O estado de São Paulo vai virar palco a céu aberto com a chegada do Circuito Sesc de Artes 2025! De 3 de maio a 8 de junho, a iniciativa do Sesc São Paulo leva arte e cultura para 132 cidades, incluindo capitais e interior, com programação 100% gratuita aos fins de semana. E não estamos falando só de shows: tem teatro, dança, cinema, oficinas e até experiências em realidade virtual!
Essa é a 17ª edição do evento, que valoriza a cultura em espaços públicos e promove o acesso democrático à arte. Ao todo, serão 840 atividades espalhadas por praças e ruas em seis finais de semana consecutivos, com foco em nove linguagens artísticas: artes visuais e tecnologias, cinema, circo, dança, literatura, música, teatro, turismo social e valorização de saberes.
Cultura para todos e de todos os cantos
Um dos grandes destaques deste ano é a valorização de artistas das próprias regiões. Dos 76 grupos participantes, 42 vêm da Grande São Paulo, litoral e interior. Além disso, 144 apresentações contarão com tradução em Libras, garantindo acessibilidade.
Segundo Luiz Deoclecio Massaro Galina, diretor regional do Sesc São Paulo, o projeto é sobre “ocupar os espaços públicos com múltiplas linguagens artísticas, promovendo encontros e fortalecendo a relação entre as pessoas e seus territórios”.
Da metrópole ao interior profundo
Grandes cidades como Mauá e São Bernardo do Campo recebem o evento, mas os holofotes também se voltam para pequenos municípios como Nipoã e Águas de São Pedro. Em seis cidades, o público poderá conferir a Mostra de Saberes, com artesãos locais, enquanto outras como Penápolis e Iguape oferecem passeios guiados por seus centros históricos.
Além das atrações, o público vai encontrar espaços de convivência do Sesc em cada cidade, com informações turísticas, programação do SescTV e acesso ao Sesc Digital.
Espetáculos circenses que ocupam e encantam
O circo vem com força total. Espetáculos como Atravessando Lugares exploram a relação com o espaço urbano, enquanto Festa na Roça mistura música e cultura caipira. Já Funil, do Circo da Silva, combina música ao vivo e acrobacias, e a Estúpida Compañía, da Argentina e Uruguai, promete arrancar risos e reflexões com o irreverente Indómito.
Teatro de rua, crítica social e histórias ancestrais
Peças como Um Canto para Carolina, inspirada na obra de Carolina Maria de Jesus, e Cordelina, com sua boneca gigante recitando cordéis, trazem poesia e força ao evento. Tem também crítica social em Os Tr3s Porcos, que repensa a clássica fábula com olhar urbano, e Nós, uma jornada de autoconhecimento encenada nas ruas.
Música com identidade e raízes profundas
De maracatu ao afrobeat, o palco é da diversidade. O grupo Zumbiido Afropercussivo e o Núcleo Maracá colocam a ancestralidade em cena, enquanto DJs como Gabriel Lujaro e Juliana Gil exploram sonoridades afro-brasileiras. A Rádio Oz leva o clima nostálgico dos programas de rádio dos anos 80 e 90 para o público.
Literatura viva e interativa
Autores indígenas como Ana Kariri e Cristino Wapichana ganham destaque em Recriando Imaginários. O Quintal Baobá encanta com histórias afro-brasileiras, enquanto a Infusão Literária mistura literatura com aromas, criando uma experiência sensorial única.
Cinema, VR e dança nas ruas
O audiovisual chega com a oficina Jogo dos Planos e a Mostra de Realidade Virtual – Sonhos, conectada à Mostra Internacional de Cinema. Já a dança se espalha pelas ruas com espetáculos como Requebrando, da Cia. Diladim, Encantos Amazônicos, do Yandê Transpará, e Debandada, da Debonde Cia., bilíngue e com Libras.
Sustentabilidade e arte visual
Ainda sem programação completa, a linguagem de artes visuais e tecnologias promete trazer oficinas e ações que unem sustentabilidade, criatividade e consciência ambiental.
