De 16 de abril a 12 de maio de 2025, o Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro apresenta Cosmologias da Imagem: cinemas de realização indígena, a maior retrospectiva dedicada ao cinema indígena já realizada no país. Com entrada gratuita, a mostra reúne 33 filmes — entre longas, médias e curtas-metragens — produzidos entre 2011 e 2024 por cineastas de diferentes povos originários do Brasil.
O evento propõe mais do que uma exibição de filmes: trata-se de um mergulho nas formas plurais de narrar, registrar e expressar o mundo sob outras cosmologias. A curadoria é assinada por Júnia Torres, antropóloga e documentarista, e Olinda Tupinambá, artista visual e cineasta. A produção é da Filmes de Quintal, com apoio da Amarillo Produções e patrocínio do Banco do Brasil.
Muito além do documentário

Cosmologias da Imagem apresenta um recorte potente da produção audiovisual indígena brasileira, cuja diversidade escapa aos modelos tradicionais do cinema. Entre filmes-rituais, documentários, performances, videoarte e clipes musicais, os trabalhos exibidos rompem as fronteiras de gênero e reconfiguram as linguagens visuais e sonoras do cinema nacional.
Essas obras assumem a imagem como ferramenta de luta, expressão e resistência. Protagonizadas por cineastas de diferentes regiões, elas se voltam à ancestralidade, aos rituais, às festas e aos modos de vida específicos de cada povo, refletindo questões como território, identidade e espiritualidade. A curadoria destaca justamente essa diversidade de temas e formas, enfatizando a originalidade e a inventividade das narrativas produzidas por coletivos e autores indígenas.
Uma nova gramática cinematográfica
Segundo Júnia Torres, as obras presentes na mostra reconfiguram o documentário ao dar centralidade a práticas, gestos, corpos e ambientes que escapam da lógica ocidental do olhar. A floresta, os rituais, os animais e o próprio tempo das imagens abrem caminho para uma nova gramática audiovisual, mais sensível aos ritmos da vida indígena e à multiplicidade de seus mundos.
Nas palavras de Olinda Tupinambá, esse cinema é uma ferramenta de descolonização da imagem: “É extremamente importante que os povos façam seus próprios filmes. Mas é igualmente fundamental que eles circulem, que sejam vistos. Só assim conseguimos fortalecer o cinema nacional feito por cineastas indígenas.”
Sessões comentadas e mesas de debate
Além da exibição dos filmes, a programação oferece encontros e conversas com realizadores. A sessão de abertura, em 16 de abril, será dedicada ao longa Nūhū Yãg Mū Yõg Hãm: Essa Terra é Nossa!, de Sueli Maxakali e Isael Maxakali, comentado pela pesquisadora e curadora indígena Sandra Benites. O filme foi amplamente premiado no Brasil e no exterior, conquistando prêmios como o de Melhor Filme no Sheffield DocFest e Melhor Documentário no FIFER.
Outro destaque é a mesa-redonda “Retomada e transformação nos cinemas e nas artes indígenas”, com participação das curadoras e do cineasta Alberto Alvares (Guarani Nhandeva), seguida de sessão comentada do seu filme Yvy Pyte – Coração da Terra, realizado com José Cury.
Povos representados e a força da coletividade
A mostra contempla obras de cineastas de diversos povos indígenas: Maxakali/Tikmũ’ũn (MG), Kuikuro (MT/Xingu), Yanomami (AM e RO), Mbya-Guarani (RS e SP), Guarani Nhandeva (MS), Tupinambá (SP e BA), Karapotó (AL), Awa Guajá/Tentehara/Guajajara (MA), Huni Kuin (AC), Xakriabá (MG), Mebêngôkre-Kayapó (PA), Baniwa (AM), Krahô (TO), Xavante (MT), Tupi (SP), Fulni-ô (PE) e Kaiabi (MT). Essa multiplicidade dá corpo à proposta da mostra: apresentar um Brasil pluriétnico que se reflete na tela por meio de outras epistemologias visuais.
