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Crítica | Godzilla (2014)

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Em 2014 o Godzilla comemora 60 anos no Japão e também marca o retorno do personagem aos cinemas. Não pela produtora japonesa, Toho, mas pela Warner Pictures e Legendary Pictures.

Para os mais novos, Godzilla talvez só remeta ao filme de 1998 da Sony, a primeira produção 100% americana realizada pelo diretor Roland Emmerich (mais conhecido por Independence Day).

Desde então, ficaríamos 16 anos sem um filme do monstro no ocidente. Os japoneses acabaram se despedindo do Godzilla em 2004 com Godzilla Final Wars, que foi uma homenagem a série de duelos que o monstro teve nos cinemas.

Será que esse novo filme chegaria tão perto do que o Godzilla sempre foi pros japoneses? Será que Godzilla seria melhor que Círculo de Fogo? (lançado ano passado em homenagem aos grandes animês dos anos 70 de robô gigante pelo Guillermo del Toro)

É isso que o JWave irá te responder. A convite da Warner Pictures, assistimos Godzilla (2014) e falaremos tudo sobre o filme e o monstro.

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O Filme

Indo direto ao ponto desde o primeiro segundo, o filme começa com cenas do período da Segunda Guerra Mundial, mostrando que todos não só sabiam da existência de um monstro gigante como também estavam tentando controla-lo por meio de testes nucleares

Depois disso, o filme já vai para 1999, quando uma obra nas Filipinas acaba tendo um grande acidente que matou 40 operários que foram engolidos por uma enorme cratera. Assim somos apresentados ao personagem Dr. Ichiro Serizawa (interpretado pelo Ken Watanabe) que está de olho no gigantesco fóssil revelado pela cratera. Além disso, somos informados que foram encontrados junto ao fóssil, dois esporos em total conservação e que eles estão reagindo em contato do ar da superfície, sumindo um logo em seguida, enquanto o outro está dormente sendo levado pelos americanos.

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Japão (1999)

Joe Brody (Bryan Cranston) e sua esposa, Sandra (Juliette Binoche), trabalham numa usina nuclear no Japão. Seu filho, Ford (CJ Adams), queria fazer uma grande surpresa, porque era o aniversário de Joe, mas acordando cedo, ele acaba estragando os planos.

Assim, enquanto Ford vai para a escola, vimos Joe e Sandra indo para Usina e traçando um plano de avaliar os danos que o local está apresentando, além de Joe continuar estudos sobre o que poderia ser um terremoto naquele local.

Presente no trailer, essa é a cena que Sandra leva sua equipe para monitorar as instalações no subterrâneo, enquanto Joe descobre que o suposto terremoto segue um padrão, o que poderia ser um ser vivo e não um efeito da natureza. Isso já desencadeia na devastação da Usina e na fuga fracassada da Sandra de uma possível contaminação, tendo Joe assistindo a morte de sua esposa diante de uma enorme porta de ferro que contém a radiação da Usina.

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Havaí e Japão (2014)

Passaram-se 15 anos desde o acidente da usina no Japão, trazendo o adulto Ford Brody (Aaron Taylor-Johnson) de volta aos EUA. Tenente do esquadrão antibombas, Ford construiu sua própria família e depois de 14 meses em missão (provavelmente em algum país árabe), ele está de volta para sua casa em São Francisco, junto de sua esposa, Elle Brody (Elizabeth Olsen) e seu filho, Sam Brody (Carson Bolde).

Só que ele nem tem tempo de aproveitar sua família, porque o telefone já toca, informando que seu pai foi preso no Japão, ao tentar invadir uma área proibida por lá. Ford pega o primeiro vôo para o Japão, buscando Joe na prisão e apresentando ao público que ele ainda está traumatizado com a morte da esposa.

Querendo dados guardados na sua antiga casa, ele precisa invadir a área que foi lacrada por acidentes radioativos. Ford decide ir com o pai para lá e eles acabam encontrando alguns disquetes com dados importantes, porém são pegos pela polícia japonesa.

Eles são levados para a antiga usina e são apresentados ao Dr. Ichiro Serizawa que se intriga com os dados do Joe tem em mãos. Só que paralelo a isso, descobrimos que um estranho ser está em um casulo dentro do que restou da Usina e que este ser está absorvendo a radiação daquele local.

O que sabemos é que esse monstro está fazendo um grande favor a eles, porque sugando a radiação tornando totalmente limpa a cidade novamente. Isso faz com que Dr. Ichiro, apenas monitore o local só que o casulo se abre e acaba revelando uma estranha criatura.

