segunda-feira, dezembro 23, 2024
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Review | One Piece Yellow – Grandes Elementos

JMangá CD 2016 72
Continuando com a publicação dos databooks, que nada mais são do que pequenas enciclopédias que desvendam todos os bastidores das nossas obras favoritas e são o sonho dos fãs, o pesadelo dos tradutores e editores e o desafio dos resenhistas, a Panini traz One Piece Yellow – Grandes Elementos. Esta obra abrange desde o início do mangá até o final da saga de Enies Lobby, quando a arqueóloga Robin entra definitivamente pro bando do Chapéu de Palha. Embarquem comigo nessa aventura pela Grand Line!

O guia
Assim como nos databooks anteriores, Red e Blue, One Piece Yellow traz uma gama enorme de assuntos que destrincham a trama e seus personagens, sejam protagonistas ou não.

Logo no começo somos brindados com um pôster duplo; de um lado, Luffy aparece com seu novo poder, o gear, adquirido em Skypea. Do outro lado, uma homenagem a um importante membro do bando do Chapéu de Palha, que lutou bravamente até seu último suspiro… O navio Going Merry.

Para não se tornar mais do mesmo e prender a atenção dos leitores, a edição se divide em Event Log’s, que são uma espécie de tópicos sobre a história até ali (já estamos prestes a chegar no volume #61, onde a história dá mais um grande salto após um evento decisivo, no qual um personagem importante e querido nos deixa). São eles:

Event Log 1 – Bando do Chapéu de Palha
Aqui, Oda-sensei nos mune com mais informações sobre o Bando do Chapéu de Palha: o caminho até cada um tornar-se parte dele, um pouco dos lacrimosos flashbacks, bem como a oficialização da entrada do carpinteiro Franky (na saga Water Seven) e Robin (de vez, na saga Enies Lobby). É neste capítulo também que nos despedimos de Merry e damos boas vindas ao Thousand Sunny, que passa a ser o novo navio de Luffy e seus companheiros, rumo a muitas outras aventuras.

Event Log 2 – Governo Mundial
Neste capítulo, nos aprofundamos mais na hierarquia da Marinha, relembrando os grandes e temidos nomes dos membros desta organização. Também damos uma olhada de leve no Shichibukai e nos Imperadores (um deles o mentor de Luffy, Shanks – O Ruivo), bem como outras organizações menores, como a CP9.

Event Log 3 – Piratas
Aqui, relembramos um pouco dos piratas mais temidos e respeitados da saga, como os bandos do Barba Branca e do Ruivo, passando pelos desprezíveis Barba Negra e Bellamy e os simpáticos membros da Aliança Primata.

Event Log 4 – Cidadãos
Neste capítulo, lembramos de sagas que nos fizeram perder o fôlego e entrar em legítimo desespero: Skypea, cujos cidadãos lutam para se livrar do jugo do maligno God Enel, enquanto se esforçam para esquecer a diferença que separa os dois povos que lá vivem; Water Seven, onde somos apresentados à Galley-La Company, lar de grandes carpinteiros e palco de um dos maiores conflitos de toda a saga, que culminou na entrada de Franky e Sunny para o bando e, finalmente, uma espiada no Exército Revolucionário, liderado por Dragon, o pai de Luffy, que ainda parece guardar muitos segredos.

Além de tudo isso, o guide ainda traz uma enciclopédia com mais de 500 palavras-chave, índice remissivo e bônus muito bacanas, como a “Art of One Piece”, onde Luffy e seus companheiros dão suas opiniões sobre diversos assuntos como arte e paisagens; “Teatro Chapéu de Palha”, que são mini historinhas muito divertidas que trazem o bando do Chapéu de Palha em situações inusitadas (minhas favoritas são eles de agindo como velhinhas e como mafiosos) e “Teatro One Piece – O Passeio Submarino de Hatchan”, que é a compilação das aberturas de capítulos que mostram o que aconteceu com o homem-peixe Hatchan após a derrota na ilha Kokoyashi.

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Opinião
Sempre adorei guides, apesar de saber que eles dão um trabalho dos diabos. Tenho alguns de Bleach no original japonês e fiquei muito feliz ao ver que obras como One Piece, Naruto e Rurouni Kenshin (entre outras) contaram com a coragem das editoras brasileiras para ter suas versões tupiniquins publicadas. Esta edição, em particular, ficou bem bacana e seria 100%, a não ser por dois pequenos detalhes:

“Crocância” – Todo mundo aqui já sabe o quão fresca sou pra abrir os mangás, o que fez com que eu me surpreendesse bastante ao ouvir um “crec” ao abri-lo. Fiquei meio aborrecida, mas como não soltou nenhuma folha até o momento não dei tanta importância assim ao episódio.

CROCANTE

“Propaganda de link do YouTube” – Bom, não sei se todo mundo viu (eu mesma tive que dar milhões de olhadas até achar), mas na página 88, em uma parte muito divertida sobre a luta do fotógrafo Ata-chan para tirar uma foto decente do Sanji “Perna Negra” para o cartaz de procurado, em um dos quadros aparece um link do YouTube. Não sei como isso foi parar lá e ele passa quase despercebido por causa da poluição visual da página, mas fica aqui o registro e o desejo de que não aconteça mais.

YOUTUBE

Na minha humilde opinião, One Piece é uma obra que, apesar de não dar cara de que vai acabar tão cedo, não fica chata. Podemos nos emocionar mais ou menos em algumas sagas (a partida do Merry e de um certo personagem aí até hoje me fazem suar pelos olhos), mas a gente tem a plena certeza de que Oda-sensei sabe o que está fazendo e não irá nos decepcionar.

Espero de coração que tanto os outros databooks de One Piece como os de outras obras venham para cá (se tiver de Reborn tô aceitando). Apesar de serem trabalhosos tanto para traduzir como para editar, são verdadeiros tesouros para os fãs. Afinal, “piratas nunca vão deixar de sonhar”.

Agradecemos à editora Panini que nos cedeu o exemplar para análise.

Luana Tucci de Lima
Luana Tucci de Lima
Fã incondicional de CLAMP, Nobuhiro Watsuki e Yuu Watase. Adora mangás Yaoi , Turma da Mônica e... mordomos de óculos.

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