Eixos temáticos que organizam a narrativa
Os filmes foram agrupados em cinco eixos temáticos que dialogam com os territórios simbólicos e políticos do cinema indígena:
- Terra e Território: Brasil é Terra Indígena
- Direito à Diferença: Nosso Modo de Vida, Nossas Festas, Nossos Rituais
- Fluidez da Forma: Encenações e Performance nos Cinemas Indígenas
- Cinemas da Floresta, do Sonho e da Luta
- Para Adiar o Fim do Mundo
Cada eixo abre espaço para que as obras dialoguem entre si, compondo uma paisagem sensível e complexa dos cinemas indígenas no país.
Um novo cinema brasileiro
A mostra retoma a provocação de Ailton Krenak: o cinema indígena está demarcando as telas. Em um país com 305 etnias indígenas identificadas, essas produções não apenas ocupam um espaço simbólico, mas transformam profundamente as formas de narrar, ver e ouvir o Brasil.
Cosmologias da Imagem é mais do que um evento — é uma afirmação política e estética de que outras formas de cinema são possíveis, necessárias e já estão em pleno florescimento.
Disponível também em bb.com.br/cultura
Programação CCBB RJ
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Dia 16/04 (quarta):
– 18h- Sessão de abertura com apresentação da curadora Júnia Torres
Programa Maxakali: Nūhū Yãg Mū Yõg Hãm: Essa Terra é Nossa! (de Isael Maxakali, Sueli Maxakali, Carolina Canguçu, Roberto Romero, 70 min, livre)
Dia 17/04 (quinta):
– 16h – Programa Xakriabá e Tentehara/Guajajara
ATL – Acampamento Terra Livre (de Edgar Kanaykõ, 17 min, livre)
ZAWXIPERKWER KA’A – Guardiões da Floresta (de Jocy Guajajara, 50 min, livre)
– 18h – Programa Kuikuro
As Hiper Mulheres (de Takumã Kuikuro, Leonardo Sette, Carlos Fausto, 87 min, livre)
Dia 18/04 (sexta):
– 16h – Programa Guarani e Kaiowá
Ava Yvy Pyte Ygua – Povo do Coração da Terra (de Coletivo Guahu’i Guyra, 39 min, livre)
Ava Yvy Vera – Terra do Povo do Raio (de Genito Gomes, Valmir Gonçalves Cabreira, Johnaton Gomes, Joilson Brites, Johnn Nara Gomes, Sarah Brites, Dulcídio Gomes, Edna Ximenes, 52 min, livre)
– 18h – Programa Krahô
Ketwajê (de Mentuwajê Guardiões da Cultura – Krahô e Coletivo Beture – Mebêngôkre-Kayapó, 77 min, livre)
Dia 19/04 (sábado):
-14h – Programa Kuikuro
As Hiper Mulheres (de Takumã Kuikuro, Leonardo Sette, Carlos Fausto, 87 min, livre)
– 16h – Programa Kaiabi e Huni Kuin
Rami Rami Kirani (de Lira Mawapai HuniKui e Luciana Tira HuniKui, 33 min, livre)
Sigyjat – A Pesca de Timbó (de Coletivo Kaiabi, 52 min, livre)
– 18h – Programa Maxakali
Yãmiyhex, as mulheres espírito (de Sueli Maxakali e Isael Maxakali, 76 min, livre)
Dia 20/04 (domingo):
– 16h – Programa Yanomami
Yuri uxëatima thë – A Pesca com Timbó (de Aida Harika, Roseane Yariana e Edmar Tokorino Yanomami, 10 min, livre)
Thuë pihi kuuwi – Uma Mulher Pensando (de Aida Harika, Roseane Yariana e Edmar Tokorino Yanomami, 10 min, livre)
Mãri hi – A árvore dos sonhos / Yuri uxëatima thë (de Morzaniel Ɨramari Yanomami, 17 min, livre)
Karemona(deRomeu Iximawëteri Yanomami, 13 min, livre)
Hekura(deNúcleo de Audiovisual Xapono Yanomami, 25 min, livre)
– 18h – Programa Guarani Nhandeva
Yvy Pyte – Coração da Terra (Alberto Alvares e José Cury, 110’, 2023)
21/04 (segunda):
– 18h – Programa Baniwa, Tupi, Guarani Mbya, Tupinambá