Depois de uma enorme devastação, Joe acaba saindo da prisão que está na Usina e cai de uma porte, falecendo e levando com ele, diversos resultados sobre o que ele descobriu com essas criaturas. Dr. Ichiro acredita que o Ford pode ajudar, o levando e explicando que a organização Monarca está cuidando da missão, apresentando que eles sabem da existência de monstros pré-historicos e citando Godzilla pela primeira vez.

Só que esse monstro que apareceu não era o Godzilla, e somos informados que ambos são do mesmo período histórico e precisam de radiação para viver. Eles consomem radiação, e buscam-na para sobreviver. O estranho monstro acaba revelando asas e some pelos ares, recebendo nome de MUTO #1.

Camuflando a fuga do monstro, a televisão japonesa informa que teve novos tremores na região da antiga usina. Paralelo a isso temo a Marinha americana assumindo o caso e Ford sendo transferido para porta aviões, seguido de Havaí, para conseguir pegar um voo e voltar para sua família em São Francisco.

O que fomos informados é que um submarino russo sumiu e acabou aparecendo em uma floresta no Havaí. E que foi o MUTO #1 que havia feito isso, seguido de uma estranha movimentação em Nevada, que pode explicar aquele segundo ser citado nas Filipinas em 1999.

Com isso, o filme ainda nem apresentou o Godzilla, mas já sabemos aqui que se ele aparecer, ele não será um “inimigo”.

O restante da história fica para o JWavecast, porque não chegamos nem na metade desse grandioso filme.

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Opinião

O filme é do diretor Gareth Edwards que se revelou um grande fã do Godzilla. Diferente da versão de 1998, aqui Gareth bebe do original, homenageia e revela uma versão bem fiel a japonesa. Do visual, da abordagem, dos personagens e da trama, a obra respira Godzilla.

Seguido disso, temos algumas surpresas, como Bryan Cranston e Juliette Binoche que aparecem bastante no trailer, mas não sabíamos que ambos morreriam no começo do filme, nos enganando o fim das contas. Em uma época que os trailers sempre revelam mais do que deveriam, parabéns a ousadia de nos enganar, principalmente em relação ao Bryan Cranston que está vivendo uma ótima fase, pós Breaking Bad, o que tornava alto as chances dele ser o protagonista desse filme.

Aaron Taylor-Johnson manda bem, como Tenente Ford Brody e segura o filme. Não é excepcional, mas ele funciona em cena, inclusive com a Elizabeth Olsen, que por ironia do destino, mesmo que sejam casal aqui, serão irmãos em Vingadores 2.

Trazendo lutas pela ótica dos humanos, muitas vezes você terá a sensação que viu isso antes em obras como Neon Genesis Evangelion. E o melhor de tudo isso é que toda vez que isso acontece.

As lutas entre os monstros são de uma qualidade absurda, sempre conduzidas muito bem, gerando gritos e torcidas no cinema. Godzilla não é o vilão, mas está ali pra cumprir um papel, ganhando status de “anti-herói”. Isso não muda que estaremos no cinema torcendo por ele.

Ainda não sabemos o desempenho do filme nas bilheterias, mas se vale a opinião desse critico, apenas desejamos que esse seja o primeiro de muitos filmes do Godzilla. Que aqui seja um recomeço da franquia no ocidente, e que ele ganhe a aprovação de todos.

E sobre Gareth Edwards, recomendo anotar esse nome. Podem aparecer outros grandes filmes desse diretor daqui alguns anos.

Giuliano Peccilli
Giuliano Peccillihttp://www.jwave.com.br
Editor do JWave, Podcaster e Gamer nas horas vagas. Também trabalhou na Anime Do, Anime Pró, Neo Tokyo e Nintendo World.

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4 COMMENTS

    • Nivaldo.

      Eu contei 30 a 40 minutos do filme, evitando ao máximo a falar coisas do filme.

      Acho que você não leu meu texto, pq eu nem citei o Godzilla, mas obrigado pela leitura ao meu texto.

      Abraços.

  1. Juba tu falou que Walter White morre no inicio do filme, poxa eu pensei que ele era Ô GODZILLA, fiquei maior decepcionado, realmente não li tudo , fiquei com medo de descobrir mais alguma coisa que eu não queria, de certa forma me desanimei um pouco com o filme depois de saber que Heisenberg morre no inicio, mas vou ver no cinema mesmo assim!!!

    • Relaxa Nivaldo.

      A morte dele foi uma surpresa pra mim, mas Aaron Taylor-Johnson segura as pontas. Se você parar pra pensar, Godzilla não tem protagonistas, por isso a morte dele faz sentido.

      Vai tranquilo aproveitar o filme, pq eu só ajudei a explicar a lógica da mitologia construída pelo filme. A história propriamente dita, você ira apreciar nos cinemas.

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