sexta-feira, novembro 22, 2024
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Japão: Beppu – parte 2



Voltando sobre a cidade de Beppu, vamos contar alguns dados interessantes. A cidade tem como ponto turístico um Museu erótico, chamado Beppu Hihokan, sendo que a região desde a época dos samurais tinha serviços desse porte, sendo reconhecidos reunidos nesse museu desde os anos 80.

Andando pela cidade, ainda existem traços dessa época, pela quantidade de Sunako existentes pela cidade. Sunako é o termo em japonês vem do inglês Snack de lanche. É do tipo de lugar que alimenta o ego e às vezes carência masculina, com mulheres os tratando como reis. O lugar ainda presta mais serviço que isso, mas apenas a clientes assíduos a esse tipo de estabelecimento.
Irônico a cidade ter uma fama desta, ao mesmo tempo que é conhecida por ser a maior cidade de onsens no Japão.

Um dos símbolos da cidade é conhecido como Shiny Uncle, uma estátua que se encontra na frente da estação de Beppu. Essa estátua representa um grande homem de Beppu que sempre lutou pra divulgação de sua cidade, como também sempre defendeu a cordialidade aos estrangeiros. O nome dele era Kumahashi Aburaya e era o “shiny uncle” das crianças, sendo lembrado até hoje como o grande representante da cidade.

Turismo na cidade

Voltando a história, eu junto do Renato Siqueira havíamos ido ao Hyotan, um dos onsens mais populares da cidade. Assim para chegar ao Onsen, pegamos um ônibus e passamos uma belíssima praia.
Chegamos próximos e ficamos subindo uma enorme ladeira, que inicialmente nos perdemos pelo mapa que a estação de Beppu nos deu. Encontramos o cachorro akita e depois logo encontramos o Onsen.
Na entrada, tinha um lugar pra sentar e lavar os pés, depois dessa caminhada, ficamos por lá um tempo.

Aí entramos, conversamos com a recepcionista que explicou como funcionava o Onsen. Tínhamos que comprar tudo numa máquina estilo coca cola, assim alugamos toalha, uma toalha pequena meio elástica pra cabeça, xampu, e pegamos um chinelo de madeira, quando entramos no Onsen propriamente dito.
O lugar era separado em 4 portas, duas pra homens e duas pra mulheres, sendo duas pra o banho, outras duas pra banho de areia.


Fomos direto pro banho, então chegamos numa porção de armários, dali pra frente, andar no Onsen, só como “Adão e Eva”, portanto pelados.

Descemos uma escadaria, e fomos direto pra uma serie de chuveiros, banquinhos e xampus, pra você se lavar direito antes de entrar nas piscinas quentes lá dentro. Assim sentamos nos banquinhos e tomamos banho nesse chuveirinho que você segurava, junto com bastante sabão, dali você estava pronto pra usar as dependências do Onsen.

Paramos em diversas piscinas soltando vapor, era muito quente lá dentro. Como era cedo, ainda estava vazio, assim fomos experimentando piscina por piscina, que tinha temperaturas diferentes.




Fomos pro lado externo, que é muito parecido com os cenários do mangá Love Hina, com pedras dentro de uma piscina. Tinha outro ocidental deitado num banco perto dessa piscina (Renato solta que tem um “olho” olhando pra gente nessa hora). Depois tinha uma série de cachoeiras, numa sala, aonde vimos um japonês com toalha tampando o rosto e com o corpo levantado, com a água da cachoeira, batendo na coluna dele (coisa que o Renato brincou que o cara tava tomando banho na lomba).

Caminhamos depois até as saunas, experimentando as saunas seca e tradicional. Nessa hora, o Onsen começou a encher, porque era começo da tarde. Depois experimentamos pela ultima vez, os banhos, e fomos nos vestir pra experimentar o resto das dependências do Onsen.
Fomos pra praça aonde tinhas quatro portas de banhos, que citamos quando entramos no Onsen.


Lá tinha mais uma parte andando que fomos parar num altar budista, além de uma série de maquinas de refrigerante, leite e cerveja. Renato comprou leite misturado com fruta, na máquina, enquanto eu comprei Pepsi Nex. Tinha um bar e um restaurante por lá, assim, eu pedi batata no vapor e um frango frito, que estavam muito bom. Vale nota, que o empregado desse lugar, falava muito estranho, parecia que tinha uma batata na boca, não sabíamos se era o sotaque dele de japonês ou se era algum problema. Outra coisa que encontramos, foi os ovos no vapor, que tinha várias caixas que usavam o vapor da água, assim você podia comprar os ovos que ficavam em algumas caixas pelo lugar.



Depois disso, pegamos ônibus e fizemos uma última andança pela cidade. De lá, ficamos até o fim da tarde, que pegamos o trem e fomos pra Nagasaki. Com certeza, quero voltar um dia pra Beppu, porque nunca tive um banho que foi tão reconfortante e que zerasse qualquer cansaço. Talvez por isso os japoneses sejam um dos países aonde se vive cada vez mais.


Giuliano Peccilli
Giuliano Peccillihttp://www.jwave.com.br
Editor do JWave, Podcaster e Gamer nas horas vagas. Também trabalhou na Anime Do, Anime Pró, Neo Tokyo e Nintendo World.

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