A ciência saiu dos laboratórios direto para o seu sofá. Em 2023, o Prêmio Nobel de Química reconheceu a descoberta dos pontos quânticos — partículas minúsculas que brilham em cores puras e intensas. Essa tecnologia, que parecia coisa de ficção científica, é hoje o coração das TVs QLED da Samsung.
A gigante sul-coreana incorporou os pontos quânticos em seus displays para entregar imagens com mais brilho, contraste e fidelidade de cor. O segredo está na forma como essas nanopartículas emitem luz: dependendo do tamanho delas, a cor muda — e com uma precisão que materiais convencionais não conseguem alcançar.
O que faz os pontos quânticos brilharem?
Tudo começa com um conceito da física chamado lacuna de banda. Basicamente, quando um elétron salta de uma camada de energia para outra e retorna, ele libera luz. E nos pontos quânticos, esse processo pode ser controlado com uma precisão incrível, graças ao chamado confinamento quântico.
Quanto menor o ponto quântico, maior a energia emitida — e mais azul será a luz. Se for maior, a luz tende para o vermelho. Essa variação permite que a tecnologia QLED exiba uma gama de cores muito mais ampla e precisa do que TVs convencionais.
Cores mais puras, imagens mais reais

De acordo com o professor Doh Chang Lee, do KAIST, a principal vantagem dos pontos quânticos é a pureza da luz que eles emitem. Isso significa cores mais vivas e reais — exatamente o que se espera de uma TV de ponta.
A Samsung usa filmes especiais com pontos quânticos que destacam as cores primárias (vermelho, verde e azul), resultando em telas com cores mais vibrantes e brilho superior, sem depender de filtros ou luzes artificiais.
Produção de alta tecnologia por trás das QLEDs

Criar esses filmes com pontos quânticos é um trabalho de precisão. As nanopartículas são dispersas em uma base de polímero e aplicadas em camadas ultrafinas. Para manter a qualidade, é necessário garantir uma mistura uniforme e uma proteção eficiente contra luz e umidade — algo que a Samsung investiu pesado para conseguir.
O resultado? Uma tela que dura mais, com desempenho estável e imagem impecável, mesmo após anos de uso.
Do Nobel à liderança em tecnologia de TVs

A história da Samsung com os pontos quânticos começou em 2001 e evoluiu rapidamente. Em 2015, veio a primeira TV sem cádmio, e em 2017, nasceu a linha premium QLED. Hoje, as TVs da marca atingem mais de 90% do espaço de cores DCI-P3, o mesmo usado em cinemas digitais.
O brilho chega a mais de 2.000 nits em modelos topo de linha, superando facilmente os 500 nits das TVs LED comuns. O resultado? Uma experiência visual digna de cinema na sua casa, especialmente em conteúdos em HDR.
O que realmente define uma TV QLED?

Não basta só colocar pontos quânticos na TV para chamar de QLED. Segundo o professor Taeghwan Hyeon, da Universidade Nacional de Seul, o uso precisa ser significativo. A Samsung, por exemplo, aplica mais de 3.000 ppm (partes por milhão) de pontos quânticos nas telas, com um papel direto na geração das cores vermelha e verde.
O diferencial está no aproveitamento real do confinamento quântico e isso é o que garante aquele efeito “uau” quando você liga a TV.
O futuro já começou e é quântico

A história dos pontos quânticos é um exemplo perfeito de como a ciência de ponta pode mudar nosso dia a dia. De um prêmio Nobel à sua sala de estar, essa tecnologia elevou o padrão de qualidade das telas modernas.
E isso é só o começo. Em breve, os mesmos princípios podem estar presentes em outras áreas, como energia solar, sensores avançados e até em computação quântica. E claro, a Samsung quer continuar liderando essa evolução.
