A 3ª edição do Festival Samburá de Cinema e Cultura do Mar, que acontecerá de 4 a 8 de dezembro no distrito de Pecém, em São Gonçalo do Amarante, no Ceará, traz um panorama instigante da produção cinematográfica brasileira. Com a proposta de explorar a relação entre a cultura do mar, a preservação ambiental e a inclusão social, o evento promete transformar a pequena comunidade litorânea em um ponto de encontro para filmes e debates. Além das exibições de cinema, o festival também reúne música, artesanato local e atividades voltadas para a economia solidária e sustentável.
Cinema e Cultura do Mar: Reflexões Sobre o Meio Ambiente
A seleção de curtas-metragens para a Mostra Competitiva deste ano abarca diversos gêneros, incluindo documentários, ficções e animações. Os filmes abordam temáticas que dialogam com as questões sociais e ambientais, sempre com um olhar atento à valorização da cultura local. Em um formato que visa à reflexão, a produção cinematográfica se entrelaça com o objetivo do festival de destacar o impacto da preservação do meio ambiente e a importância da conscientização sobre a sustentabilidade.
Além disso, o festival tem como compromisso a acessibilidade plena, com rampas, banheiros adaptados, tradução em Libras, audiodescrição e legendagem descritiva em todas as sessões. A entrada é gratuita e aberta ao público, garantindo que todos possam participar da experiência cinematográfica e cultural.
Premiação e Competição: Reconhecimento aos Filmes e Diretores
Os filmes selecionados para a competição concorrem em categorias como Melhor Filme, Melhor Direção e Melhor Produção Cearense. O vencedor de Melhor Filme será premiado com R$ 5.000,00. Esse incentivo não só reconhece a qualidade da produção cinematográfica nacional, mas também fomenta o desenvolvimento de novos talentos e projetos cinematográficos dentro do Brasil.
A Seleção Oficial: Diversidade e Qualidade
A seleção deste ano reflete a pluralidade do cinema brasileiro, com filmes de diversas regiões do país. O evento traz produções inovadoras que exploram questões sociais, culturais e ambientais, com um enfoque na valorização da identidade local e na reflexão sobre o meio ambiente. A lista de filmes selecionados é uma amostra da riqueza e da diversidade da produção audiovisual brasileira, representando diferentes estados e estéticas.
Filmes Selecionados para a 3ª Edição do Festival Samburá
- A Fumaça e o Diamante – Documentário – 5’27” – Bruno Villela, Fábio Bardella, Juliana Almeida (AM)
- Almadia – Animação – 8’05” – Mariana Medina (CE)
- As Melhores – Ficção – 20’21” – Renata Mizrahi (RJ)
- Charlote Fora D’água – Animação – 4’26” – Estúdio Escola de Animação (RJ)
- COAXO – Animação – 4’22” – Cecilia Martinez (RS)
- Divagar – Animação – 4’54” – Lupa Silva (RN)
- Emocionado – Ficção – 15’ – Pedro Melo (PE)
- Encantarias do Sertão: Kaipora – Ficção – 19’59” – Seté Payayá (BA)
- Fossilização – Ficção – 9’59” – João Folharini (RJ)
- Jardim da Imagem – Documentário – 15’41” – Guilherme Amado (RS)
- Jurema e seu Reinado – Documentário – 12’16” – Jardel Anacé, William Anacé, Gleydson Anacé (CE)
- Kei Kwó – Documentário – 9’07” – João Batista (RN)
- Marés da Noite – Doc/Animação – 6’35” – Juliana Sada, Noemi Martinelle (SP)
- Maréu – Animação – 10’30” – Nicole Schlegel (RJ)
- Minha Câmera é Minha Flecha – Documentário – 19’ – Natália Tupi (RJ)
- Movimentos Migratórios – Ficção – 14’36” – Rogério Cathalá (BA)
- O Medo tá Foda – Animação – 16’30” – Esaú Pereira (CE)
- Oxum – Osun: O Poder Feminino – Animação/Experimental – 10’ – Celia Harumi Seki (SP)
- Periódico – Documentário – 9’ – Pedro Lacerda (SP)
- Pororoca – Animação – 6’ – Francisco Franco, Fernanda Roque (MG)
- Sereia – Ficção – 14’57” – Estevan de la Fuente (PR)
- Terral – Ficção – 18’58” – Alisson Emanoel, Carol Cavalcante (CE)
- UrêaSeca – Ficção – 16’ – Dizio Brito (CE)
Cultura e Sustentabilidade: O Papel Transformador do Cinema
Mais do que um evento de cinema, o Festival Samburá se coloca como um espaço de discussão e integração, onde o audiovisual se torna uma ferramenta para promover a conscientização sobre a relação do ser humano com o meio ambiente. Ao destacar a cultura do mar e as questões sociais que envolvem a comunidade local, o festival cria uma plataforma para os cineastas discutirem e compartilharem suas visões sobre os desafios atuais.
Com sua proposta de inclusão e acessibilidade, o Festival Samburá não só celebra o cinema como uma arte transformadora, mas também se torna um espaço de reflexão sobre a sociedade e o futuro do nosso planeta. A edição de 2024 promete ser um marco para o debate sobre as questões ambientais, culturais e sociais, refletindo a importância do cinema como um veículo de mudança e conscientização.