Drill de Kaysara, o Filme (de Wescritor, 6 min, livre)
Tupinambá na Baixada Santista
(de Wescritor, 6 min, livre)
Os Sonhos Guiam (de Natália Tupi, 20 min, livre)
“Aguyjevete Avaxi’i” (Kerexu Martin, 21 min, livre)
“Bakish Rao: plantas en lucha” (de Denilson Baniwa e Comando Matico, 30 min, livre)
Dia 23/04 (quarta):
– 18h – Programa Mbya Guarani
Tava, A Casa de Pedra (de Pará Yxapy, Ariel Kuaray Ortega, Vincent Carelli, Ernesto de Carvalho, 78 min, livre)
Dia 24/04 (quinta):
– 16h – Programa Fulni-ô e Xavante
Wadja (de Narriman Kauane, 28 min, livre)
Abdzé Wede’õ – O Vírus Tem Cura? (de Divino Tserewahú, 53 min, livre)
– 18h – Programa Karapotó e Tupinambá
O verbo se fez carne (de Ziel Karapotó, 7 min, livre)
Kaapora, o chamado das matas (de Olinda Tupinambá, 20 min, 14 anos)
Ibirapema (de Olinda Tupinambá, 50 min, livre)
Dia 25/04 (sexta):
– às 16h – Programa Mbya Guarani
Bicicletas de Nhanderu (de Patrícia Yxapy e Ariel Ortega, 48 min, livre)
– 18h30 – Mesa Redonda: “Retomada e transformação nos cinemas e nas artes indígenas”, com as cineastas Patrícia Ferreira Pará Yxapy (RS), Olinda Tupinambá (BA) e Alberto Alvares (MS/RJ). Mediação de Júnia Torres (curadora).
Dia 26/04 (sábado):
– 16h – Programa Maxakali
Yãmiyhex, as mulheres espírito (de Sueli Maxakali e Isael Maxakali, 76 min, livre)
– 17h30 – Programa Mbya Guarani
A Transformação de Canuto (deAriel Kuaray Ortega e Ernesto de Carvalho, 130 min, 14 anos)
Dia 27/04 (domingo):
às 16h – Programa Kuikuro
As Hiper Mulheres (de Takumã Kuikuro, Leonardo Sette, Carlos Fausto, 87 min, livre)
– às 18h – Programa Kaiabi e Huni Kuin
Rami Rami Kirani (de Lira Mawapai HuniKui e Luciana Tira HuniKui, 33 min, livre)
Sigyjat – A Pesca de Timbó (de Coletivo Kaiabi, 52 min, livre)
Dia 28/04 (segunda):
– 18h – Programa Xakriabá e Tentehara/Guajajara
ATL – Acampamento Terra Livre (de Edgar Kanaykõ, 17 min, livre)
ZAWXIPERKWER KA’A – Guardiões da Floresta (de Jocy Guajajara, 50 min, livre)
Dia 30/04 (quarta):
– 18h – Programa Mebêngôkre-
Kayapó
Tuíre Kayapó – O gesto do facão (Coletivo Beture | Patkore Kayapó e Simone Giovine, 10’) Mebêngôkre pyka mã ruwyk â ujarej A Chegada dos Mêbengôkre na Terra (Kokokaroti Txucarramãe, Matsipaya Waura Txucarramãe, Simone Giovine, 10’) Menire djapej – o trabalho das mulheres (Kokokaroti Txukahamãe Metuktire, Nhakmô Kayapó, Nhakpryky Metuktire, Bepunu Kayapó, 9’) Menire djê (Bepunu Kayapó, 14’) Ngoko’ohn (Beptemexti Kayapó, 33’)
Dia 01/05 (quinta):
– 16h – Programa Kaiabi e Huni Kuin
Rami Rami Kirani (de Lira Mawapai HuniKui e Luciana Tira HuniKui, 33 min, livre)
Sigyjat – A Pesca de Timbó (de Coletivo Kaiabi, 52 min, livre)
– 18h – Programa Guarani e Kaiowa
Ava Yvy Pyte Ygua – Povo do Coração da Terra (deColetivo Guahu’i Guyra,39 min, livre)
Ava Yvy Vera – Terra do Povo do Raio (de Genito Gomes, Valmir Gonçalves Cabreira, Johnaton Gomes, Joilson Brites, Johnn Nara Gomes, Sarah Brites, Dulcídio Gomes, Edna Ximenes, 52 min, livre)
Dia 02/05 (sexta):
– 16h – Programa Maxakali
Yãmiyhex, as mulheres espírito (de Sueli Maxakali e Isael Maxakali, 76 min, livre)
Dia 03/05 (sábado):
– 16h – Programa Maxakali
Nūhū Yãg Mū Yõg Hãm: Essa Terra é Nossa! (Isael Maxakali, Sueli Maxakali, Carolina Canguçu, Roberto Romero, 70’)
– 18h – Programa Yanomami
