Em Máquina do Tempo, o público é transportado para a Inglaterra de 1941, onde duas irmãs, Thomasina e Martha, autodidatas no campo da ciência, criam uma máquina capaz de interceptar transmissões de rádio e TV do futuro. O que começa como uma simples descoberta, logo se transforma em uma poderosa ferramenta estratégica durante a Segunda Guerra Mundial, alterando o curso do conflito e salvando inúmeras vidas. No entanto, apesar da relevância da invenção, as irmãs nunca recebem o reconhecimento adequado, levantando uma discussão crucial sobre o apagamento histórico das mulheres na ciência e suas contribuições ignoradas ou subestimadas.
A História de Inovação e Invisibilidade
O filme mistura ficção científica e drama histórico, oferecendo mais do que uma narrativa sobre uma invenção futurista. Ele se propõe a questionar quantas histórias de mulheres inovadoras podem ter sido deixadas de lado ao longo da história, seja por desinteresse ou por simples negligência. O enredo de Máquina do Tempo reflete não apenas a trajetória fictícia de Thomasina e Martha, mas também ecoa a realidade de muitas mulheres cujos feitos foram marginalizados ou até mesmo apropriados por seus colegas homens, como ocorre ao longo dos séculos.
Uma Homenagem ao Passado
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O filme, dirigido por Andrew Legge, foi filmado com equipamentos originais da década de 1930, com o uso do preto e branco e uma estética de found-footage, dando ao longa um tom documental. Esse formato faz com que o filme se sinta como um registro perdido, uma memória recuperada de um período de inovações e descobertas invisíveis. A escolha estilística não só valoriza a temática central de Máquina do Tempo, mas também realça a crítica sobre como o passado, em muitos casos, apaga as contribuições femininas para a ciência e a história.
Com atuações marcantes de Stefanie Martini e Emma Appleton, o filme nos convida a refletir sobre a trajetória das protagonistas, que, apesar de desempenharem um papel vital na guerra, são relegadas ao esquecimento. O elenco traz à tona a luta silenciosa e invisível de mulheres que se destacaram em um campo historicamente dominado por homens, desafiando as convenções sociais da época e, ao mesmo tempo, sendo excluídas do reconhecimento oficial.
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Máquina do Tempo
Data de estreia no Brasil: 13 de março de 2025
Título Original: Lola
País de Origem: Irlanda, Reino Unido
Gênero: Ficção Científica, Guerra
Duração: 79 minutos
Direção: Andrew Legge
Roteiro: Andrew Legge, Angeli Macfarlane
Distribuição no Brasil: Pandora Filmes
Máquina do Tempo é um convite a revisitar o papel das mulheres na história da ciência e da inovação. Ao destacar figuras históricas que, como as irmãs Thomasina e Martha, foram ignoradas ou esquecidas, o filme faz uma poderosa crítica ao apagamento das mulheres, ao mesmo tempo em que oferece uma visão fascinante e única da Segunda Guerra Mundial, influenciada por uma tecnologia aparentemente impossível. A escolha de capturar essa história com a estética de um documentário perdido apenas reforça a reflexão sobre a importância de revisitar o passado, para que o futuro não cometa os mesmos erros.
Com sua estreia marcada para 13 de março, Máquina do Tempo é uma obra que promete não apenas entreter, mas também provocar uma análise profunda sobre o reconhecimento das mulheres na ciência, em um mundo onde muitas vezes as suas contribuições permanecem invisíveis.