O aguardado documentário Oroboro, dirigido por Pablo Lobato, estreia nos cinemas nesta quinta-feira, 20 de março. O filme acompanha jovens estudantes que mergulham no teatro para adaptar Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa, e A Flauta Mágica, de Mozart. Entre ensaios, apresentações e desafios, a arte se torna um caminho de descoberta e transformação.
A produção foi filmada em uma escola situada entre Belo Horizonte e Nova Lima, cercada por áreas verdes, mas impactada pelo avanço urbano. Esse contraste entre natureza e cidade se reflete na narrativa do filme, criando uma metáfora sobre educação, arte e resistência.
O nascimento de Oroboro
“Oroboro nasceu de um espanto”, conta Pablo Lobato. “Em 2018, vi um grupo de estudantes encenando Grande Sertão: Veredas e fiquei impressionado. Sem planejamento prévio, comecei a filmar sozinho, movido pela força daquele encontro.”
Ao longo dos anos, o projeto cresceu e incorporou uma nova turma de estudantes, que encenava A Flauta Mágica. O título Oroboro remete ao símbolo da serpente que engole a própria cauda, representando ciclos de transformação, aprendizado e renovação—elementos centrais da jornada dos jovens no filme.
Onde assistir Oroboro
O documentário terá sessões em diversas cidades:
📍 Salvador – Saladearte CineMAM
🕒 16h35 | 20 a 25/03
🕒 17h45 | 26/03
📍 Porto Alegre – Cinemateca Paulo Amorim
🕒 17h00 | 20, 22 e 25/03
📍 São Paulo – Espaço Petrobras de Cinema
🕒 14h00 | 20 a 26/03
📍 São Paulo – Centro da Terra
🕒 18h00 & 20h00 | 26/03
📍 Belo Horizonte – Una Cine Belas Artes
🕒 14h00 | 21, 22, 23, 25 e 26/03
🕒 18h00 | 21, 25 e 26/03

Oroboro
Gênero: Documentário
Duração: 81’13”
Ano: 2025 (filmado entre 2018 e 2022)
Idioma: Português
País: Brasil
Direção: Pablo Lobato
Produção: Marcus Leskovsek e Pablo Lobato
Montagem: Luiz Pretti e Pablo Lobato
Trilha sonora: O Grivo
O impacto do filme
Michel Marie, historiador e teórico do cinema, descreve Oroboro como “um filme fascinante”, destacando a fluidez da montagem e a forma como as encenações se entrelaçam. Para Isabella Brisa, ex-aluna e intérprete de Hermógenes na peça Grande Sertão: Veredas, o filme foi marcante: “A sensibilidade de Oroboro me tocou profundamente. Reacendeu meu desejo de me expressar através da arte.”
Com produção da Claroescuro Studio e distribuição da Fênix Filmes, Oroboro conta com o apoio da Lei Paulo Gustavo e o patrocínio da Saúva Jataí. Mais do que um documentário, o filme celebra a arte como um espaço de resistência, aprendizado e mudança. Não perca a estreia nesta quinta-feira!