sábado, abril 19, 2025
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Art Basel Hong Kong e Samsung | Como a tecnologia está moldando o futuro da arte digital, segundo Angelle Siyang-Le

A arte nunca esteve tão conectada. E em tempos em que criatividade e inovação caminham lado a lado, a Art Basel Hong Kong se destaca como um dos eventos mais relevantes do mundo para discutir o impacto da tecnologia no universo artístico. Em uma entrevista exclusiva à Samsung Newsroom, Angelle Siyang-Le — diretora da Art Basel Hong Kong — falou sobre como a feira tem se transformado em um ecossistema colaborativo, impulsionado por parcerias com empresas como a Samsung, que vêm abrindo novas possibilidades para artistas e público.

A nova cara da Art Basel Hong Kong

Art Basel Hong Kong 2024 (Imagem cedida pela Art Basel)

Desde que assumiu a direção da Art Basel Hong Kong em 2022, Angelle Siyang-Le tem sido peça-chave na evolução do evento. Com mais de uma década de experiência no mercado de arte asiático e internacional, ela vem promovendo conexões entre galerias, colecionadores, instituições culturais e artistas — sempre com foco em experiências que unem tecnologia e criatividade.

Segundo Siyang-Le, a feira não é mais apenas uma vitrine de obras contemporâneas, mas um espaço vivo onde inovação, cultura e colaboração se encontram. A proposta é transformar o modo como interagimos com a arte, ultrapassando os limites físicos das galerias tradicionais.

Samsung Art Store: a galeria digital que vai até você

Uma comparação entre o Modo TV e o Modo Arte da The Frame Pro

Um dos destaques da entrevista é o papel da Samsung Art Store nesse novo cenário. A plataforma permite que pessoas do mundo inteiro exibam obras de arte em suas casas, diretamente em dispositivos como a The Frame, levando artistas renomados para dentro do cotidiano das pessoas.

Siyang-Le destaca que iniciativas como essa têm o poder de democratizar o acesso à arte. Com a tecnologia, o alcance de uma obra não precisa mais se limitar a quem visita uma galeria física. Agora, ela pode ser vivida no dia a dia, de forma acessível e personalizada.

Criatividade conectada: tecnologia como ferramenta

Durador como o universo (天長地久, 2024)” de Ticko Liu, exibido no The Frame Pro

A parceria entre a Art Basel Hong Kong e a Samsung vai além do suporte técnico. Trata-se de uma colaboração criativa, que reforça a missão de ambos: tornar a arte mais inclusiva e interativa. Para Siyang-Le, a tecnologia não substitui a arte — ela amplia suas possibilidades. E ao integrar inovação digital com curadoria artística, é possível construir experiências únicas e memoráveis para todos os públicos.

Muito além de uma feira de arte

Sob o comando de Siyang-Le, a Art Basel Hong Kong não é apenas um evento, mas uma plataforma cultural que representa a energia criativa da Ásia-Pacífico. E graças à integração com tecnologias como as da Samsung, ela se torna também um ponto de encontro entre o passado, o presente e o futuro da arte.

A entrevista completa com Angelle Siyang-Le, publicada pela Samsung Newsroom, traz uma visão inspiradora de como o digital pode potencializar a cultura, sem perder a essência da expressão artística. Uma leitura essencial para quem quer entender o papel da tecnologia no futuro das artes visuais.

Visão e Futuro da Art Basel Hong Kong

P: Qual é a visão por trás da Art Basel Hong Kong?

A Art Basel dedica-se a conectar e fortalecer o ecossistema artístico global. A Art Basel Hong Kong dá grande ênfase à região da Ásia-Pacífico, com mais de 50% das galerias participantes provenientes dessa área. Apoiamos ativamente a cena artística local por meio de colaborações com diversas instituições e organizações culturais.

Cada uma de nossas exposições — em Hong Kong, Basileia, Paris e Miami Beach — é moldada de forma única pela cidade anfitriã, uma influência refletida na programação das galerias, nas obras de arte exibidas e nas atividades paralelas organizadas em colaboração com as instituições locais.

P: Qual o papel de Hong Kong no mercado de arte asiático?

Hong Kong é a principal porta de entrada para o vasto mercado de arte asiático. Com suas casas de leilão consolidadas, galerias dinâmicas e colecionadores internacionais, a cidade permanece como um centro crucial para a arte ocidental e asiática. Como principal polo artístico da Ásia, Hong Kong continua a conectar comunidades artísticas, tanto na região quanto globalmente.

P: Como a Art Basel Hong Kong evoluiu ao longo dos anos?

Nossa exposição evoluiu em sintonia com o vibrante cenário artístico de Hong Kong, com ambos se inspirando e impactando mutuamente ao longo do tempo. O cenário cultural da cidade se expandiu consideravelmente durante o meu período aqui, impulsionado por uma nova geração de colecionadores, pela inauguração de instituições de nível internacional, como o M+ e o Museu do Palácio de Hong Kong, além de uma onda dinâmica de espaços comerciais, sem fins lucrativos e geridos por artistas. Internamente, também implementamos diversas iniciativas e programas. Tenho orgulho de ver que a Art Basel Hong Kong se tornou um marco na comunidade artística da cidade, com amplo reconhecimento da presença da exposição neste mês.