Yuri uxëatima thë – A Pesca com Timbó (de Aida Harika, Roseane Yariana e Edmar Tokorino Yanomami, 10 min, livre)
Thuë pihi kuuwi – Uma Mulher Pensando (de Aida Harika, Roseane Yariana e Edmar Tokorino Yanomami, 10 min, livre)
Mãri hi – A árvore dos sonhos / Yuri uxëatima thë (de Morzaniel Ɨramari Yanomami, 17 min, livre)
Karemona(deRomeu Iximawëteri Yanomami, 13 min, livre)
Hekura(deNúcleo de Audiovisual Xapono Yanomami, 25 min, livre)
Dia 04/05 (domingo):
– 16h – Programa Mbya Guarani
Bicicletas de Nhanderu (Patrícia Yxapy e Ariel Ortega, 48′)
– 17h – Programa Guarani Nhandeva
Yvy Pyte – Coração da Terra (de Alberto Alvares e José Cury, 110 min, livre)
Dia 05/05 (segunda):
– 18h – Programa Krahô
Ketwajê (de Mentuwajê Guardiões da Cultura – Krahô e Coletivo Beture – Mebêngôkre-Kayapó, 77 min, livre)
Dia 07/05 (quarta):
– 18h- Programa Mbya Guarani
Tava, A Casa de Pedra (de Patricia Ferreira /Para Yxapy, Ariel Kuaray Ortega, Vincent Carelli, Ernesto de Carvalho, 78 min, livre)
Dia 08/05 (quinta):
– 16h – Programa Mebêngôkre-
Kayapó
Tuíre Kayapó – O gesto do facão (Coletivo Beture | Patkore Kayapó e Simone Giovine, 10’) Mebêngôkre pyka mã ruwyk â ujarej A Chegada dos Mêbengôkre na Terra (Kokokaroti Txucarramãe, Matsipaya Waura Txucarramãe, Simone Giovine, 10’) Menire djapej – o trabalho das mulheres (Kokokaroti Txukahamãe Metuktire, Nhakmô Kayapó, Nhakpryky Metuktire, Bepunu Kayapó, 9’) Menire djê (Bepunu Kayapó, 14’) Ngoko’ohn (Beptemexti Kayapó, 33’)
– 18h – Programa Fulni-ô e Xavante
Wadja (de Narriman Kauane, 28 min, livre)
Abdzé Wede’õ – O Vírus Tem Cura? (de Divino Tserewahú, 53 min, livre)
Dia 09/05 (sexta):
– 16h – Programa Maxakali
Nūhū Yãg Mū Yõg Hãm: Essa Terra é Nossa! (de Isael Maxakali, Sueli Maxakali, Carolina Canguçu, Roberto Romero, 70 min, livre)
Dia 10/05 (sábado):
– 16h – Programa Mbya Guarani
Bicicletas de Nhanderu (de Patrícia Yxapy e Ariel Ortega, 48 min, livre)
– 17h30 – Programa Guarani Nhandeva
Yvy Pyte – Coração da Terra (de Alberto Alvares e José Cury, 110 min, livre)
Dia 11/05 (domingo):
-16h- Programa Tupinambá
Kaapora, o chamado das matas (de Olinda Tupinambá, 20 min, livre)
Ibirapema (de Olinda Tupinambá, 50 min, 14 anos)
– 17h30– Programa Mbya Guarani
A Transformação de Canuto (deAriel Kuaray Ortega e Ernesto de Carvalho, 130 min, livre)
[Acessibilidade – Legenda descritiva]
Dia 12/05 (segunda):
– 18h – Programa Yanomami
Yuri uxëatima thë – A Pesca com Timbó (de Aida Harika, Roseane Yariana e Edmar Tokorino Yanomami, 10 min, livre)
Thuë pihi kuuwi – Uma Mulher Pensando (de Aida Harika, Roseane Yariana e Edmar Tokorino Yanomami, 10 min, livre)
Mãri hi – A árvore dos sonhos / Yuri uxëatima thë (de Morzaniel Ɨramari Yanomami, 17 min, livre)
Karemona(deRomeu Iximawëteri Yanomami, 13 min, livre)
Hekura(deNúcleo de Audiovisual Xapono Yanomami, 25 min, livre)
Sinopses de Filmes Indígenas: Organização Temática
Terra e Território: Brasil é Terra Indígena
Tava, A Casa de Pedra (2012, 78’ – RS)
Direção: Vincent Carelli, Patricia Ferreira (Yxapy), Ariel Duarte Ortega, Ernesto Ignacio de Carvalho
Memória, mito e história Mbya-Guarani se cruzam nesta narrativa sobre as reduções jesuíticas e a Guerra Guaranítica no século XVII, atravessando Brasil, Paraguai e Argentina.
