Na CCXP24, os Vtubers ganham destaque no Palco Universe pela terceira vez consecutiva. Yume Matsu, Kath e Maid Lume são os nomes que representam esse universo virtual, criando avatares digitais próprios para interagir com o público. O conceito do Vtuber vai além do entretenimento: é uma forma de expressão e conexão em que muitos preferem não revelar sua identidade real.
O que chama a atenção é que muitos desses criadores são neurodivergentes ou estão em busca do autoconhecimento, especialmente ao lidar com aspectos relacionados à sexualidade. Essa representação traz uma camada importante à discussão sobre identidade e aceitação no meio digital.
Do entretenimento ao trabalho
O painel destacou que ser Vtuber hoje não é apenas um hobby. A interação em tempo real exige habilidades específicas e uma agilidade mental impressionante. É necessário improvisar, responder aos fãs de forma espontânea e manter a autenticidade do personagem sem perder o ritmo e a conexão com o público.
Essa mistura de performance e interação constante demanda dos criadores não apenas talento, mas também um equilíbrio emocional e a capacidade de responder sob pressão. No cenário do Palco Universe, o Vtuber precisa manter a essência do avatar e, ao mesmo tempo, responder à velocidade do entretenimento digital.
Conexão real e representatividade
O fenômeno dos Vtubers traz à tona temas relevantes sobre o espaço digital como local de representatividade e aceitação. Eles mostram que a internet é um lugar onde é possível criar conexões verdadeiras e encontrar comunidade entre aqueles que buscam não apenas entretenimento, mas também compreensão e identificação.
Na CCXP, a presença dessas figuras virtuais transcende o entretenimento e toca em temas pessoais e sociais, oferecendo ao público um espaço onde autenticidade e expressão encontram espaço, quebrando barreiras entre o virtual e o real, entre o personagem e a pessoa por trás dele.