agora em cores no final de 2024, trazendo um enorme avanço na história de Shinichi Izumi e sua “mão”, Miggy. Com novos desafios e sem medo de ousar, o autor Hitoshi Iwaaki vai definindo alguns conceitos do parasita no corpo do protagonista.
Seguindo o mesmo formato da primeira edição, o mangá é uma das ótimas opções de leitura para quem gosta de mangá clássico em um formato mais premium.
Mas vamos falar da história?
![Parasyte](https://www.jwave.com.br/wp-content/uploads/2025/02/photo_4983544759817711377_y-900x416.jpg)
Depois de seus pais viajarem no final do volume anterior, Shinichi Izumi acredita que eles estão mais seguros fora do que ficando ali. Com os parasitas sentindo a presença de Miggy em sua mão direita, ele precisa ficar à espreita sobre possíveis novos ataques. Além disso, os parasitas perceberam que chamavam muita atenção dos humanos ao destruírem corpos, o que fez com que passassem a atacar suas vítimas de forma mais discreta.
Só que os pais de Shinichi não são os atacados. Um parasita acaba matando e possuindo o corpo de sua mãe, fazendo com que ela reapareça em casa atrás do “marido” e ataque o próprio “filho”, deixando-o inconsciente na sala.
Miggy precisa agir rápido e se separa do corpo de Shinichi em uma cirurgia para salvá-lo. Isso o deixa inconsciente por três dias. Ao acordar, Izumi descobre que agora Miggy não está apenas na mão, mas em todo o seu corpo, o que faz com que a consciência de ambos troque ainda mais informações, concedendo novas habilidades para os dois.
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Indo atrás do pai, que foi parar em um hospital na cidade de Izu, Shinichi agora precisa explicar que a mãe se foi, ao mesmo tempo em que esconde que também tem um parasita em seu corpo.
O destaque aqui está na investigação na praia, onde Shinichi acaba conhecendo Mamoru Uda, que tem um parasita na boca. Diferente de Miggy, esse parasita aprendeu o idioma pela televisão, o que faz com que se expresse de um jeito meio “mano”, tornando hilária a interação entre os dois parasitas.
Curioso notar que Hitoshi Iwaaki gosta de manter Shinichi sempre cercado por personagens femininos. Além da melhor amiga na escola, aqui ele também faz amizade na praia, além da telepata da escola vizinha, que fica intrigada com o poder que sente vindo de Miggy em seu corpo. Se são possíveis interesses românticos, só o tempo dirá.
O volume se encerra com a luta final entre Shinichi e o parasita que está no corpo de sua mãe. Ao encontrá-lo, Shinichi terá que enfrentar não só as habilidades desse parasita, mas também a semelhança e a voz de sua mãe, em um combate intenso e visceral.
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Edição brasileira
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A história segue com a tradução de Drik Sada, trazendo um texto muito natural para o português. O parasita “mano” foi um dos pontos altos da edição, mostrando ainda mais a versatilidade de adaptar a história para o nosso idioma.
O segundo volume não teve reajuste de preço, então segue custando R$ 76,90, um valor que não é barato, mas se justifica pelo formato publicado.
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Impresso em papel offset e com um total de oito volumes, Parasyte é uma ótima atualização para sua coleção ou uma porta de entrada, caso tenha conhecido a história pelo animê ou kdrama na Netflix. Produzido entre 1988 e 1995, seus personagens carregam o visual da época, trazendo topetes ao estilo de Kuwabara, de Yu Yu Hakusho, e permanentes nos cabelos das personagens femininas. Datado, mas, ao mesmo tempo, interessante de se ler nos dias atuais.
Opinião
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O autor Hitoshi Iwaaki não tem medo de mexer na história e, ao transformar a mãe de Shinichi em um parasita, leva a trama para caminhos inesperados. Além disso, com os ferimentos de Shinichi e Miggy ocupando cada vez mais seu corpo, nos faz pensar quais serão as consequências disso na história.
Sobre a edição brasileira, ela segue exatamente o mesmo formato da anterior, o que agrada bastante, consolidando-se como uma edição definitiva da obra. O destaque fica para a orelha com coração do Shinichi ficando muito bonito nesta edição.
Talvez o grande diferencial aqui esteja nas cenas de ação, que foram bem mais frequentes neste volume em comparação ao anterior. Ainda assim, parece que Iwaaki prefere contar sua história a prolongar lutas, algo evidente pelo ritmo rápido com que elas se desenrolam.
Parasyte #02 segue sendo um dos melhores mangás da Editora JBC atualmente.
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Nota: 5 (de 5)
Parasyte – Edição Especial Colorida #02
Volume: 02
Número de páginas: 280
Autoria: Hitoshi Iwaaki
Classificação etária: 16 anos
Edição impressa
Formato: 15,0 x 21,0 cm
Preço: R$ 76,90
ISBN: 9786555947076
Agradecimentos a Editora JBC que enviou o mangá para produção deste conteúdo