Samsung x Art Basel: redefinindo a apreciação da arte

P: Como parceira oficial de exibição visual da Art Basel, de que forma a Samsung está impulsionando a integração da arte no cotidiano por meio da Samsung Art Store?

A colaboração global entre a Art Basel e a Samsung oferece uma oportunidade única de combinar exposições de arte de nível internacional com inovações tecnológicas de ponta. A tecnologia tem transformado a forma como as pessoas interagem com a arte, tornando-a mais acessível por meio de plataformas como a Samsung Art Store. Os avanços na tecnologia de exibição permitem que os espectadores vivenciem a arte de maneiras novas e envolventes, trazendo-a para suas vidas diárias e promovendo conexões mais profundas.
 

A Samsung Art Store abriga mais de 3.000 obras de museus, galerias e artistas renomados mundialmente. Os assinantes podem explorar obras-primas selecionadas por especialistas em impressionante resolução 4K. Anteriormente exclusiva para os modelos Smart TV The Frame e MICRO LED, a Samsung Art Store em breve estará disponível também nas TVs Neo QLED e QLED 2025 da Samsung, com tecnologia de IA

P: Como você vê essa parceria impactando a maneira como as pessoas percebem e apreciam a arte?

Iniciativas impulsionadas pela tecnologia têm o poder de expandir o intercâmbio cultural e inspirar públicos ao redor do mundo. Com a Smart TV The Frame, a Samsung já estabeleceu parcerias sólidas com museus, instituições e artistas renomados, unindo diferentes práticas e formas de expressão artística. Acredito que o crescimento dessas colaborações será crucial para integrar ainda mais a tecnologia ao universo da arte, redefinindo a forma como as pessoas vivenciam e apreciam a arte em seus lares.

P: Como tem sido sua experiência usando a Smart TV The Frame no Modo Arte?

Tive a oportunidade de explorar a Smart TV The Frame durante a ativação da Samsung em nossos eventos em Basel e Miami Beach no ano passado, e fiquei realmente impressionada com a forma como as obras de arte são apresentadas na tela. Incentivo os visitantes a experimentar a Smart TV The Frame no Modo Arte e observar como diferentes técnicas e texturas artísticas são renderizadas digitalmente. Embora a Smart TV The Frame ofereça uma maneira impressionante de apreciar obras-primas clássicas, o que mais me entusiasma é como a Samsung Art Store aprimora a experiência ao exibir artistas emergentes e novas perspectivas artísticas.

O papel da tecnologia no mundo da arte em evolução

P: Como a tecnologia está influenciando a apresentação e o consumo da arte contemporânea?

A tecnologia desempenha um papel fundamental na ampliação do alcance global da arte contemporânea e na transformação da forma como a vivenciamos e nos conectamos com ela. As plataformas digitais redefiniram a acessibilidade, enquanto a AI e o blockchain estão revolucionando a criação, comercialização e autenticação da arte. No ano passado, durante a Art Basel Miami Beach, apresentamos um aplicativo com tecnologia de AI para tornar a exploração da exposição mais intuitiva e envolvente. Nosso uso da tecnologia visa melhorar a experiência do visitante, oferecendo ao público maneiras novas e inovadoras de descobrir novas obras de arte, navegar pela exposição sem problemas e se conectar com galerias.

P: Que mudanças você notou no mundo da arte?

Os interesses dos colecionadores estão mudando. Há uma demanda crescente por artistas emergentes e um reconhecimento cada vez maior de artistas locais, cuja presença em coleções particulares tem aumentado. Além disso, está ocorrendo uma mudança geracional, com colecionadores mais jovens assumindo um papel mais ativo na formação do mercado.

P: Quais oportunidades mais lhe entusiasmam sobre o futuro da Art Basel Hong Kong?

Estou animada para continuar aprofundando as colaborações dentro da dinâmica comunidade artística de Hong Kong e contribuir para o ecossistema artístico da Ásia. Fortalecer as conexões regionais e globais não apenas enriquece a exposição, mas também promove um diálogo mais amplo em torno da arte contemporânea. Por meio de parcerias significativas, como a colaboração da Art Basel com a Samsung, podemos continuar a evoluir e permanecer fiéis à nossa missão principal: oferecer exposições de arte de nível internacional para nossa comunidade global de galerias, artistas, parceiros e colecionadores.

Este ano, a Art Basel Hong Kong ocorreu entre 28 e 30 de março no Centro de Convenções e Exposições de Hong Kong. Os visitantes exploraram galerias importantes do mundo todo e descobriram diversas perspectivas artísticas por meio de obras de arte modernas e contemporâneas.

Giuliano Peccilli
Giuliano Peccillihttp://www.jwave.com.br
Editor do JWave, Podcaster e Gamer nas horas vagas. Também trabalhou na Anime Do, Anime Pró, Neo Tokyo, Nintendo World e Jornal Nippon Já.

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