Ava Yvy Vera – Terra do Povo do Raio (2016, 52’ – MS)
Direção: Coletiva Kaiowa-Guarani
Um filme-denúncia que retrata a resistência indígena nas retomadas. Com linguagem própria e cosmologia Kaiowa, foi premiado no Cachoeira.Doc e exibido no DocLisboa.
ATL – Acampamento Terra Livre (2017, 17’ – MG)
Direção: Edgar Kanaykõ
Registro histórico do maior ATL realizado em Brasília, com milhares de indígenas reivindicando direitos ameaçados.
ZAWXIPERKWER KA’A – Guardiões da Floresta (2018, 50’ – MA)
Direção: Jocy Guajajara
Documentário de ação real que mostra os Guardiões da Floresta em defesa do território e da vida, utilizando a câmera como aliada de luta.
Nūhū Yãg Mū Yõg Hãm: Essa terra é nossa! (2020, 70’ – MG)
Direção: Isael Maxakali, Sueli Maxakali, Carolina Canguçu, Roberto Romero
Um manifesto espiritual e poético sobre a perda e a resistência dos Maxakali frente à destruição ambiental causada pelo homem branco.
Yvy Pyte – Coração da Terra (2023, 110’ – MS/Paraguai)
Direção: Alberto Alvares e Guilherme Cury
Documentário poético que cruza territórios Guarani e espiritualidade em busca do tekoha – o espaço da vida livre.
Ava Yvy Pyte Ygua – Povo do Coração da Terra (2024, 39’ – MS)
Direção: Coletivo Guahu’i Guyra
Narrativa sagrada e ancestral contada por quem nasceu no coração da terra, com cânticos que ecoam os raios e a criação.
Direito à Diferença: Nosso Modo de Vida, Nossas Festas, Nossos Rituais
Bicicletas de Nhanderu (2011, 48’ – RS)
Direção: Kuaray Poty, Pará Yxapy
O cotidiano espiritual da aldeia Koenju, dos Mbyá-Guarani, em uma visão sensível e respeitosa.
As Hiper Mulheres (2011, 79’ – MT/Xingu)
Direção: Takumã Kuikuro, Leonardo Sette, Carlos Fausto
Registro do ritual feminino Jamurikumalu, realizado diante da iminente perda da memória ancestral.
Yãmiyhex, as mulheres espírito (2019, 76’ – MG)
Direção: Sueli Maxakali, Isael Maxakali
A despedida das mulheres-espírito na Aldeia Verde em um ritual revivido através do cinema.
Sigyjat – A Pesca de Timbó (2023, 52’ – MT)
Direção: Coletivo Kaiabi
Pescaria coletiva tradicional dos Kaiabi, com alegria e organização comunitária.
Rami Rami Kirani (2023, 33’ – AC)
Direção: Lira Mawapai HuniKui, Luciana Tira HuniKui
A força feminina Huni Kuin resgatando a sabedoria da ayahuasca através do Nixi Pae.
Ketwajê (2023, 77’ – TO)
Direção: Mentuwajê Guardiões da Cultura & Coletivo Beture
Registro do ritual de iniciação Krahô, com trocas culturais entre etnias e cineastas.
