Eu não conheci a liberdade dos anos 80 e nem a primeira metade dos anos 90, aonde o pessoal ia atrás, caçando mangas e VHS gravadas da televisão japonesa que eram vendidas de tempo em tempo.
Em compensação, cresci lendo revistas como Herói e Animax, aonde pequenas histórias sobre o bairro japonês me deixaram curioso para visitar lá. Lembro que a revista Herói publicou uma revista gigantona entre 96/97, aonde citava a Haikai como loja pra você comprar produtos de animê e mangá.
Acabei visitando o bairro em um dia que não tive aula, estava frio e chovendo, e meu pai me levou de carro. Parou o carro no estacionamento do Bradesco em frente ao metrô Liberdade e fomos a pé até a loja.
Naquela época, passava na Manchete, Sailor Moon, Cavaleiros do Zodíaco e no SBT passava Guerreiras Mágicas de Rayearth. Pois bem, chegando lá, pirei, em ver Laser Disc dos Cavaleiros do Zodíaco, da saga das 12 casas, vi jogos do Super Famicom do Super Campeões, Dragon Ball Z, chaveiros, cards, CDs de trilha sonora de animê.
Naquela época, só existia a Haikai de produtos japoneses assim na Liberdade, com exceção de mangás que você podia comprar na livraria Sol ou na Fonomag.
Depois, em 2000 e 2001, acabaria se tornando hábito eu ir ao bairro todo final de semana.
Mesmo com tudo isso, eu gostava muito dessa época, e foi nessa época que comprei fitas de vídeo por fansubber, graças à divulgação em revistas como da Animax.
Fansubber pra quem não sabe é trabalho de fãs. Os caras nessa época compravam DVDs, LDs e VHS originais, e legendam pra português e revendem a preço de custo, num trabalho de fã pra fã. Dali pra frente, a própria liberdade ganhou lojas de “divulgação” vendendo o trabalho que inicialmente era de fã para fã.
Virou um lugar de encontro para fãs de animê e jrock e acompanhei as mudanças do bairro e gostava dele como era antes, bem mais calmo.
Lógico que hoje é bem mais acessível, e não sou mais um estranho no ninho. A primeira vez que estudei japonês no Bunkyo, eu era um dos poucos “gaijins” lá e agora é normal ver alunos e até senseis que não tenham nacionalidade japonesa. Isso é muito bom, ver que está vendo mais interesse de se aprender japonês, por outro lado, incomoda um pouco essa invasão cultural no bairro nos últimos anos.
Espero que tenham curtido a historia.
Só acredito que a liberdade ruleia se alguém achar tabuleiro de Shogi pra comprar lá.
Cara… Pior que nos anos 80, eu era levado por família á Liberdade… Sempre vivi mais do lado da minha mãe da família, que é a parte japonesa, do que do lado da família do meu pai, que é árabe. Com 3 anos de idade, ia de onibus ou táxi para a Lbierdade para alguar VHS gravadas do Japão de uma velha e já extinta locadora, e sempre via tudo sem elgenda, inclusive os comerciais, que eram bem estranhos e loucos.Realmente, anos 90 ainda era bom se ir… 2004 pra cá, ficou quase insuportável andar pela Liberdade… X.x
a liberdade que eu conheço era uma de alguns 6 anos atrás, aonde ainda era um pouco transitável por lá… nunca cheguei a ver tanto interesse por aquele lugar, apesar de ser bom por juntar todos os interesses em um preço legal(em relaçao ao resto de sp,). acho q isso é o que mais mantem o publico lá hoje..
TOQUIU