Na quinta-feira, 19 de dezembro, o público brasileiro vai poder conferir Histórias que é Melhor Não Contar, o novo filme do cineasta espanhol Cesc Gay, que tem o talento único de transformar situações cotidianas em comédias que tocam fundo. Conhecido por obras como Truman (2015), que rendeu cinco Prêmios Goya, e O Que os Homens Falam (2012), Gay volta a explorar o lado mais humano de seus personagens, abordando emoções que todos sentimos, mas que preferimos esconder.
Cinco histórias, um olhar afiado sobre a vulnerabilidade humana
Histórias que é Melhor Não Contar é uma coletânea de cinco narrativas entrelaçadas, que se desenrolam em uma mesma cidade. Os personagens se veem confrontados com situações inesperadas e, muitas vezes, constrangedoras. A força do filme está em como Gay combina humor ácido com empatia, trazendo à tona segredos, sentimentos e momentos que todos nós já vivemos – só que, normalmente, gostaríamos de esquecer. Como o próprio diretor comenta, “essas histórias são aquelas que os protagonistas preferem não revelar por modéstia, orgulho ou vergonha.”
O estilo de Gay, sempre afiado nos diálogos e sensível ao explorar a complexidade dos relacionamentos, aparece aqui mais uma vez. Ele dá vida a personagens que, apesar de estarem em situações inusitadas e até absurdas, são incrivelmente humanos. É o tipo de comédia que não depende apenas do riso, mas também da reflexão.
A atuação que dá corpo à comédia
A escolha do elenco não poderia ser mais acertada. Com José Coronado, Chino Darín, Anna Castillo e Maribel Verdú, Gay consegue tirar o melhor dos seus atores, trazendo uma performance que torna o filme ainda mais envolvente. Para o diretor, o elenco foi essencial para dar profundidade às histórias: “O talento e a dedicação deles fizeram o roteiro virar um filme ainda melhor”, diz Gay.
Não se trata apenas de situações engraçadas ou constrangedoras. O filme é uma verdadeira aula de como o absurdo e o drama podem se misturar de forma natural e, muitas vezes, até tocante. Gay tem uma capacidade rara de observar as relações humanas com uma visão crítica e ao mesmo tempo compreensiva.
O que esperar de Cesc Gay
Enquanto o público brasileiro confere sua nova obra, Cesc Gay já está se preparando para o próximo passo. Seu próximo projeto, 53 Domingos, é uma comédia dramática produzida pela Netflix e que se aprofunda nas dinâmicas familiares durante encontros de fim de semana. Essa nova produção promete seguir a linha do diretor em mostrar a intimidade e as complexidades das relações humanas, sempre com seu toque único de humor e reflexão.
Histórias que é Melhor Não Contar chega aos cinemas de várias cidades brasileiras, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre. A classificação indicativa é de 16 anos. Se você é fã de comédia e drama, e procura algo mais do que apenas risadas, este filme vai te conquistar com sua visão realista, mas cheia de empatia, do cotidiano e dos nossos próprios segredos.