A Fluidez da Forma: Transformação, Encenação e Performance
O Verbo se Fez Carne (2019, 6’ – AL)
Direção: Ziel Karapotó
Performance contracolonial que alia artes visuais, cinema e ancestralidade Karapotó.
Kaapora, o Chamado das Matas (2020, 20’ – BA)
Direção: Olinda Muniz Wanderley
Narrativa espiritual sobre a relação dos Tupinambá com o meio ambiente e seres encantados.
Ibirapema (2022, 50’ – BA)
Direção: Olinda Muniz
Uma travessia entre o mítico e o urbano, conduzida por uma mulher indígena que transita entre mundos.
A Transformação de Canuto (2023, 130’ – RS)
Direção: Ariel Kuaray Ortega, Ernesto de Carvalho
A lenda viva de Canuto ganha vida no cinema feito pela própria comunidade Mbyá-Guarani.
Tupinambá na Baixada Santista (2022, 6’ – SP)
Direção: Wescritor
Videoclipe de rap que conecta identidade indígena e expressão urbana.
Drill de Kaysara, o Filme (2024, 6’ – SP)
Direção: Wescritor
Continuação da estética urbana Tupinambá em formato audiovisual.
Cinemas da Floresta, do Sonho e de Luta
Hekura (2018, 25’ – AM)
Direção: NAX
Registro do encontro de xamãs Yanomami.
Karemona (2019, 13’ – AM)
Direção: Romeu Iximawëteri Yanomami
Crianças Yanomami ensinam sobre o fruto Karemona e o uso ritual da natureza.
Mãri hi – A Árvore dos Sonhos (2023, 17’ – RR)
Direção: Morzaniel Ɨramari Yanomami
Experiência onírica yanomami guiada por um xamã.
Yuri uxëatima thë – A Pesca com Timbó (2023, 15’ – RR)
Direção: Aida Harika, Roseane Yariana, Edmar Tokorino Yanomami
Mulheres Yanomami filmando sua própria tradição.
Ngoko’ohn (2020, 32’ – PA)
Direção: Beptemexti Kayapó
Batida do timbó entre os Mebêngôkre da aldeia Kubenkrãkej.
Menire djê (2021, 13’ – PA)
Direção: Bepunu Kayapó
A arte da pintura corporal feminina mebêngôkre.
Menire djapej (2022, 8’ – PA)
Direção: Cineastas Kayapó
Trabalho das mulheres na roça e preparação de alimentos tradicionais.
Thuë pihi kuuwi – Uma Mulher Pensando (2023, 15’ – RR)
Direção: Mulheres Yanomami
Reflexão e observação sobre o preparo da Yãkoana.
Tuíre Kayapó – O Gesto do Facão (2023, 9’ – PA)
Direção: Coletivo Beture
Tuíre narra para seu neto o gesto que entrou para a história da resistência indígena.
Mebêngôkre pyka mã ruwyk â ujarej (2024, 9’ – MT)
Direção: Jovens Kayapó
O cacique Raoni narra a chegada do seu povo à terra.
Para Adiar o Fim do Mundo
Aguyjevete, Avaxi’i (2023, 21’ – SP)
Direção: Kerexu Martin
A retomada da agricultura tradicional Guarani M’bya como ato de cura e resistência.
Bakish Rao: Plantas en Lucha (2024, 30’ – AMAZONAS/PERU)
Direção: Denilson Baniwa, Coletivo Comando Matico
Ficção científica indígena que imagina a resistência do planeta sob o olhar das plantas.
Os Sonhos Guiam (2023, 20’ – SP)
Direção: Natália Tupi
A importância dos sonhos nas decisões e nos caminhos do povo Guarani Mbya.
Wadja (2024, 28’ – PE)
Direção: Narriman Kauane
Biografia da ativista e liderança indígena Marilena Araújo (Wadja), exemplo de luta e sabedoria.
Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro (CCBB RJ)
Rua Primeiro de Março, 66, Centro – Rio de Janeiro / RJ
Contato: (21) 3808-2020 | [email protected]
Sala de Cinema 1
Entrada franca. Ingressos disponibilizados às 9h do dia da sessão na bilheteria física ou em bb.com.br/cultura.
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